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sexta-feira, junho 30, 2006

Civita e o Mensalão

Roberto Civita, o dono da Editora Abril, pediu ao ex-ministro José Dirceu um encontro com o presidente. "Não quero falar com esse sujeito", teria reagido Lula à proposta. Segundo relata o jornalista Attuch, o encontro acabou acontecendo, mas a Abril não encontrou soluções do governo para enfrentar sua dívida de R$ 1 bilhão. Depois disso, apareceu Roberto Jefferson com o mensalão e Veja se tornou "a publicação com tom editorial mais raivoso em relação ao governo Lula".

(No livro de Leonardo Attuch: A CPI que Abalou o Brasil).




http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

Os inimigos do povo

por JOSÉ DIRCEU

Artigo originalmente publicado no Jornal do Brasil

Quem acompanhou a via sacra dos programas sociais do governo Lula, particularmente do Bolsa Família, sabe que a oposição e grande parte da mídia apostaram no seu fracasso. No início, foi um coro só: "Os petistas e o governo Lula são incompetentes, não sabem administrar programas sociais". Agora que o Bolsa Família está implantado em todo o país e dá acesso a uma renda mínima para 11,1 milhões de famílias - que antes viviam abaixo da linha de pobreza - e é reconhecido pelas Nações Unidas, tentam virar o disco com outros argumentos.

"O Programa é eleitoreiro e aumenta o gasto público", dispara a oposição. Não bastasse, sai, agora, com a seguinte pérola: "o Bolsa Família pode ser o responsável pelo não crescimento do país". Os críticos chegam a chamar o Programa de bolsa esmola para concluir, numa análise simplista do quadro eleitoral, que o voto popular está sendo comprado pelo governo. Só isso - imaginam - explicaria a rejeição popular à coalizão tucano-pefelista e o apoio ao presidente Lula. Nega-se, às camadas populares, qualquer traço de consciência crítica que as leve a discernir os aliados, das elites que só sabem agir em benefício próprio.

Escapa, a essa elite, que o apoio ao presidente Lula é fruto, primeiro, de sua própria liderança, construída ao longo dos últimos trinta anos; e, segundo, da força de seu partido, o PT, o preferido dos eleitores segundo as pesquisas. O que a oposição e certa imprensa não podem admitir é que, no governo, o mesmo Lula criou 5 milhões de empregos formais em quatro anos; hoje, 99% das crianças brasileiras fazem três refeições ao dia e; vivemos no Brasil menos desigual dos últimos 46 anos.

Segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, com base em dados da PNAD, a renda per capita dos pobres, em 2004, subiu 14%, enquanto a renda média da população cresceu 3,6%. Sob a administração Lula, a inflação brasileira foi reduzida a 4,5%, as pensões subiram, o salário mínimo aumentou e compra, hoje, duas cestas básicas, em comparação a pouco mais de uma, comprada em 2002.

Se erram o alvo com os primeiros tiros, nossos críticos disparam outra bateria, acusando o governo de populismo cambial. Será? Hoje, o Brasil tem superávit em contas correntes, reduzimos em 1/3 a dívida externa e saímos do FMI. Pagamos a dívida no Clube de Paris e retiramos de circulação títulos como os Bradies e os C- Bonds .

Se na frente externa o quadro é positivo, no mercado doméstico a pregação tucano-pefelista da volta ao passado não ecoa nas periferias. O preço do saco de cimento caiu para R$ 9, e o número de construções populares multiplica-se por todo o país. Para não perder o bordão, nossos críticos alegam que o Bolsa Família não inclui as condicionalidades prescritas pelo Banco Mundial, principalmente as que se referem a matrícula e presença na escola. Por aí também não dá mais, uma vez que, hoje, 90% das escolas brasileiras monitoram a presença das crianças beneficiadas pelo Programa, contra menos de 20% no governo anterior (com o Bolsa Escola).

No desespero, a oposição chega ao ponto de detectar um derradeiro risco nesse processo: "O crescimento de renda "à chinesa", com políticas compensatórias, ameaçaria as contas públicas". Menos, Senhores: todo mundo sabe que a verdadeira ameaça ao país é a dívida interna, que dobrou em relação ao PIB, nos oito anos de mandato de FHC. Quem ainda restringe a aceleração do crescimento são os juros pagos, que consomem 8% do PIB, enquanto o custo do Bolsa Família, por exemplo, é inferior a 0,5% do PIB. Num segundo mandato, é imperioso vencer as restrições do rentismo, reduzindo os juros.

A verdade nua e crua é essa: naquilo que a elite só enxerga "esmolão", o que emerge é um novo modelo de desenvolvimento com distribuição de renda. A redução das desigualdades, entre 2002 e 2005, e a notada melhoria da qualidade de vida dos mais pobres, como constata a pesquisa da FGV, reafirmam a convicção de que não há desenvolvimento sem distribuição de renda. O verdadeiro air-bag para proteger o país da volatilidade mundial não é o retorno à ortodoxia regressiva e antipovo e, sim, a construção de um amplo mercado interno de massas.
É evidente que o nosso principal problema não são os gastos nos programas sociais, mas a cegueira sectária daqueles que não se conformam com os avanços do governo Lula.

Entrevista: Arthur Poerner

Arthur Poerner, intelectual carioca, se filia ao PT para cerrar fileiras com Lula

Intelectual e militante histórico da esquerda brasileira, o jornalista e escritor Arthur José Poerner acaba de deixar o PDT – partido que ajudou a fundar ao lado de Leonel Brizola – para "cerrar fileiras" no projeto de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na sua nova batalha, Poerner, hoje com 66 anos, já tem data marcada para filiar-se ao PT. Será no dia 11 de julho, em um bar da Lapa, região central do Rio de Janeiro.


Insatisfeito com a linha política adotada pelo PDT, ele comunicou sua desfiliação no começo de junho, em carta enviada ao presidente nacional do partido, Carlos Lupi. Embora de caráter quase confidencial, a carta acabou tendo repercussão imediata, inclusive fora do Brasil. "Pela repercussão (...) eu vejo que tem muita gente pensando da mesma forma", disse ele em entrevista concedida nesta quinta-feira (29) ao Portal do PT.

Diz um trecho do documento: "O governo Lula, apesar dos defeitos, falhas e omissões que se lhe possam atribuir, não é o nosso inimigo; ele é, sim, o avanço nacional possível nas atuais conjunturas internas e externas. Não reelegê-lo significa, na prática, devolver o poder às elites que impedem a emancipação do nosso povo desde os tempos do escravagismo (...)".

Leia abaixo os principais trechos da entrevista e, logo em seguida, a íntegra da carta:

O que te levou a tomar a decisão de se sair do PDT neste momento, sendo você um militante histórico e até fundador do partido?
Aliás, eu não digo isso na carta, mas eu estou me filiando ao PT. Aceitei um convite do Carlos Minc (deputado estadual do PT do Rio de Janeiro) e da Florence Jacques, que é uma assessora do deputado aqui no Rio, porque, da mesma maneira como em 64, depois do golpe, eu ingressei no Partido Comunista Brasileiro, por achar que aquele era um caminho de resistência, eu acho agora que o caminho de avanço do Brasil, no momento, é o prosseguimento do governo Lula. Isso não só para o Brasil, como país, mas também para a América Latina. Eu acho que, com o governo Lula, nós iniciamos uma nova tentativa de integração latino-americana, sobretudo com os governos do (Nestor) Kirchnér, na Argentina, e do (Hugo) Chávez, na Venezuela, e que será interrompido se o Lula não for reeleito. E acho que qualquer voto diferente só vai dividir a esquerda, só vai propiciar talvez um pouquinho mais das remotas possibilidades dos tucanos nessa eleição.

Como você o fato de alguns partidos de esquerda, inclusive setores do PDT, do Psol e outros, se colocarem muitas vezes em posições que coincidem com os interesses da direita brasileira?
Eu acho surpreendente que certos partidos que se dizem de esquerda tenham embarcado nessa questão do "mensalão", nessa campanha moralista
... Devem ter ocorrido irregularidades, certamente, mas eles se deixaram arrastar por essa onda moralista, da mesma maneira como a esquerda se deixou levar em 1954 pelo chamado "mar de lama" contra o Getúlio (Vargas), sem considerar todo o resto. É lógico, o sistema brasileiro abre muitas brechas, a fiscalização é falha; em todos os partidos, todos os poderes da República, existem falhas que propiciam irregularidades. Mas a gente tem que ver o todo. É isso o que certos partidos de esquerda não estão vendo.
Eu estou achando admirável e muito correta, muito coerente, a posição do PCdoB. Eles estão tendo uma atitude coerente, porque estão vendo o todo, estão vendo o conjunto disso, estão vendo a distribuição mais justa de renda, estão vendo os projetos sociais, estão vendo também a política de integração latino-americana. Isso o PCdoB. Mas os outros estão inteiramente obnublados, muitas vezes até por ressentimento, eu acredito, a ponto de eles não lembrarem, de maneira nenhuma, as irregularidades muito mais graves que ocorreram nos oito anos do governo passado. Eles se fixam apenas nesse momento, eles não estão vendo o todo. Em outras palavras, como se diz, eles estão vendo a árvore e não estão vendo a floresta.

Há muitas comparações entre o período do golpe de 64 e o que acontece hoje. Existem mesmo coincidências ou a situação hoje é diferente?
Eu acho que, no momento, a comparação principal é essa de que você às vezes tem que tomar posições contra a corrente de pensamento que aparenta ser predominante. Em 64, logo depois do golpe, houve um esvaziamento do PCB, justamente por temor, por medo, por decepção de alguns em relação aos rumos que acabaram conduzindo ao golpe; muitos achavam que deveria ter havido uma reação armada, enfim. Então – eu era muito jovem, tinha 24 anos –, eu achei que o momento era de entrar no PCB e lutar ali dentro, no plano sobretudo cultural, que era uma área muito boa do PCB, para mudar a situação. E agora eu sinto a mesma coisa.
Quando tantas pessoas resolveram sair (do PT), pessoas de projeção, inclusive aqui no Rio, deputados vereadores... Então eu acho que esse é momento de entrar, para que o Lula faça um grande segundo mandato e avance nessas posições, naturalmente com correções. Eu não sou uma pessoa que admire essa política econômica, mas eu procuro ver o todo. Eu vejo como muito boa a política internacional, a política diplomática; eu vejo muito bem a parte social, avançando; eu acho que a reforma agrária deve ser feita mais aceleradamente; mas eu acho que você tem que lutar ali dentro para avançar, e apoiando o governo, porque inclusive não vejo nenhuma alternativa de esquerda. Não existe alternativa de esquerda no momento no Brasil.

Como você vê o governo Lula, da perspectiva da crítica que se faz, por parte da intelectualidade, de que o governo teria ficado aquém das expectativas? Como você lê esse tipo de crítica?
Eu leio da seguinte maneira. Eu acho que as expectativas num país tão desigual, num país tão desumanamente gerido até recentemente, as expectativas são muito grandes. As pessoas precisam de muita coisa, elas não podem esperar, entende? É o caso, por exemplo, da reforma agrária. Eu acho que deveria ser acelerado esse processo, porque seria muito importante que constasse da biografia dele que ele fosse o realizador, o concretizador da reforma agrária. Eu vejo as decepções muito nessa área. As pessoas esperavam demais. Eu leio às vezes textos que eu arquivei e vejo que as pessoas esperavam demais.
Li críticas recentes no Pasquim 21, de gente da maior categoria, e eles, seis, sete meses depois da posse do Lula, descendo o sarrafo. Esperavam que, até então, ele (Lula) já tivesse resolvido o problema da reforma agrária, do FMI e todo o resto. Eles não consideraram que essa situação toda, essa conjuntura toda, vem de séculos. Mudar isso não é assim também. Além de tudo isso, o Lula ainda pegou o país em situação imediata muito mal. Com recrudescimento da inflação, com uma crise de credibilidade internacional, fomentada justamente pela atual oposição, e teve de resolver muita coisa de imediato. Agora, a meu ver, ele vai ter condições de concretizar muitas daquelas expectativas geradas desde 89 e muito acirradas com a campanha vitoriosa de 2002. Agora ele terá mais quatro anos e é por isso que eu acho que tem que votar nele, dar uma segunda oportunidade. Ele é o primeiro presidente operário deste país, que sempre foi gerido pelas elites. Então a gente tem que cerrar fileiras com ele.

Leia a íntegra da carta enviada a Carlos Lupi, presidente nacional do PDT:

Rio de Janeiro, 2 de junho de 2006

Meu caro Lupi,

Embora valorize muito o seu esforço para enfrentar o desafio de suceder, na direção do PDT, a um dos maiores líderes políticos brasileiros de todos os tempos, o nosso inesquecível Leonel Brizola, não tenho podido concordar com os rumos trilhados, ultimamente, pelo partido de cujo documento inaugural, a Carta de Lisboa, tive a honra de ser signatário, em junho de 1979. Jamais esquecerei da reação de Brizola quando nos reencontramos naquela histórica reunião da resistência trabalhista interna com os exilados, na sede do Partido Socialista português: ao constatar que eu portava um crachá de observador, o substituiu, imediatamente, pelo seu, de delegado. Foi assim que eu, egresso do PCB em crise, dei os meus primeiros passos no então futuro PDT.

Não me arrependo desse passo nem dos subseqüentes, pois é inegável a grande contribuição do PDT para a democratização do país, sobretudo nos campos da educação popular básica e da integração à cidadania da maioria marginalizada. A urgência e a justeza dessas causas me conduziram, inclusive, à candidatura a deputado federal, em 1990. Pois elas representavam, para mim, a continuidade da luta que causou a suspensão dos meus direitos políticos por 10 anos, quando tinha 26 anos de idade, em 1966; a prisão, na redação do Correio da Manhã, em 1970; e o longo exílio.

Por tudo isso, não posso referendar o encaminhamento que vem sendo dado à participação pedetista na próxima eleição presidencial. O governo Lula, apesar dos defeitos, falhas e omissões que se lhe possam atribuir, não é o nosso inimigo; ele é, sim, o avanço nacional possível nas atuais conjunturas internas e externas. Não reelegê-lo significa, na prática, devolver o poder às elites que impedem a emancipação do nosso povo desde os tempos do escravagismo, agora travestidas de neoliberais, com suas privatizações e alienações das riquezas nacionais, suas políticas de concentração de renda, sua aversão aos pobres, sua submissão aos EUA e, daí, seu sistemático boicote às tentativas de integração latino-americana.

Depois da prodigalidade com que o governo passado tentou permitir a instalação de uma base de lançamento de foguete dos EUA e autorizou a presença dos serviços de inteligência desse país em nosso território, essa "minoria branca e perversa" a que se referiu o governador paulista Cláudio Lembo precisa voltar ao Planalto para conter o aprofundamento das relações do Brasil com a Argentina, a Venezuela e outros países do continente.

Não com a minha ajuda. Permiti-lo e até propiciá-lo, mediante a apresentação de candidaturas que só favorecerão as hostes reacionárias, é, a meu ver, um erro da esquerda, comparável, em sua gravidade, aos que ela cometeu em 1930, quando Prestes e os comunistas deixaram de participar da revolução modernizadora de Vargas, e em 1954, quando ela se deixou arrastar pelo "mar de lama" produzido para derrubar o governo democrático e nacionalista do maior estadista brasileiro.

Eu não tinha idade para partilhar aqueles equívocos, mas a tenho agora para não compartir o atual e não contribuir, assim, para que a primeira experiência de um homem do povo na presidência do meu país seja afogada pelas marolas alvoroçadas, hipocritamente, por falsos moralistas udenotucanos. Estou convencido de que a política – arte ou ciência – é uma atividade que deve ser regida pela razão, como Prestes o demonstrou em 1945, ao sair de nove anos de prisão defendendo Vargas, e Brizola, em 1989, apoiando Lula no segundo turno das eleições presidenciais.

São estas convicções e o meu profundo respeito pela coerência e pela disciplina partidária, meu caro Lupi, que justificam, neste momento, os meus pedidos de renúncia à honrosa posição de membro do Diretório Regional e de desfiliação do partido que foi parte da minha vida ao longo dos últimos 27 anos.

Com as saudações fraternais e socialistas do
Arthur José Poerner (Inscrição nº 642, em 10/11/1981)

quinta-feira, junho 29, 2006

Choque de gestão

A elite aturdida

por NORIAN SEGATTO

Reproduzido do site da CUT

Oficialmente, a campanha presidencial ainda não começou, mas há muito tempo parte da imprensa já fez sua escolha e se dedica a ela como bom cabo eleitoral das elites que desde sempre mandaram no país. A revista Veja, por exemplo, que pode ser acusada de muita coisa menos de imparcialidade, destacou o governo Lula em 45 capas desde janeiro de 2003, 42 das quais críticas. Outros, na mesma toada, colocaram acusações, suposições e mentiras no mesmo balaio.

No terceiro trimestre de 2005, a oposição esboçava todos seus dentes – de alegria pela série de denúncias e de esperança de voltar a cravá-los na rapadura do poder -, apregoava que o governo Lula tinha acabado e que a economia ia de mal a pior enquanto brindava com champanhe importada. Os meses se passaram, as CPIs produziram mais fumaça do que fogo e o Brasil chega a três meses da eleição com Lula mantendo larga vantagem sobre seu concorrente direto, Geraldo Alckimin, que não consegue empolgar ou convencer sequer seus correligionários.
Enquanto isso, a cúpula tucano-pefelista bate cabeça para tentar entender o que acontece. Como podem estar tão atrás nas pesquisas tendo importantes estados nas mãos, como São Paulo e Minas, após três CPIs que se tornaram palanques da oposição, com apoio de grandes interesses econômicos e com a maior parte da mídia comercial a seu favor? Uma das respostas pode ser encontrada em recente estudo realizado pelo economista Ricardo Paes de Barros, um dos mais respeitados pesquisados da realidade sócio-econômica do país.

Além da China
Baseado em dados do IBGE, Paes de Barros contabiliza os impactos de programas sociais, como o Bolsa-Família, entre a parcela dos 20% mais pobres da população. E a conclusão é incontestável: a renda da base da pirâmide social tem crescido a índices elevados. Apenas em 2004, a renda per capita desse segmento teve aumento de 12%, contra 3% da média nacional. Entre os 10% mais pobres, o impacto foi ainda maior, o poder aquisitivo subiu 16%, segundo estudos do economista.

Outro indicador utilizado por Paes de Barros é o índice Gini, que mede a concentração de renda. Entre os anos de 2000 e 2004, ele caiu de 0,597 para 0,574, ou seja, cerca de 1% ao ano, revertendo a tendência histórica de aumento contínuo da concentração de renda. No primeiro trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 1,4% em relação ao mesmo período de 2005, apontando para o crescimento do PIB em torno de 4% em 2006. Com os programas sociais do governo Lula, a parcela mais pobre da população terá um incremento na renda em torno de 13%, que representa mais do que o crescimento anual da China, o país que mais cresce no mundo.

Os mesmos “istas”
E, novamente, cai a máscara da hipocrisia da grande imprensa, sempre espelhando em suas matérias a voz da elite aturdida. Dez entre dez economistas, analistas, cientistas políticos ou os próprios políticos em carne e osso, concordam que a concentração de renda é um dos maiores problemas do país. No entanto, quando um governo popular resolve mudar essa tendência, são esses mesmos “istas” os primeiros a “alertar” a população sobre os riscos de tal decisão. Recentemente, o jornal Folha de S. Paulo em extensa matéria procurava mostrar os “perigos” dos programas sociais para o ajuste fiscal, o controle da inflação, o déficit público etc.

Enquanto a elite considerar distribuição de renda um perigo para ajustes macro-econômicos vai continuar batendo cabeça para entender o porquê dos altos índices de aprovação do governo Lula. Essa elite pode, eventualmente, até ganhar a eleição, mas está cada vez mais longe de conquistar os corações de milhões de brasileiros que descobriram nos últimos anos o que é ter carteira assinada e fazer três refeições por dia.

O barco de Alckmin está fazendo água

por Laerte Braga

O senador Antônio Carlos Magalhães foi o último grande chefe político brasileiro a deixar a candidatura Alckmin. É lógico que não falou assim e nem disse isso. O fez por tabela. ACM anunciou que não vai ajudar a candidatura tucana se os tucanos insistirem em prestigiar Jutahy Magalhães, neto de Juraci Magalhães, na briga para saber quais Magalhães foram ou são maiores na Bahia.

O estilo raposa foi cheio de malícia. Como se mostra absoluto nas pesquisas em seu Estado, Alckmin não passa dos 17%, fez menção ao Ceará, estado de Corruptasso Jereissati, coordenador da campanha tucana e presidente nacional da quadrilha, onde Lula vence com folga.
Fernando Henrique Cardoso, mistura de d. Maria a Louca com Rafles, o célebre personagem ladrão das histórias policiais inglesas, deixou Alckmin no momento que não foi consultado sobre os rumos dos “negócios”. Rainha sem coroa estrilou e só aparece para dizer que foi o maior presidente que o País já teve.

Maior na bandalheira, isso foi.

José Serra não quer correr o risco de ver Alckmin presidente e tentando ser reeleito em 2010, sepultando de vez suas chances e seus sonhos presidenciais. E muito menos quer o ex-governador atrapalhando sua eleição em São Paulo.

Aécio Neves já não apoiou Serra da primeira vez, que dirá Alckmin, segundo ele “um caixão e de caixão não gosto de carregar alça”. Raciocina como Serra. Quer ser o candidato tucano (ou não, muda de partido se precisar) em 2010.

Jereissati segura a alça. Não tem como não fazê-lo. É o presidente do partido. Pelo menos figuração, fingir que briga, que se indigna.

Jutahy Magalhães quer é irritar ACM, tirar uma casquinha. Como a do senador, sua visão é provinciana, não enxerga além dos muros do seu universo eleitoral. Alckmin é irrelevante no processo político que lhe diz respeito, logo, vai dançar, já dançou.

Essa história de alianças regionais está produzindo uma tal ordem de equilibristas, mágicos e engolidores de facas e em todas elas o barco de Alckmin vai para o fundo.

Nem Alckmin mesmo, nessa altura do campeonato, acredita que possa vencer as eleições. Imagino que a Opus Dei/Daslu estejam mais voltadas a preces por um desses milagres tipo o mar se abrir e o tucano ganhar, que propriamente a campanha.

O ex-governador chega a ser pândego em suas andanças pelo Brasil.

Está reclamando agora que não conseguiu uma aliança com Orestes Quércia e o PMDB paulista. Quércia seria um político ilustre e sério se a aliança se consumasse. Como não, é um corrupto, que desgraçou São Paulo.

Já a polícia paulista matou mais treze, segundo ela do PCC (Primeiro Comando da Capital).
O barco de Alckmin nem chegou a projeto de Titanic. É um escaler que baixaram antes do tempo. Em ondas revoltas e onde o “almirante” está em fase de absoluto delírio.
Cheio de punhais cravados nas costas.

Quem tem os amigos que Alckmin tem não precisa de inimigos.


http://www.fazendomedia.com/laerte.htm

Lula critica Senado e diz que pobres não dão trabalho

O presidente Lula fez, nesta quarta-feira, duros ataques ao Senado pelo fato de a Casa não ter votado ainda a proposta de emenda constitucional que cria o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Em discurso de improviso num ginásio de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, Lula disse que há pessoas que pensam que aprovar uma proposição que repassa R$ 4 bilhões por ano para a educação é beneficiar o seu governo.

"Eu não acredito que tenha gente que pensa de forma tão pequena que seja capaz de prejudicar as crianças pensando que prejudica o presidente da República e o governo federal", afirmou.

No ato de comemoração pelo alcance da meta de 11,1 milhões de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família, Lula reforçou seu discurso de candidato dirigido aos pobres. O presidente afirmou que seria muito mais fácil administrar o país se pudesse cuidar somente dos pobres porque eles não dão trabalho.

"Seria tão mais fácil governar um país se a gente tivesse que cuidar só dos pobres porque os pobres não dão trabalho. Os pobres não têm dinheiro para protestar em Brasília, alugar ônibus. Eles só vão à igreja rezar. Muitas vezes os governos não olham para eles porque eles não estão fazendo passeatas e protestos. Fazer política para pobre é uma coisa prazerosa", disse.

"O pobre quer apenas um pouco de pão, enquanto o rico, muitas vezes, quando encosta na gente, quer um bilhão. Fazer política para pobre é uma coisa prazerosa, porque a gente sente que a comida chega na casa das pessoas", afirmou.

Lula disse ainda que o governo federal repassou dinheiro do Bolsa Família para todos os prefeitos, mesmo aqueles que "passam o dia inteiro falando mal do presidente". Ao falar do programa, Lula também criticou os cadastros herdados do governo Fernando Henrique Cardoso. Ele disse que não foi fácil implantar o programa porque os cadastros do antigo Bolsa-Escola e do vale-gás continham muitos erros.

segunda-feira, junho 26, 2006

Quatro milhões de empregos com carteira assinada

por José Pimentel

São muitos os indicadores que comprovam o avanço do atual governo no cumprimento da meta de desenvolvimento sustentável com inclusão social, estabelecida ainda durante a campanha eleitoral de 2002.


Aumento das exportações, ampliação das relações comerciais do Brasil com os países africanos e árabes, fortalecimento do Mercosul, expansão do crédito para a Agricultura Familiar, redução de impostos de produtos da cesta básica de alimentos e redução dos índices de pobreza são alguns exemplos da evolução que estamos construindo. Mas escreverei sobre a questão do emprego cujos resultados são os melhores dos últimos 10 anos.

O governo Lula gerou mais de 4 milhões de empregos com carteira assinada de janeiro de 2003 até maio de 2006. Para que o leitor compreenda o que isso significa, basta lembrar que nos oito anos do governo FHC foram gerados apenas 796 mil novos empregos no país. É claro que ainda há muito o que fazer, mas a oposição dificilmente conseguirá encobrir essa realidade diagnosticada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Essa é uma verdade incontestável e muito importante no processo de inclusão social que demos início em 2003.

A última pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada no dia 22/6, demonstra que a taxa de desemprego continua caindo em todo o país. No mês de maio, estavam desempregados 10,2% da população economicamente ativa. Ainda é um número elevado, mas bem inferior aos 11,7% registrados no final do governo anterior.
Nos primeiros cinco meses do ano, 768.343 trabalhadores conseguiram ocupar novas vagas de emprego com carteira assinada.

Outra boa notícia é que houve aumento da renda média real dos trabalhadores. Descontada a inflação, o rendimento médio do trabalhador cresceu de R$ 1.012,50 em abril para R$ 1.027,80 em maio. A alta é de 7,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Agora são 11 meses consecutivos de crescimento da renda do trabalhador.
O Brasil vai continuar investindo e acreditando. Estamos construindo um novo país para as atuais e futuras gerações.

José Pimentel é deputado federal (PT-CE) e vice-líder do Governo Federal no Congresso Nacional

O grande achismo da imprensa e da oposição

O blog recomenda a leitura do esclarecedor artigo de Eduardo Lauande sobre os "achismos" que tomaram conta da imprensa e da oposição. Na ânsia em desqualificar os avanços do governo Lula, jornalistas e políticos pouco se preocupam com a verdade e com a coerência.


Clique aqui

João

"O SONHO NÃO ACABOU E A ESPERANÇA NÃO MORREU"

Discurso do presidente Lula durante a Convenção Nacional do PT:

COMPANHEIRAS E COMPANHEIROS,

VOCÊS SABEM, MUITO BEM, QUANTO CUSTOU A CADA UM DE NÓS CHEGAR ATÉ AQUI. QUANTA BATALHA FOI PRECISO VENCER, QUANTO PRECONCEITO FOI PRECISO REMOVER, QUANTA ARMADILHA FOI PRECISO DESMONTAR.


VOCÊS SABEM COMO FOI DIFÍCIL REALIZAR AQUELE SONHO QUE PARECIA IMPOSSÍVEL: O SONHO COLETIVO DE TER UM TRABALHADOR NA PRESIDÊNCIA DO BRASIL.

JUNTOS, CONSEGUIMOS MOSTRAR QUE ESTE SONHO NÃO APENAS ERA POSSÍVEL, COMO ERA JUSTO E NECESSÁRIO. JUNTOS, MOSTRAMOS AO MUNDO QUE UM TRABALHADOR TEM CONDIÇÕES DE DIRIGIR COM COMPETÊNCIA UM PAÍS DA IMPORTÂNCIA DO BRASIL. QUE PODE FAZER ISSO GOVERNANDO PARA TODOS E SEM TRAIR OS INTERESSES DA POPULAÇÃO MAIS POBRE.

HOJE EU ESTOU AQUI PARA DIZER A VOCÊS QUE O SONHO NÃO ACABOU E A ESPERANÇA NÃO MORREU...

Leia a íntegra do discurso de Lula na Convenção Nacional do PT

Ovacionado, Alencar afirma que o PT é a cara do Brasil


O vice-presidente da República, José Alencar, foi ovacionado pelos militantes petistas durante a convenção nacional do partido, neste sábado (24) em Brasília, quando teve seu nome lançado para compor novamente a chapa com o presidente Lula na campanha pela reeleição.

Em seu discurso, Alencar fez uma série de agradecimentos, mas um em especial ao Brasil. E explicou: “Quando falo do Brasil, falo do PT, porque o PT é o Brasil. Na fisionomia de cada um de vocês está estampada a marca do nosso país. A marca do trabalho, mas também da intransigência em relação àqueles que nunca se preocuparam com a sorte dos menos favorecidos”.

O vice lembrou que nesses três anos o governo “arrumou a casa”, depois de receber um país em situação difícil.

Ele fez um balanço das ações positivas do governo na área econômica, citando especificamente a redução da dívida externa e o pagamento antecipado ao FMI (Fundo Monetário Internacional).

Para Alencar, os avanços do primeiro mandato indicam que op Brasil já pode voltar a crescer com mais vigor. “Agora é pé na estrada e na direção de objetivos nacionais, verdadeiros e legítimos”, disse.

E concluiu: “Me engajo neste convite honroso para mais esta caminhada de vitória do povo brasileiro”.

Quem manda é o povo!








Conheça a letra do novo jingle da campanha de 2006:

Não adianta tentarem me calar
Nunca ninguém vai abafar a minha voz
Quando o povo quer, ninguém domina
O mundo se ilumina, nós por ele e ele por nós
O Brasil quer seguir em frente
Com o primeiro homem do povo presidente
Ele sabe governar com o coração
E governa pra todos com justiça e união
É o primeiro presidente que tem a alma do povo
Que tem a cara da gente
São milhões de Lulas povoando este Brasil
Homens e mulheres noite e dia a lutar
Por um país justo e independente
Onde o presidente é povo
E o povo é presidente
Nós estamos aqui de novo...
Cantando! Um sonho novo...
Pra sonhar! Nós estamos aqui de novo...
Lutando! A esperança não se cansa...
De gritar: É Lula de novo, com a força do povo!

quinta-feira, junho 22, 2006

Banho de Ética F.C.

Confira as principais características desse time mágico que vai lavar a alma do Brasil.

ACM - atacante sagaz, rápido, ágil e habilidoso. Renunciou antes de ser cassado, demonstrando toda a sua habilidade técnica. Líder da equipe, seu neto joga no time de base. Sua família é a proprietária do time.

LORENZONI - lateral direito liso, porém encrenqueiro. Pouco habilidoso, mas compensa com o excesso de força.

JOSÉ JORGE - zagueiro lento e confuso, mais conhecido por "Apagão"

GERALDO CHUCHU - zagueiro brucutú, pouco habilidoso, fraco. Ninguém entende sua escalação. Não empolga a torcida.

LEMBO - goleiro razoável. Sempre é obrigado a segurar as buchas que o time deixa para ele.

HERÁCLITO - volante violento e mal preparado. Escalado apenas por influência de Daniel Dantas para obstruir os oponentes e abrir espaço para as jogadas.

RICARDO SÉRGIO - meia habilidoso, liso, cheio de malícia. Gosta de jogar no "limite da irresponsabilidade". Também é responsável pela caixinha dos jogadores.

BORNHAUSEN - meia-atacante rápido, forte e violento. Aprendeu a jogar com os militares durante sua passagem pelo exército.

AGRIPINO - lateral fraco, pouco habilidoso e lento, mas adora dar entrevistas para a imprensa.

AZEREDO - volante fraco e violento, não costuma jogar limpo.

ÁLVARO DIAS - atacante fraco, firulento, frágil. Também adora as câmeras e os holofotes. Costuma bancar o massagista do time. Uma graça.


ROUPEIRA DO BANHO DE ÉTICA FC: Lú Alckmin

João

Pelo jeito nem guindaste

por Laerte Braga


O ex-governador e candidato tucano à presidência da República Geraldo Alckmin não percebeu ainda que todo o comando do seu partido e o do principal aliado, o PFL, estão descendo do seu palanque.

A eleição de Alckmin só interessa a ele, a mais ninguém. Um ou dois empresários padrão Daslu e aos sobreviventes da Idade Média, no caso a turma da Opus Dei, no máximo. O resto quer que o ex-governador se arrebente, pois o grande embate na direita vai acontecer em 2010, entre Aécio Neves e José Serra, salvo eventuais acidentes de percurso.


O prefeito do Rio César Maia disparou contra os tucanos e foi no ponto mais delicado da turma. Falou de FHC. “O ex-presidente pensa que é Deus”. César Maia mostrou que FHC foi mero produto das circunstâncias e da sorte, além evidentemente, da cara de pau e do cretinismo corruptos que são suas marcas registradas.


Como está, Alckmin lembra aqueles filmes de mistério, onde o assassino leva o carro até a beira de uma lagoa dessas no fim do mundo, ou pelo menos algo próximo disso, desengrena e pronto. O carro desce, mergulha e vai afundando devagarzinho com Kim Novak dentro. Como Cary Grant não está por perto para salvá-la, vai para o brejo.


O grande dilema nacional, pelo menos até o final da Copa, na hipótese da seleção brasileira lá estar, é se Ronaldo está gordo, está com problemas físicos, está com problemas emocionais e se Juninho Pernambucano deve ou não entrar e no lugar de quem.


O brasileiro, de um modo geral, neste momento, está preocupado com a opinião do Rivelino, que prefere o Robinho. Ou do Jair que puxa o Zé Roberto para a lateral esquerda e barra Roberto Carlos colocando Juninho. E assim por diante.


Alckmin é só um acidente de percurso, não interessa a ninguém.

Quer dizer, além dele e de um ou dois empresários, tem o deputado Roberto Freire. Declarou que vai abandonar a vida pública. Não tem motivação para disputar cargos eletivos. Quis ser candidato a presidente da República e seu partido recusou. A turma sentiu o fracasso que seria.
Freire é deputado desde 1970. Ou seja, há 36 anos exerce mandatos. Sete mandatos de deputado e um de senador. Nas últimas eleições foi o último da lista. Não tem a menor chance de ser eleito em outubro.


Passou a campanha eleitoral de 1989, quando foi candidato a presidente, denunciando a privatização do Estado e votou a favor de todas as propostas privatistas de FHC. Foi do antigo MDB quando o partido era uma frente contra a ditadura, integrante do velho Partidão (Partido Comunista Brasileiro) pelo qual foi candidato a presidente e depois transformou em PPS, hoje mero braço do tucanato.


Vai ajudar, segundo disse, tentar eleger Geraldo Alckmin.


Nem guindaste tira esse carro do fundo da lagoa.


No caso de Roberto Freire: sai com aposentadoria integral.

Laerte Braga é jornalista. Nascido em Juiz de Fora, trabalhou no Estado de Minas e no Diário Mercantil.

http://www.fazendomedia.com/laerte.htm

quarta-feira, junho 21, 2006

A política destrutiva de Alckmin

por Altamiro Borges

Será lançado nesta sexta-feira, 23, na capital paulista, o livro “São Paulo: realidade e perspectivas. Efeitos do liberalismo tucano no estado”. Além do coquetel, haverá um debate com as participações do senador Aloísio Mercadante, candidato ao governo paulista, e do deputado estadual Nivaldo Santana (PCdoB). Antes mesmo do lançamento já foram vendidos quase 2 mil exemplares do livro, o que revela o interesse por conhecer as conseqüências nefastas de 12 anos de reinado tucano em São Paulo. Diante da blindagem da mídia, que evita criticar o “picolé de chuchu”, a obra é um primeiro esforço de sistematização sobre as políticas destrutivas do governador Geraldo Alckmin, candidato da direita à Presidência da República.


O livro é resultado de um seminário promovido pela seção paulista do Instituto Maurício Grabois (IMG), que contou com as contribuições de especialistas em várias áreas. Organizado pela jornalista Rita Casaro, ele possui quatro blocos. No primeiro, intitulado “mutações econômicas – da indústria ao rentismo”, são analisados os estragos causados pela ortodoxia neoliberal. O economista Marcio Pochmann apresenta inúmeros dados que comprovam que o estado se tornou um paraíso da especulação financeira. Hoje São Paulo concentra 81 dos 131 bancos existentes no país; quatro das cinco maiores seguradoras; e 19 dos 20 maiores gestores de fundos. “Tais elementos demonstram a sua perda de representatividade na atividade produtiva e a crescente participação na acumulação financeira”. Outro renomado economista da Unicamp, Wilson Cano, reforça esta análise ao destrinchar a criminosa privatização das estatais paulistas.


Leia na íntegra

Estudantes fazem vigília pela votação do projeto que cria o Fundeb

Estudantes universitários e secundaristas acenderam hoje (20) centenas de velas no gramado em frente ao Congresso Nacional para tentar sensibilizar os senadores a votarem o projeto de lei que cria o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
A vigília foi organizada pela Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação (CNTE) e contou com a participação de representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes). Os estudantes pregaram faixas no gramado e, com as velas, escreveram o nome Fundeb.


A presidente em exercício da CNTE, Raquel Felau Guisoni, informou que para as 10h30 de amanhã (21) está marcado encontro com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). E para as 15h30, reunião dos estudantes com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O presidente da Ubes, Thiago Franco, disse que é fundamental a aprovação do Fundeb antes que entre em vigor a Lei Eleitoral, em julho, proibindo investimentos do governo federal. "Estamos tentanto fazer com que o projeto tramite em regime de urgência. O ministro da Educação [Fernando Hadad] esteve conosco e reiterou o apoio do governo ao projeto", afirmou.
Na opinião de Raquel Guisoni, "não votar o Fundeb é um erro – deputados federais e senadores não podem ver só o objetivo partidário, têm que ver a situação do povo". Ela acrescentou que o fundo beneficiará, principalmente, a população mais carente.


O relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador José Jorge (PFL-PE), disse acreditar que antes do recesso de julho o projeto de lei estará aprovado, mas como foi alterado no Senado, terá que retornar à Câmara dos Deputados.

O Fundeb, quando aprovado no Legislativo, substituirá o Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério), cuja vigência termina em dezembro. Uma das alterações feitas no Senado prevê que a complementação federal ao Fundo será de R$ 2 bilhões no primeiro ano; R$ 3 bilhões no segundo; R$ 4,5 bilhões no terceiro; e de 10% do total de recursos do Fundeb a partir do quarto ano.

BNDES retoma função social

O deputado Mauro Passos (PT-SC) fez nesta terça-feira (20), em plenário, um comparativo entre as atuações do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em sua avaliação, sob a gestão Lula o banco está retomanto sua ação social.

O BNDES completa nesta terça-feira 54 anos de criação. Procurei mostrar que entre tantas diferenças entre as duas gestões, a atuação do BNDES é uma das mais visíveis. O banco, no governo passado, foi o braço de todo o programa nacional de privatização e utilizou muitos recursos para beneficiar poucos clientes”, criticou. Segundo ele, houve ainda o agravante de que esses clientes, em geral, eram investidores estrangeiros “atraídos pelo dinheiro fácil que o BNDES permitia para cumprir as metas estabelecidas por FHC no programa de privatização”, disse.

Empresas como AES e a Ligth (comprada pela EDF francesa e vendida em seguida) têm dívidas consideráveis com o banco para financiarem as privatizações”, afirmou.

Hoje, segundo o deputado, “o contexto é outro”. “O banco volta a ter seu papel de banco de fomento e desenvolvimento, privilegiando empréstimos pulverizados que chegam a micro e pequenos empresários que foram excluídos nos anos anteriores de acesso a suas carteiras de crédito. Esse é um avanço significativo”, afirmou.

Agência Informes (
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Uma radiografia da economia solidária

por Raquel Casiraghi

Rio Grande do Sul é o Estado com maior número de empreendimentos deste tipo no Brasil; já entre as regiões, Nordeste é a que concentra mais iniciativas

O Rio Grande do Sul é o Estado que possui mais empreendimentos de economia solidária no país. O resultado foi divulgado neste ano no Atlas da Economia Solidária no Brasil, primeiro levantamento deste tipo realizado no setor. Promovido pelo Fórum Brasileiro de Economia Solidária em parceria com o Ministério do Trabalho, a pesquisa mostra que existem 634 empreendimentos no Estado, atingindo 270 municípios gaúchos.

O destaque fica para o Nordeste, região que concentra cerca de 6.500 empreendimentos, ou seja, 44% do setor brasileiro. A pesquisa conseguiu traçar também as características desta economia solidária e de quem a pratica. Apesar do aumento na participação de mulheres nos negócios, os homens ainda são maioria. Praticamente a totalidade dos empreendimentos se concentra nas atividades de agricultura e pecuária, os quais conseguem movimentar mais de 227 milhões de reais por mês em todo o país.

Para a Irmã Lourdes Dill, coordenadora do Projeto Cooesperança, do município de Santa Maria, os resultados mostram que a economia solidária não tem por objetivo somente criar empregos.
"Na realidade, fortalecer uma nova economia, onde o trabalho é coletivo e os resultados são compartilhados de forma solidária. E essa forma de organização é um caminho alternativo para o desemprego no mundo hoje, que exclui tantos trabalhadores", argumenta.

No Brasil existem 14.954 empreendimentos, envolvendo 2.274 cidades brasileiras. Cinqüenta e quatro por cento delas se organizam em associações, 32% de grupos sem formalização e 10% em cooperativas. No Rio Grande do Sul, os grupos informais, ou seja, sem registro jurídico, são os que predominam.

(Agência Chasque)

Horário eleitoral



















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terça-feira, junho 20, 2006

Cadê a "Lista de Furnas" na mídia?

Depois da revista Carta Capital dar destaque ao caso "Lista de Furnas", procurei ontem e hoje mais notícias sobre o escândalo que envolve caciques tucanos e pefelês, incluindo nomes do calibre de Serra e Alckmin. Como já esperava, nada encontrei a respeito do assunto. Os jornalões, assim como os informativos noturnos na televisão, simplesmente ignoram por completo a farra tucana com o dinheiro público. Encontrar uma notícia sobre o assunto é uma missão árdua, pois quando ela é dada, geralmente está escondida em algum cantinho, com poucas linhas, como se a presença na lista de um dos candidatos à Presidência da República como beneficiário do desvio de verbas de uma estatal, não fosse o suficiente para merecer grande destaque.

Incrível como uma simples suspeita sobre o PT é sempre tratada com ares de escândalo, gerando capas acusatórias em todas as revistas e jornais, charges, piadas, editoriais agressivos e etc. Agora, um caso comprovadíssimo de desvio de recursos públicos para o custeamento das campanhas tucanas é tratado pela grande imprensa de forma tímida, com pouca importância. Isso quando o assunto é citado, pois para maioria dos veículos de imprensa o caso "Lista de Furnas" simplesmente não existe ou não passa de uma lenda petista. Agora que o caso está comprovado eu me pergunto - Cadê a mídia histérica bradando pela ética no país? Cadê a insatisfação da tal "opinião pública" que a imprensa se julgou porta-voz? Cadê o Sr Arnaldo Jabor chamando o PSDB de quadrilha de assaltantes dos cofres públicos?

Na época em que a lista foi divulgada, a maioria dos órgãos de imprensa praticamente decretaram que os documentos haviam sido falsificados e enterrou-se o assunto de vez. Agora a PF comprova a autenticidade do documento e confirma a "precipitação" (para não dizer má-fé) de toda a imprensa e dos políticos oposicionistas que desqualificaram a lista ao compará-la com o antigo caso das "Ilhas Cayman".

Já digo de antemão que esse assunto não vai dar em nada, apesar de ser suficiente para tornar Geraldo Alckmin inelegível. Também já antecipo que a mídia não vai dizer que "tudo acabou em pizza", não vai falar sobre o descontentamento da "opinião pública" e não vai comemorar o 1º ano do escâdalo de Furnas como fizeram com o famigerado e muito mal explicado "mensalão".

Cobertura dos portais
Procurei também nos principais portais algo sobre a Lista de Furnas. Na Folha Online, para variar, praticamente todas as notícias em destaque criticam direta ou indiretamente o governo. Os principais assuntos: eleições, sem-terra, CPI dos Bingos.
Lista de Furnas? Nada.























No portal do Estadão segue-se a mesma linha: eleições, sem-terra e CPI dos Bingos.
Lista de Furnas? Nada.




















E no Globo Online? Adivinha: eleições, sem-terra e CPI dos Bingos. Neste portal ainda existe a "Rádio Mensalão" para lembrar um ano de CPI.
Lista de Furnas? Nada.




É mole? E ainda dizem que temos mania de perseguição.

João

"O povo continua votando no Lula, porque olha para trás e vê o inferno"

"Espero que no segundo mandato haja um reascenso do movimento de massas," acrescentou João Pedro Stedile, um dos principais coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

"O governo Lula não vai depender da sua vontade ou da composição dos ministérios. Mudanças no segundo mandato vão depender do grau de mobilização que o povo fará nas ruas," disse Stedile. Segundo ele, o papel da militância é mobilizar o população para que este "flexione o governo para a esquerda."

Stedile também procurou desqualificar as críticas ao governo como sendo este o único responsável pela crise. Disse que o problema é a falta de um projeto para o país que atenda às necessidades fundamentais do povo. Algo que, segundo ele, o "neoliberalismo que está aí não resolve, só agrava."

Seria essa uma das razões pelas quais os eleitores -apesar das denúncias e dos escândalos-- preferem Lula ao candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. Para Stedile Alckmin é identificado pelos eleitores com o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), taxado de neoliberal.

"É fácil interpretar porque o povo continua votando no Lula, porque olha para trás e vê o inferno" disse Stedile. O raciocínio do eleitor, para o líder do MST, é de "antes estava pior" enquanto o governo Lula "quem sabe se continuar um pouco mais, vai melhorar."

Leia na íntegra

Luz para Todos













O presidente Luiz Inácio Lula da Silva segura um candeio ao lado de Luiza Conceicão, ao ligar a energia elétrica do Programa Luz para Todos, em sua residência no sitio Santa Rita, municipio de Santo Estevão

segunda-feira, junho 19, 2006

Confusão na crise do "mensalão"

por Bernardo Kucinski

Apesar da intensa cobertura de todos os meios de comunicação, a maioria dos brasileiros considera-se mal informada sobre a crise política.

Boa parte da população acha mesmo que houve corrupção, mas não está claro como aconteceu. A confusão foi produzida pela própria mídia, ávida por denúncias e mais empenhada em incriminar do que em investigar. A começar pelo próprio nome - "mensalão" -, que se impôs pela repetição, como uma marca, e acabou virando seção fixa de jornal. Deputados passaram a ser chamados genericamente de "mensaleiros". Ocorre que nunca foi provada uma relação entre pagamentos regulares e votações de deputados a favor do governo.

Jornalistas e oposição ignoraram até mesmo as questões do senso comum:

1) Por que pagar "mensalão" a sete deputados do PT que já votam com o governo?
2) Por que deputados foram ao Banco Rural apenas uma ou no máximo três vezes, se era um "mensalão"?
3) Por que o governo teve dificuldade em aprovar projetos se estava pagando "mensalão" para que fossem aprovadas?
4) Por que pagar "mensalão" a um deputado como Roberto Brant, do PFL, opositor ferrenho do governo?

O noticiário omitiu sistematicamente que as empresas de propaganda ficam com apenas 15% a 20% do dinheiro que recebem dos clientes para o pagamento das campanhas na mídia.
Quando a Veja noticiou que empresas de Duda Mendonça receberam R$ 700 milhões em cinco anos, nunca esclareceu que, de cada R$ 100 recebidos, cerca de R$ 80 ficam para o veículo onde foi feito o anúncio. A própria Veja e outros veículos da Abril, por exemplo, faturaram R$ 11 milhões em anúncios via Duda Mendonça.

CPI e mídia acusaram fundos de pensão de desvio de dinheiro para o "valerioduto". Os fundos, que gerem centenas de bilhões de reais, contestam. "A imprensa preferiu fontes desqualificadas que alimentaram a desinformação", diz o presidente do fundo Petros, Wagner Pinheiro.

OS MECANISMOS DO LINCHAMENTO PELA MÍDIA

1. A mídia foi pautada diariamente pela oposição: acusações verbalizadas pela oposição de tarde, viravam manchetes factuais no dia seguinte.

2. Acusações que deveriam ser ponto de partida para uma investigação jornalística eram publicadas sem checagem. Bastava usar termos como "suposto", como observou Carlos Heitor Cony.

3. Os acusados não eram procurados para se defender e, quando eram, suas explicações eram tratadas com sarcasmo.

4. Surgiu um novo modo narrativo: basta ser indiciado para ser tratado como criminoso, mesmo que a acusação ainda esteja sujeita a ser rejeitada pela Justiça;

5. Nessa nova forma narrativa, escreveu o jornalista Carlos Brickman "qualquer medida judicial em favor de réus é chicana" e "qualquer absolvição é pizza, independente de prova". Qualquer declaração do acusador é, em princípio, aceita como verdade...

6. Nessa nova narrativa predominou a malícia. Em vez de elucidar os fatos, contextualizando-os e hierarquizando-os, optou-se pela desinformação e a suspeição.

7. Todo o fogo era dirigido apenas contra o PT. A grande imprensa ignorou, por exemplo, as denúncias contra o banqueiro Daniel Dantas, do Banco Opportunity, à lista dos doadores de Furnas. Ignorou ou relegou a segundo plano que o "valerioduto" foi criado pelo PSDB para a campanha de 1998 de Eduardo Azeredo, em Minas Gerais.

8. Palavras pesadas foram usadas com freqüência, sem pudor: "Palocci, estuprador de contas bancárias" (Augusto Nunes, no JB); "Lula, chefe da quadrilha" (Correio Braziliense); Ali Dirceu e os 40 ladrões"(idem).

9. Foi desencadeada uma perseguição incessante aos familiares de Lula e aos chamados "amigos de Lula", com arbitrária violação da vida pessoal.

10. Legitimou-se a linguagem preconceituosa contra Lula, inclusive por colunistas importantes; alguns jornalistas especializaram-se em descobrir em todas as falas de Lula uma "gafe".

11. Os meios de comunicação concentraram toda a cobertura na crise, desprezando acontecimentos importantes; Istoé deu 14 capas seguidas de crise; Veja deu mais de 20.

12. Depoimentos nas CPIs eram ignorados quando derrubavam acusações contra o governo.

13. Criou-se uma modalidade virulenta de jornalismo. Veja deu capas associando o PT a animais (rato, burro), imagens posteriormente recicladas por articulistas na própria Veja e em outros veículos. Os nazistas fizeram isso com os judeus com o objetivo de derrubar toda e qualquer barreira psicológica ao seu extermínio.

14. Houve a "a tragédia da condenação sem julgamento", como disse em sua defesa o deputado do PFL Roberto Brant. Nenhum julgamento foi ainda feito na Justiça, mas na mídia e no imaginário social já estão todos condenados e suas imagens e reputações destruídas. Deu-se um linchamento midiático.

Bernardo Kucinski é professor licenciado da ECA/USP, autor de vários livros sobre jornalismo e assessor da Presidência da República.

Falta de caráter

Ao assinar convênios com as prefeituras de Recife, Olinda e outras da Região Metropolitana de Recife para retirada de favelados e construção de casas, no valor de R$ 74 milhões, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu diretamente ao PFL e ao PSDB que, ontem, o ligaram ao mensalão e o chamaram de bêbado e preguiçoso.


Segundo o presidente, eles ficam destilando ódio porque eles não têm o que ele tem: caráter.

"Vocês estão percebendo que todo dia tem gente destilando ódio contra mim. Isto ocorre porque eles governaram o País desde a chegada de Cabral e não fizeram nada. E eles perguntam: "Por que este metalúrgico faz"?

Ele mesmo respondeu:

"Porque este metalúrgico tem o que eles não têm: este metalúrgico tem caráter. A eles, que vivem destilando inveja e ódio, não vou dedicar um minuto da minha vida, porque vou dedicar minha vida inteira ao povo. Eu quero mostrar é mais trabalho e carinho com o povo".

Concluindo seu discurso, Lula ainda afirmou: "Eles torcem para que a gente fique nervoso e faça o jogo deles, que é o jogo rasteiro. Eu não vou fazer". Em seguida, ele questionou: "Onde eles estão"?, para afirmar: "Eu estou aqui no meio de vocês". Daqui a pouco, Lula embarca de volta para Brasília.
http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

A confissão da oposição

por Eduardo Guimarães

O programa do PFL exibido na noite da última quinta-feira foi o reconhecimento da oposição a Lula de que ela não tem moral para acusar ninguém. Se não fosse assim, por que atacar o presidente da República durante intermináveis onze minutos sem mostrar a cara de um só expoente oposicionista e principalmente do candidato Geraldo Alckmin? Por que esconder que o acusador era o PFL, limitando-se a mostrar o logotipo do partido por inacreditáveis seis segundos? Não é preciso ser nenhum gênio para deduzir que a oposição sabe que não tem credibilidade para atacar o presidente Lula e sabe da reputação de desonestidade e de incompetência que PSDB e PFL construíram ao longo do mandato de oito anos de FHC.

A situação da oposição hoje, é a seguinte: não pode mostrar ACM por causa da má fama que ele tem. Não pode mostrar Fernando Henrique Cardoso por causa da má fama que ele tem. Não pode mostrar Geraldo Alckmin tão cedo para não lembrar o eleitorado do caos na Segurança Pública que vige em São Paulo. Não pode mostrar Bornhausen por causa da má fama que ele tem. A oposição a Lula só pode falar mal dele num programa apócrifo enquanto fica escondida torcendo para colar. É pouco para quem pretende vencer uma campanha eleitoral em que está em tanta desvantagem.

O que a oposição tucano-pefelê não entende, é o seguinte: mesmo que conseguisse a tarefa hercúlea de desmoralizar um presidente tão popular quanto Lula, não pode dar como favas contadas que os votos dele cairiam em seu colo, porque ao atacar o presidente escondendo o rosto não se credencia como herdeira direta do voto majoritário do eleitorado. A oposição fala mal de Lula, mas, como se esconde, não fala bem de si. Até porque, não tem o que falar.
http://edu.guim.blog.uol.com.br/

quarta-feira, junho 14, 2006

Popularidade

Nessa terça-feira, os candidatos tucanos foram assistir ao jogo Brasil e Croácia na churrascaria do Chitãozinho e Xororó.

Alckmin, ou melhor, Geraldo, continua na árdua luta para se tornar um candidato popular. Está fazendo de tudo: já se vestiu de cangaceiro e montou no jegue, já jogou bola com as crianças do subúrbio, já comeu pãozinho com manteiga na chapa, já fez o diabo para se tornar uma figura mais próxima do povão. Mas, infelizmente não tem obtido sucesso nessa empreitada quase impossível. Dessa vez, Geraldo achou que assistir ao jogo da Copa na churrascaria de uma dupla sertaneja seria a cartada certeira para popularizar sua imagem.


Veja essa foto abaixo. Agora analise. Com essa cara de quem não entende nada de futebol, com essa cruzada de perna e com esse amigo medonho ao lado, dá pra ser popular?



















Vejamos essa outra foto abaixo. Antes, tire as crianças da sala e procure não se intimidar com a careta bisonha de José Serra. Enquanto todos comemoram com os braços levantados e punhos fechados, Geraldo estranhamente apenas bate palminhas alegres como se estivesse torcendo em um jogo de volei ou aplaudindo uma apresentação de ópera.
















Geraldo, assim não dá pra ser popular.

João

terça-feira, junho 13, 2006

Para 55%, os três anos de Lula foram melhores que os oito de FHC

por Rodrigues para o Valor Online

A pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta terça-feira (13) revela que 55% dos brasileiros consideram os três anos e meio de governo Lula melhores do que os oito anos de FHC. Para 23% está igual e apenas 18% acham que piorou. A avaliação pró-Lula é a melhor desde setembro de 2003, quando o presidente tinha os mesmos 55%, e 16 pontos acima do índice apurado em dezembro do ano passado - quando o massacre da mídia contra o petista atingiu seu auge.

Mesmo entre os eleitores do tucano Geraldo Alckmin, segundo a nova pesquisa, a taxa dos que consideram Lula melhor ou igual a FHC é de 57%. O levantamento também apontou que houve melhora na avaliação da atuação do governo em quase todos os itens investigados. Em relação ao combate à fome e à pobreza, aumentou o percentual dos que aprovam a política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: de 51%, na rodada de março, para 56% neste mês. Na área de economia, o destaque é para o combate à inflação, cuja a aprovação cresceu de 41% para 48%.

Mesmo com uma ligeira melhora, impostos, juros, segurança pública e combate ao desemprego permanecem como as áreas de maior desaprovação do governo. Segundo o levantamento, cresceu a aprovação à política do governo Lula na área de impostos: de 23%, em março, para 26%, mas a desaprovação permanece alta, 65%. Em relação à taxa de juros, subiu de 26% para 32% o percentual dos que aprovam a política de juros do governo, mas 57% dos entrevistados desaprovam. No combate ao desemprego, o governo Lula recebeu a aprovação de 42% dos entrevistados, contra 38% da pesquisa anterior. Em relação às ações do governo em segurança pública, caiu a desaprovação dos brasileiros de 63%, no levantamento de março, para 61%. Por conta dos episódios recentes de violência em São Paulo, a pesquisa CNI-Ibope incluiu mais duas perguntas sobre os problemas de segurança pública. Uma delas foi sobre a avaliação da situação atual do setor. O resultado: 50% dos entrevistados disseram que piorou o quadro de segurança pública no país nos últimos anos. Para 34%, o cenário é o mesmo.

Questionados sobre quem é o responsável pela segurança pública no país, 36% dos entrevistados apontam em primeiro lugar o governo federal, 20% indicam os governos estaduais e 14%, as prefeituras. A repercussão dos ataques do PCC em São Paulo também alterou a agenda de prioridades da população para o próximo presidente. As menções sobre o combate ao crime organizado e à violência cresceram de 24%, na pesquisa anterior, para 32%. Apesar de ter caído cinco pontos, o tema principal da agenda continua a ser a geração de empregos, apontada por 53% dos entrevistados, seguido por investimento em saúde e educação.

Lula cresce e Alckmin fica estável, diz pesquisa Ibope

De dezembro de 2005 a junho de 2006, o pré-candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou 16 pontos percentuais na preferência do eleitorado. As intenções de voto em Lula subiram de 32% para 48%, índice que permite a sua reeleição ainda em primeiro turno.
No mesmo período, dos últimos sete meses, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, estabilizou no patamar de cerca de 20% dos votos. Tinha 20%, em dezembro, passou a 19%, em março, e em junho registra novamente 19%, em cenário sem candidato do PMDB (o mais provável).


A pesquisa CNI/Ibope ouviu 2.002 eleitores em 143 municípios brasileiros, entre 5 e 7 de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Em cenário sem o nome de Pedro Simon (PMDB), a pré-candidata do PSOL, Heloísa Helena, fica em terceiro lugar, com 6% das intenções de voto. Em cenário com Simon (2%), a pré-candidata do PSOL oscila para 5%. Com ou sem o PMDB, Enéas (Prona) tem 2%, Cristovam Buarque, 1%, e Eymael (PSDC) não pontuou. Em ambos os cenários, os votos nulos e brancos somam 12%, enquanto 12% dos entrevistados não quiseram ou não souberam opinar.
Lula tem menor rejeiçãoO índice de voto espontâneo em Lula (quando não é apresentado um cartão com os nomes dos presidenciáveis) subiu cinco pontos percentuais de março a junho, de 27% para 32%. No mesmo período, as menções espontâneas a Alckmin como candidato preferido dobraram, de 4% para 8%.


De acordo com a pesquisa CNI-Ibope, Lula é o candidato que tem o menor índice de rejeição: 28% disseram que não votariam nele de jeito nenhum. A rejeição de Geraldo Alckmin é de 34%, similar à de Heloísa Helena, com 36% de rejeição. A rejeição a Pedro Simon é de 35% e a de Enéas, de 60%.

A pesquisa CNI-Ibope foi feita com 2.002 eleitores em 143 municípios brasileiros entre os dias 5 a 7 de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
http://eleicoes.uol.com.br/2006/pesquisas/ultnot/2006/06/13/ult3795u3.jhtm

Charge

Revista do Brasil

´Revista do Brasil´ é lançada nesta segunda em São Paulo
Conteúdo será em breve disponibilizado para os leitores através da página da Carta Maior. A tiragem inicial é de 360 mil exemplares.


Saiba mais

segunda-feira, junho 12, 2006

"A mídia está com Alckmin, é evidente" afirma Franklin Martins

A matéria, a seguir, foi divulgada pelo jornal Já, de Porto Alegre. O ex-comentarista político da Rede Globo falou para um auditório lotado no Congresso de Jornalistas do Rio Grande do Sul e disse coisas que interessam a todos os brasileiros:

“A mídia está com Alckmin, é evidente. Entre os acionistas das empresas de comunicação do Brasil, diria que a vantagem é de 90 a 10, a favor dele”. A avaliação é do jornalista Franklin Martins, que afirmou que a imprensa e o "PIB" brasileiros estão ao lado do candidato tucano, durante palestra, no encerramento do Congresso dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, no sábado 3 de junho, em Porto Alegre.


O apoio dos meios de comunicação ajuda, mas não ganha eleição. O comentarista político justificou que nessa reta final, a mídia não tem um peso tão grande, já que os candidatos podem chegar diretamente na população, e falar o que quiserem sem interferência, através da propaganda eleitoral. Por isso, a quatro meses do pleito, Franklin Martins não tem dúvidas de que o petista tem as maiores chances.

Ele acredita que serão seis candidatos ao Planalto: Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Heloísa Helena (PSOL), Cristovam Buarque (PDT), Enéas Carneiro (PRONA), e o democrata-cristão José Maria Emayel (PSDC). “O PMDB não vai ter candidato, a estratégia do partido é ter o maior número de deputados e governadores para ter cacife para negociar com o presidente e ser o fiador do Congresso”.

Nesse quadro, é bem possível que a eleição se resolva no primeiro turno, já que a “disputa para valer” estará entre Lula e Alckmin. Até o momento, as pesquisas dão 50% a 60% para Lula e 19% a 23% para Alckmin. Depois aparece Heloísa Helena, com 5% a 7%.”


Leia matéria na íntegra


Franklin Martins sabe do que está falando. Há 1 mês atrás foi demitido pela Rede Globo, onde fazia comentários políticos no Jornal Nacional e no Jornal da Globo. O jornalista sempre foi fiel à veracidade das informações e fugia da tendência da empresa em bater diariamente no governo Lula. Sua imparcialidade provavelmente foi a principal causa de sua demissão.
João

Questão de classe: FHC defende mordomia e provoca Lula

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) diz sentir saudade das pessoas e do palácio presidencial. "Acima de tudo, eu tenho de dizer, talvez seja bobagem, mas eu gosto de helicópteros e como presidente eu tinha helicópteros para me levar para lá e para cá. Não tenho mais", disse.

O neoliberal aproveitou uma participação especial em um programa de música erudita em uma rádio de Nova York (Estados Unidos) para provocar o presidente Luis Inácio Lula da Silva. Questionado sobre se já tinha conversado de música com o presidente Lula, FHC disse: "Não. Eu não sei se Lula gosta de música. Talvez. Mas certamente não música clássica". FHC foi o convidado do programa de rádio Mad About Music (Louco por Música), gravado no Carnegie Hall, No programa, FHC escolheu sete músicas. Duas são brasileiras (Bachianas Brasileiras nº 5, de Heitor Villa-Lobos, e Lua de São Jorge, de Caetano Veloso). Perguntado pelo apresentador, Gilbert Kaplan, FHC “analisou” as diferenças entre o tango e o samba. "O tango está esperando por um desastre. O Brasil é o oposto, nós estamos esperando por uma vida melhor", disse.

FHC é o ícone de um pequeno setor do Brasil que se imagina mais capaz, mais limpo, gente melhor do que os seres considerados primitivos por serem descendentes de negros e índios. Rejeitado pelos brasileiros, ele encontrou nos Estados Unidos um lugar perfeito para exercitar a sua habitual soberba. Recentemente, o Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou uma queixa-crime contra ele por conta de declarações à imprensa agredindo o governo e o partido. Ao entrar em cena atirando para todos os lados, FHC abriu a temporada de baixarias que estão permeando o debate eleitoral deste ano. Atrás dele vieram outros, com o mesmo discurso moralista e desprovido de integridade.


Com agências

FHC ataca de porta-voz da baixaria em convenção do PSDB

Por Osvaldo Bertolino

(...) FHC governou basicamente por meio da corrupção. Seu Ministério de Coordenação Política, ocupado pelo conhecido corrupto Luiz Carlos Santos (PFL), virava o Congresso de pernas para o ar para arregimentar os votos necessários às aprovações dos seus projetos. O fato de a maioria dos escândalos surgidos no governo FHC ter como envolvidos figuras de ponta da sua base de apoio aponta para a conclusão óbvia de que acima de tudo existia um projeto a ser levado adiante. A corrupção e o retrocesso nos direitos individuais e coletivos nesse período exauriu as energias do país – que, com o governo Lula, começam a ser recuperadas. A desconstrução nacional da "Era FHC" talvez seja o pior legado que um presidente tenha deixado em nossa história.

Leia na íntegra

Geraldinho queria tanto ser popular...

"Para popularizar o candidato, a campanha deverá optar por seu prenome nas peças publicitárias. Em vez de Alckmin, ele será chamado de Geraldo. É também uma forma de dar ares de maior intimidade ao pouco conhecido candidato."
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u79470.shtml





Depois de comer buchada de bode, vestir roupa de cangaceiro, tentar jogar futebol na várzea, comer coxinha oleosa na periferia, fechar o corpo no pai de santo e não obter a mínima popularidade, Alckmin e sua turma decidiram chamá-lo pelo seu primeiro e singelo nome: Geraldo.

Agora vai!

João

Fagundes também é Lula

O ator Antonio Fagundes , em entrevista para a Folha, falou sobre o momento político.

Leia parte da entrevista:

Folha - O sr. voltaria a fazer propaganda para o PT?
Fagundes- Não, parei há anos, quando percebi que o PT chegaria ao poder e que eu não teria a chance de me manifestar. Primeiro porque não sou consultado, depois porque não há espaço. Comecei a me sentir desconfortável em apoiar alguém e saber que se passasse a discordar dela, não teria espaço para falar. Seria interessante que a cada três meses aquelas pessoas que apoiaram voltassem a ser consultadas. Mas continuo votando no PT.

Folha- Que avaliação faz sobre a crise do mensalão e a responsabilidade do presidente Lula?
Fagundes- Estamos ainda muito em cima do laço para conversar sobre isso. Ainda não é história, é jornalismo ainda não devidamente apurado. Tem um monte de coisa que a gente não sabe, e é prematuro falar contra ou a favor. Preciso deixar a coisa esfriar para fazer um julgamento. Tenho opiniões, mas quero balizá-las melhor antes de sair dando declarações.A gente sempre soube que democracia é a eleição entre o ruim e o pior. É claro que foi um banho de água fria em todos nós. Mas enquanto o sistema político não for reformado, qualquer partido terá esse problema de esbarrar com os caras corruptos. O PSOL, quando entrar, também. No Congresso Nacional, com 550 deputados, quantos são corruptos? Diria 498, e teria dificuldade de apontar os honestos


‘‘A crise me aproximou ainda mais do PT’’

por Carla Felícia para IstoÉ Gente

Paulo Betti reafirma seu apoio ao PT e ao presidente Lula.

Por que se afastou do PT nas eleições de 2002?
Sempre quero estar neutro, porque minhas obrigações profissionais exigem. Sou produtor de cinema, teatro e presidente de um centro cultural no Rio – a Casa da Gávea, uma associação cultural sem fins lucrativos. Uma ligação partidária mais direta atrapalha. Quanto mais neutro eu ficar, melhor. Às vezes não consigo e meu desejo de participar se sobrepõe aos meus interesses. Vou um pouco contra a corrente. Quando estava todo mundo gritando PT, antes das últimas eleições, eu estava meio reticente. Hoje, estou um pouco mais PT.


Mesmo com os escândalos de corrupção no governo?
Estamos num momento complexo, onde existe muita poeira e fumaça no ar. Não conseguimos enxergar com clareza o que está acontecendo. Mas tenho profunda simpatia pelo PT. Ajudei a formá-lo e estive com ele desde os primeiros momentos. Agora, no momento mais difícil, fico mais próximo. Dá vontade de ajudar o PT a resolver os problemas. Que são graves e têm que ser resolvidos. Estamos levando porrada e meu primeiro impulso é ajudar a defender. Não tenho nenhuma vontade de bater, mas de defender. Essa crise violenta me aproximou ainda mais do PT.


Seu voto é do Lula?
Meu voto está completamente decidido, eu apóio o Lula. Pelas realizações do governo dele, pelos resultados. Todo mundo vai comparar o governo Lula com o anterior, os índices econômicos, os números. E vai se perguntar: “Qual é o melhor?”. Se você pensar nisso hoje, certamente vai votar no Lula de novo. Acho que realmente ele está fazendo um governo melhor que o outro.

Acredita que ele não sabia dos atos de corrupção?
É difícil você saber tudo que acontece num governo. Para se ter uma idéia, sou presidente da Casa da Gávea, que tem cinco funcionários. Não sei tudo que acontece. Assino pilhas de cheques e documentos, que nem sempre é possível ler. Qualquer pessoa que está num cargo executivo sabe disso. Tem que confiar nas pessoas que trabalham com você e imaginar que elas estão fazendo tudo direito. Tenho certeza de que ele não tinha consciência de tudo que estava acontecendo. E nem dava para ter.


Faria campanha novamente?
Se precisar, apareço numa campanha sim, por que não? Se achar que a campanha precisa de mim, se me sentir motivado a participar – e não estiver numa novela – farei. Tenho contrato com a Globo e, se estiver numa novela, não poderei fazer.

Pai de Ronaldo é fã de Lula

Seu Nélio e dona Sônia, pais do atacante Ronaldo, visitaram o camisa nove da seleção na tarde deste sábado na arena Zagallo, em Königstein.

Após a confraternização, que durou cerca de uma hora, seu Nélio atendeu rapidamente a imprensa e revelou não estar sabendo do entrevero, já superado, entre o atacante do Real Madrid e o presidente Lula.

"Estava em Munique, não acompanhei o noticiário", disse. "Mas o Lula é uma grande personalidade, o admiro muito. Votei e voto de novo nele", continuou empolgado.
Seu Nélio foi além. "O Ronaldo também vota no Lula", disparou, quando foi imediatamente censurado pelo assessor do jogador, que informou que o "Fenômeno" não vota no Brasil. Mas, mesmo na Espanha, o atacante pode recorrer a uma embaixada.

http://blogdosenviados.blog.uol.com.br/#2006_06-10_15_09_18-10729348-0

Isso não sai na imprensa...
João

sexta-feira, junho 09, 2006

PFL mente, para variar.

O site do PFL manteve no ar, pelo menos em parte da tarde e no início da noite desta sexta-feira, um título afirmando que o atacante Ronaldo teria dito que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "tem fama é de grande cachaceiro".

Sob um desenho em vermelho com uma imagem de Lula e a palavra "Impeachment", o site trazia o título "Lula tem fama é de grande cachaceiro, diz jogador Ronaldo". Embaixo, o subtítulo: "Presidente da República chamou Ronaldo de gordo. O troco veio rápido. Ronaldo lembrou da cachaça de Lula".

Imagem, título e subtítulo mandavam o leitor para uma reportagem transcrita da Veja Online, a qual relata a resposta de Ronaldo à pergunta indiscreta de Lula sobre o suposto excesso de peso do atacante, feita ao técnico Carlos Alberto Parreira durante a vídeo-conferência do presidente com a Seleção, realizada ontem.

O título do texto da Veja Online é "Artilheiro reclama de Lula e cobra respeito". O trecho que cita a reação de Ronaldo (que não estava presente quando Lula o alfinetou) é o seguinte:
"O craque foi além e disse que 'todo mundo diz que o presidente bebe para caramba'. 'Do mesmo jeito que dizem que estou gordo e não estou, dizem que ele bebe para caramba e não deve ser verdade'. Ronaldo se disse 'muito chateado' com as especulações e pediu 'mais respeito' por causa de seu currículo na Copa. 'Parece sempre que estou tendo que passar por um teste', desabafou".

Ronaldo, ainda segundo a Veja Online, avaliou que o presidente Lula poderia ter entrado "na onda da imprensa", e por isso abordado a questão do peso do jogador. Em nenhum momento Ronaldo chamou Lula de "cachaceiro".

A reportagem ligou a partir de 18h50 -- quando tomou conhecimento do texto no site do PFL -- para os diretórios de São Paulo e do Distrito Federal do partido, e para um número de telefone (também do DF) que consta no próprio site pefelista. Ninguém atendeu.

Por volta de 19h15, o site já tinha sido alterado, e o título sobre a "cachaça", retirado do ar.

http://eleicoes.uol.com.br/2006/ultnot/2006/06/09/ult23u238.jhtm

Dá para esperar algo diferente de um partido que abriga sujeitos desprezíveis como Bornhausen, ACM e outros zumbis da ditadura que ainda assombram o país?

Esse é o PFL. O partido dos lambe-botas de militares. Nasceu com o objetivo de abrigar ex-arenistas sustentadores da ditadura e hoje serve como retaguarda dos tucanos.

O PFL quer a volta da ditadura militar. E já não esconde mais esse desejo.

João

Jabor sobrenatural

"Jornalista não é para ficar fazendo fofoca, nem para vender jornal, nem para inventar escândalo, nem para sacanear as pessoas (...) O jornalismo brasileiro melhorou muito, mas ainda tem muito idiota e golpista fingindo de democrata e exercendo um poder que não merece ter."

Arnaldo Jabor - 25/08/2003
http://epoca.globo.com/especiais_online/2003/08/25_epuc/03entrevista.htm

Impressionante esse Arnaldo Jabor. Conseguiu fazer uma auto-crítica brilhante com uns 2 anos de antecedência. Esse cara é um fenômeno.
João

Consumo das famílias deve crescer mais que economia

A economia e o bem estar das famílias mais pobres crescem numa proporção maior, nos últimos meses, do que a observada pelos números de evolução do PIB. Esta é a visão do economista José Márcio Camargo, sócio da consultoria Tendências.

"Para os mais pobres, a economia está crescendo uma barbaridade, os 10% mais pobres tiveram um crescimento real de renda de 12% ao ano entre 2002 e 2004", afirmou Camargo, em palestra ontem no 4º Encontro de Conselheiros da Previ, na Costa do Sauípe, na Bahia.

A economia deve crescer este ano 3,7%, mas Camargo lembrou que o consumo das famílias deve crescer mais, cerca de 4,8%. Por outro lado, a projeção de inflação do economista é de 4,3%.

"Isso significa que a sensação de bem estar das pessoas vai ser maior agora do que em 2004, por exemplo, quando o PIB cresceu 5%", avaliou o economista da Tendências, acrescentando que há muito tempo a economia brasileira vinha sendo puxada pelas exportações, e agora o motor é o consumo interno.


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