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quinta-feira, junho 29, 2006

O barco de Alckmin está fazendo água

por Laerte Braga

O senador Antônio Carlos Magalhães foi o último grande chefe político brasileiro a deixar a candidatura Alckmin. É lógico que não falou assim e nem disse isso. O fez por tabela. ACM anunciou que não vai ajudar a candidatura tucana se os tucanos insistirem em prestigiar Jutahy Magalhães, neto de Juraci Magalhães, na briga para saber quais Magalhães foram ou são maiores na Bahia.

O estilo raposa foi cheio de malícia. Como se mostra absoluto nas pesquisas em seu Estado, Alckmin não passa dos 17%, fez menção ao Ceará, estado de Corruptasso Jereissati, coordenador da campanha tucana e presidente nacional da quadrilha, onde Lula vence com folga.
Fernando Henrique Cardoso, mistura de d. Maria a Louca com Rafles, o célebre personagem ladrão das histórias policiais inglesas, deixou Alckmin no momento que não foi consultado sobre os rumos dos “negócios”. Rainha sem coroa estrilou e só aparece para dizer que foi o maior presidente que o País já teve.

Maior na bandalheira, isso foi.

José Serra não quer correr o risco de ver Alckmin presidente e tentando ser reeleito em 2010, sepultando de vez suas chances e seus sonhos presidenciais. E muito menos quer o ex-governador atrapalhando sua eleição em São Paulo.

Aécio Neves já não apoiou Serra da primeira vez, que dirá Alckmin, segundo ele “um caixão e de caixão não gosto de carregar alça”. Raciocina como Serra. Quer ser o candidato tucano (ou não, muda de partido se precisar) em 2010.

Jereissati segura a alça. Não tem como não fazê-lo. É o presidente do partido. Pelo menos figuração, fingir que briga, que se indigna.

Jutahy Magalhães quer é irritar ACM, tirar uma casquinha. Como a do senador, sua visão é provinciana, não enxerga além dos muros do seu universo eleitoral. Alckmin é irrelevante no processo político que lhe diz respeito, logo, vai dançar, já dançou.

Essa história de alianças regionais está produzindo uma tal ordem de equilibristas, mágicos e engolidores de facas e em todas elas o barco de Alckmin vai para o fundo.

Nem Alckmin mesmo, nessa altura do campeonato, acredita que possa vencer as eleições. Imagino que a Opus Dei/Daslu estejam mais voltadas a preces por um desses milagres tipo o mar se abrir e o tucano ganhar, que propriamente a campanha.

O ex-governador chega a ser pândego em suas andanças pelo Brasil.

Está reclamando agora que não conseguiu uma aliança com Orestes Quércia e o PMDB paulista. Quércia seria um político ilustre e sério se a aliança se consumasse. Como não, é um corrupto, que desgraçou São Paulo.

Já a polícia paulista matou mais treze, segundo ela do PCC (Primeiro Comando da Capital).
O barco de Alckmin nem chegou a projeto de Titanic. É um escaler que baixaram antes do tempo. Em ondas revoltas e onde o “almirante” está em fase de absoluto delírio.
Cheio de punhais cravados nas costas.

Quem tem os amigos que Alckmin tem não precisa de inimigos.


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