:: Blog da Reeleição .:. LULA 2006 ::: agosto 2006

quinta-feira, agosto 31, 2006

Da série, tucano corrupto e demagogo


No debate promovido pela Rede Globo no dia primeiro de outubro de 2004, José Serra disse á Marta Suplicy que muitas empresas saíram de São Paulo durante a gestão Marta, que, segundo ele, Marta não fez o esforço necessário para segurá-las.(ver o texto aqui) No entanto agora, que os tucanos governam São Paulo junto com os Pefelistas, a Vokls declarou que vai sair de São Paulo, e, Serra, Alckmin, Kassab estão de braços cruzados, por que?.

Pelo que estamos vendo, Serra está culpando agora o governo Federal. O PSDB é assim: quando não consegue solucionar um problema arruma logo um culpado. Se apresenta como a solução de todos os problemas mas não sabe resolver os mais simples. São Paulo vai cometer um erro se eleger Serra.Registrou em cartório uma declaração afirmando que não deixaria a Prefeitura para concorrer a outro cargo político. em nenhuma hipótese.

Enganou e traiu descaradamente o cidadão paulista, inclusive os migrantes que votaram nele. Agora, responsabiliza a migração pela má qualidade do ensino público estadual. Tá na cara que o responsável é o Alckmin e Serra que há doze anos DESgoverna São Paulo.

É um desrespeito à inteligência de qualquer eleitor paulista dar maioria nas pesquisas para o Serra. Eleitor de Serra está parecendo mulher de malandro: gosta de ser traída. Quanto mais apanha, mais gosta. È brincadeira !!!

http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

Pega tucano...

Trio golpista

"Estou encantado (com a crise política), porque estaremos livres dessa raça pelos próximos 30 anos"
JORGE BORNHAUSEN


"Reajam comandantes militares, reajam enquanto é tempo, antes que o País caia na desgraça de uma ditadura sindical presidida pelo homem mais corrupto que já chegou à Presidência da República".
ANTONIO CARLOS MAGALHÃES


"Precisamos de um Carlos Lacerda"
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Desqualificando o voto dos eleitores

O hot site especial sobre Eleições, do UOL, trazia na noite de ontem, às 20h52, uma enquete com a seguinte chamada: "Vitória no primeiro turno: é boa ou má para o país?". A chamada estava na primeira página do UOL, depois da divulgação do último resultado da pesquisa Datafolha, em que Lula ganha no primeiro turno, com 50% dos votos. O interessante é a formulação das respostas da enquete. Se a pessoa quisesse votar, encontrava as seguintes opções:

Sim. Em um sistema em que o presidente é obrigado a governar por meio de alianças, tanto faz eleger Lula ou Alckmin, inclusive porque ambos têm programas de governo semelhantes. Lula já está no Planalto e sua reeleição não fará o país parar para ver mudanças em cargos de confiança ou novidades nos índices da economia.

Não. Reeleger Lula em primeiro turno significa dar carta branca para os desmandos deste governo. Vale lembrar que o Procurador Geral da República definiu a turma do PT que foi pega no mensalão como sendo uma "quadrilha".

Em termos. Mas já que é para reeleger Lula, como tudo indica, então que seja no primeiro turno, assim a gente não tem de perder tempo indo votar de novo.

Pelos termos colocados pelo UOL, todas as alternativas são ruins. Não consideram que a vitória no primeiro turno poderá ser benéfica para o país porque Lula é a melhor alternativa para 50% do eleitorado, que não tem dúvidas sobre quem quer eleger. A enquete desqualifica a escolha dos eleitores. E era tão despropositada que não permaneceu no ar, no índice do site.

Blog do Zé Dirceu

Desespero tucano

quarta-feira, agosto 30, 2006

Los Angeles Times aponta avanços do governo Lula

Em editorial, o jornal norte-americano “Los Angeles Times” faz uma avaliação sintética da trajetória de Lula na presidência, acentuando a sua novidade política, os resultados altamente positivos do desempenho do Governo no comando da economia e o sucesso de seus programas sociais de combate à pobreza e diminuição da desigualdade social.

Para o “Los Angeles Times”, Lula, um político formado na luta contra a ditadura, foi um presidente que respeitou as “normas democráticas” – destruindo, assim, clichês sobre a esquerda sul-americana. Que soube combinar com habilidade “os interesses dos negócios e dos trabalhadores pobres”. Garantir a estabilidade econômica, controlar a inflação e aumentar o salário mínimo.

Sobre o Bolsa Família, em especial, o jornal diz que o programa foi “tão bem sucedido” que o Banco Mundial o propagandeia como “um modelo para o resto do mundo”. Nenhuma surpresa, portanto, ainda segundo o “Los Angeles Times”, com a perspectiva de uma “retumbante reeleição” de Lula à presidência, em outubro.

www.lula.org.br

La "lulamanía" se apodera de Brasil

Na Argentina, o "La Nación" deu página para a "lulamania" que "toma conta do Brasil" e contrasta com a "lulafobia" anterior, quando diziam que tinha medo de Lula.

Para o economista do ABN Amro, "a lulafobia era irracional" e "hoje o mercado já não questiona Lula". O jornal cita desde a adesão de tucanos que apóiam Lula, até o texto de outro tucano Hélio Schwartsman que diz dar a mão a palmatória, dando Lula como "versão tupiniquim do Übermensch (super-homem) nietzschiano _o que não me mata me fortalece".

O Jornal, ainda conta que quando Lula assumiu a presidência, o risco país medido pela JP Morgan era de 2450 pontos e hoje está em torno de 204 pontos.

Leia a matéria na íntegra

http://www.por1novobrasil.blogspot.com/

Show do Tom

No mesmo jantar em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pediu a correligionários tucanos para “pôr fogo no palheiro” justificando que “o povo quer mais sangue né?”, os comensais do PSDB tiveram ainda um “discurso” do comediante Tom Cavalcante como aperitivo:

O Bolsa-Esmola, eu não contemplo a atitude, não. Trata-se de reverberar a onda de quem não trabalha”, disse o humorista.

O discurso do comediante foi interrompido por aplausos entusiasmados. O Bolsa-Família é considerado, inclusive por organismos internacionais, o maior programa de distribuição de renda da história do país, e atende hoje a mais de 11 milhões de famílias brasileiras. Faz parte da primeira iniciativa do presidente Lula, quando definiu que o combate à fome seria sua meta mais importante.
Do Portal do PT-SP (www.pt-sp.org.br)

Depois os tucanos não sabem o motivo pelo qual não sobem nas pesquisas. Já não bastava o humorista profissional FHC abrir a boca para falar besteira, agora é a vez do humorista amador Tom Calvacante. Desse jeito, até o humorista ACM vai deixar de votar no tucano.
João

Democratizar a mídia

por Eduardo Guimarães

O anúncio da campanha do presidente Lula de que num eventual segundo mandato seu governo pretende "adotar medidas vigorosas para regular e democratizar os meios de comunicação" (fonte: Folha de São Paulo) deixou a mídia e a oposição de cabelo em pé. Sem maiores informações sobre a proposta, os opositores do atual governo, tanto na mídia como entre a classe política, já desataram a deitar falação sobre intenção do governo de "calar" a mídia "democrática".

A perda de credibilidade da mídia, a revolta de expressiva parcela da sociedade contra a campanha mais sórdida de difamação já empreendida na história recente deste país pelos meios de comunicação não sensibilizou a oposição tucano-pefelê-midiática. Essa gente teima em fazer de conta que não há um engajamento político desses meios. Faz de conta que as críticas midiáticas a problemas éticos no PT e na oposição ocorrem de forma equânime. Mantém a postura olímpica que levou a mídia ao estado de desmoralização em que se encontra.

A elite brasileira não consegue se conformar com o fato de que numa democracia prevalece a ditadura da maioria, porém sem que deixe de caber às autoridades constituídas o encaminhamento dos interesses das minorias. O que não dá numa democracia, porém, é para se implantar a ditadura da minoria. Quem não tem maioria não pode querer ditar mais as regras do jogo do que os majoritários, ainda que nem estes possam ditar regras a seu bel-prazer. Democratizar e tornar mais equilibrados os meios de comunicação é um legítimo anseio da sociedade.

Cidadãos que pensam como eu sobre o papel desempenhado por esses meios no curso do último um ano e tanto clamam por fórmulas que dificultem a virtual compra de jornais, TVs, revistas etc por partidos políticos, como aconteceu com Vejas, Globos, Folhas e Estadões, que se colocaram (ou foram colocados) a serviço da oposição tucano-pefelista. Afinal, a sociedade quer informação. Os que desejam partidarismo podem buscar, por exemplo, sites de partidos. Agora, você pagar para ler um jornal, por exemplo, e receber propaganda política, é dose.

É hora, pois, de terminarmos o trabalho ajudando o PT a eleger uma bancada sólida para que, num segundo mandato, o presidente Lula possa governar com maior tranqüilidade. Do contrário, se continuarem os ataques ininterruptos da mídia, a economia continuará crescendo aquém do que poderia, entre outros efeitos perniciosos advindos da guerra política no país. Não podemos permitir que meia dúzia de magnatas da comunicação travem um país por caprichos ou por interesses ainda menores.

http://edu.guim.blog.uol.com.br/

Fome Zero é "encorajadora experiência", diz FAO

Elogios ao programa do governo Lula para erradicação da fome e críticas ao agronegócio e à mídia do país fazem parte do relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), "Fome Zero: Lições Principais", divulgado em agosto no Brasil.
Desde maio deste ano, o presidente da FAO na América Latina e Caribe é José Graziano. Segundo a ONU, ele foi escolhido para o cargo por seu trabalho na estruturação do Fome Zero, no final de 2002.


De acordo com o relatório, "com o lançamento do Fome Zero (...) a melhoria na segurança alimentar passou a fazer parte de um conjunto de direitos sociais que articulados e integrados em sistemas de redes contibuem para a emancipação dos pobres e o que lhes dá condições para conquistar outros direitos como cidadãos brasileiros."

Em 2006, o Bolsa Família, programa de transferência de renda que é um dos maiores braços do Fome Zero, beneficiou 11,1 milhões de famílias - 45 milhões de pessoas ou 25% da população; o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), 36,3 milhões de alunos; o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), 2 milhões de pequenos produtores.

Crítica à mídia

A FAO considera que essa visão otimista do programa não é repercutida pela mídia. "Muitos destes resultados concretos ainda não são reconhecidos pelos formadores de opinião pública no Brasil. Mesmo sendo documentados por meio de vários estudos e publicações governamentais, há uma ampla incompreensão sobre o continuado crescimento dos programas de segurança alimentar e nutricional do Governo Federal e a percepção de que tudo se concentra numa única iniciativa - o Bolsa Família."

Refere-se, por exemplo, a críticas vinculadas pela mídia como a prevalência do Bolsa Família sobre os demais projetos que integram o Fome Zero, o caráter assistencialista do programa, as distorções na distribuição dos benefícios e erros nos cadastros, e suas supostas pretensões eleitoreiras.

Criticas à parte, o fato é que o programa ajuda a imagem do governo Lula. Pesquisa do Datafolha do fim de maio mostrou que 25% dos entrevistados apontam os programas sociais do governo federal como motivo do voto no candidato do PT, com destaque para Bolsa Família.
Crítica ao agronegócio

O caso brasileiro de fome e desnutrição difere bastante do africano. O continente constantemente enfrenta problemas de escassez de alimentos, seja por causa dos conflitos regionais que desestabilizam a estrutura agrícola ou pelas secas que reduzem drasticamente a produção. O Brasil, pelo contrário, tem uma produção agropecuária forte e competitiva, que produz grande quantidade de alimentos.

Seguindo esse raciocínio, a FAO parte para uma crítica ao agronegócio brasileiro. No tópico do relatório intitulado "Principais Lições", encontra-se o seguinte: "O crescimento agrícola, especialmente baseado no dinamismo do setor do agronegócio, não resulta automaticamente na redução da fome, podendo até exacerbá-la, produto da concorrência imperfeita nos mercados (financeiros e de produtos) e a tendência à concentração da terra."

E continua: "Tampouco irá o crescimento econômico, necessariamente, resultar numa redução proporcional da pobreza e da fome, especialmente em economias com uma distribuição muito desigual da renda." Enquadra-se nesse caso o Brasil, o oitavo país mais desigual do mundo segundo o coeficiente de Gini, parâmetro usado internacionalmente para medir concentração de renda.

Expansão da experiência brasileira
A FAO recomenda a implantação de programas similares em demais países que enfrentam o problema da fome, com as devidas adaptações às necessidades e potencialidades locais. Mesmo em países mais pobres que o Brasil, um programa de erradicação da fome como o brasileiro não comprometeria o orçamento. Os gastos do Bolsa Família, embora muito altos, R$8,3 bilhões em 2006, representam apenas 0,4% do PIB brasileiro estimado, justifica a organização. Isso significa dizer que, a Serra Leoa, cujo PIB é de aproximadamente US$1.650 conseguiria obter bons resultados com meros R$15 milhões.

Uma equipe da FAO acompanha a implantação do Fome Zero desde o início, em dezembro de 2002, antes da posse de Lula, quando o projeto foi aprimorado. Segundo a organização, o interesse na preparação do relatório foi apresentá-lo em reunião com representantes dos programas nacionais de segurança alimentar da América Latina e Caribe.

Com informações de PrimaPágina e Terra Magazine

Dor de cotovelo


Depois de FHC declarar hoje: "Ladrão é na cadeia" se você pensou que Fernando Henrique Cardoso pegou suas coisas e foi a delegacia mais próxima se entregar, errou redondamente.

O ex-presidente da reeleição que até hoje carece de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Da extinção, por decreto, a Comissão Especial de Investigação. Da quebra do monopólio da Petrobrás. Do escândalo do projeto Sivam. Do Proer. Da privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce. Dos ralos do DNER. Do esquema do FAT...continua livre, mas com uma dor de cotovelo cada vez maior.
http://www.nelsonperez.blogspot.com/

terça-feira, agosto 29, 2006

A quem Lula derrota?

por EMIR SADER

Reproduzido do Jornal do Brasil

Há quem diga que derrota a ''ética na política''. Se disseminou, como em nenhuma campanha de denúncias anteriores de corrupção, a imagem do mensalão pegada ao PT e ao governo. Os efeitos parecem ter se restringido a setores de classe média e especialmente dos estratos mais ricos da população. O efeito formador da opinião por parte da mídia parecia arrasador, mas quando o circuito de opinião pública se alargou, com o início da campanha eleitoral, a massa pobre da população desequilibrou, de forma extremada, a favor de Lula, que não apenas obtém dados que fazem esperar sua vitória no primeiro turno, como assentada em um impressionante caudal de votos populares, que se afirmam como sólido apoio para o presidente.

A campanha contra Lula não o derrotou, embora tenha provocado desgastes significativos na imagem do PT e tenha concentrado os votos do presidente em áreas populares que o partido tem dificuldades grandes em organizar e em transformar em votos petistas. Daí o destaque da liderança de Lula - ''populismo'', ''lulismo'', para as análises tradicionais e conservadoras - em contraste com o enfraquecimento do PT.

Pode-se dizer que Lula derrota, assim, a capacidade de formação de opinião pública por parte da grande mídia. O voto que pode reeleger Lula é sobretudo um voto social, pelo efeito de suas políticas sociais que, pela primeira vez na história do Brasil, fazem reverter - ainda que tenuamente - o ponteiro da desigualdade na direção da igualdade.

Mas pode-se também dizer que Lula derrota especialmente a elite tradicional brasileira. Suas políticas sociais não seguem as propostas históricas do PT de universalização de direitos, são políticas assistenciais. Porém, sua escala, nunca conhecida no Brasil, permite um processo de redistribuição de renda e de acesso a bens - de que da eletrificação rural é um exemplo claro - que dificilmente poderia ser reduzida a ''assistencialismo''.

Longe de ser uma política revolucionária, que reverta estruturalmente a desigualdade brasileira - para o que seria necessário, entre tantas outras iniciativas, uma política sólida de emprego - ela revela como os governos anteriores nem sequer isso fizeram. Todo o discurso ''social'' do governo FH, materializado no que se promoveram como as políticas levadas a cabo pela então primeira dama, Ruth Cardoso, durante oito anos, não impediram que o ex-presidente tenha ficado para a história e para a consciência popular como um governante dos ricos. O selo mais marcante do governo FH, do ponto de vista social, foi o da acentuação da concentração de renda, pela retração das responsabilidades estatais na área social, pelos processos de privatização e de precarização das relações de trabalho.

A eventual vitória de Lula - até mesmo no primeiro turno - se volta assim contra dois pilares do poder no mundo contemporâneo: o monopólio da palavra e o monopólio da riqueza. A consciência disso pode levar a um segundo governo com uma consciência social clara do projeto de que o Brasil precisa para superar o principal estigma herdado - a verdadeira ''herança maldita'': as desigualdades, as exclusões e as injustiças sociais.

MANUAL TUCANO DAS DESCULPAS ESFARRAPADAS

Saiu à última pesquisa, game over para os tucanos, o Titânic da candidatura Geraldo Alckmin está afundando de vez. Lula passou de 47% para 49%. Geraldo Alckmin (PSDB) foi de 24% para 25%, Heloísa Helena (PSOL) caiu de 12% para 11%, enquanto Cristovam Buarque se manteve com 1%. José Maria Eymael (PSDC), Luciano Bivar (PSL) e Rui Pimenta (PCO), não alcançaram 1% das intenções de voto. Votos brancos e nulos somam 6%. 7% dos entrevistados se disseram indecisos. Agora, só resta os tucanos desmoralizarem as pesquisas. Portanto, entra em ação o MANUAL TUCANO DAS DESCULPAS ESFARRAPADAS PARA PESQUISAS, elaborado pela equipe de marketing de Geraldo.

A campanha nem começou: faça como o Geraldo, diga que a campanha nem começou. Embora, quando o Geraldo deu uma leva subida, a Lúcia Hipólito disse que a campanha estava esquentando. A campanha eu não sei, mas a chapa esquentou para os tucanos, esquentou tanto que Lúcio Alcântara, governador do Ceará pelo PSDB e muitos outros estão pulando fora.

Apele para teorias conspiratórias: Diga que os entrevistadores do IBOPE fazem parte de uma conspiração comunista do PT e na verdade, eles mesmos preenchem as pesquisas. Use a criatividade, apele para literatura fantástica, estilo VEJA, lembram quando disseram que Cuba mandou dinheiro para a campanha do Lula em caixas de wisky? O negócio é usar criatividade, se não tem um argumento, invente!!!

Faça como o Serra, culpe os nordestinos: Serra disse que o problema da educação em São Paulo não era a política do estado mínimo do PSDB, mas sim os Nordestinos. Sim, Serra teve a cara de pau de dizer que a culpa das bobagens do PSDB na educação eram os imigrantes. Tenham a mesma cara de pau, o negócio é achar um culpado, achou um culpado, nós, tucanos estamos salvos.

Povo é ignorante: Essa é para dar uma de intelectual, diga que o povo é burro que não sabe votar. Só não lembre que esse mesmo povo votou no FHC duas vezes.

Mantendo a esperança: Se você vir que o eleitor ainda está balançando, fale que o Alckmin está em primeiro em Pindamonhangaba. Tudo bem que a eleição é para presidente e não para prefeito de Pinda, mas a idéia é deixar o eleitor esperançoso de que possa ocorrer ainda uma virada. Para reforçar essa esperança, conte que na lojinha e no mercadinho de sua amiga, todo mundo vota no Geraldo e que tinha 1 cliente dela que não ia votar, mas ela virou o voto, quando disse uma argumentação brilhante: “Muito bom esse Geraldo!!”.

Lula está mais exposto: Explique que o Lula está na frente, por que ele usou do cargo de presidente para sempre estar exposto na mídia. Só não lembre o eleitor que ele esteve exposto a maior avacalhação, desde o ano passado, com direito as famosas quartas do Jô para malhar o presidente.

Pesquisa que vale é do orkut: Fale que essa pesquisa do IBOPE é tudo furada, cheia de erros de metodologia. A verdadeira é do Orkut, pois afinal, todo mundo sabe fake tem titulo de eleitor e no mais nela, na pesquisa do Orkut, o Geraldo está em primeiro. Ele é o nosso presidente virtual, o Lula que governe o Brasil real.

Desmereça a pesquisa: O negócio é desprestigiar, diga que treino é treino e jogo é jogo. Que esse resultado é fruto de uma retroação coordenada sistêmica e encerre a conversa.

Encerrando: Pronto com essas desculpas, você já é um novo cientista político, estilo Lúcia Hipólito (quer castigo maior?)

Alexandre ¹³ Chagas.
http://ousados.blogspot.com/

segunda-feira, agosto 28, 2006

Washington Post:Lula's Silence Only Makes Brazilian Public Grow Fonder

O Jornal "Washington Post" de hoje, está fazendo exatamente aquilo que nós Brasileiros gostariamos que os jornais do nosso país fizesse, mas não faz. O "Washington Post" de hoje, destaca em várias matérias o governo do Presidente Lula, em uma dessa matéria, Washington Post", publicou num artigo intitulado "O silêncio de Lula só faz o público brasileiro apreciá-lo ainda mais". diz que "Quanto mais Lula evita "as formas convencionais de comunicação eleitoral, mais alto ele decola nas pesquisas de opinião", e acrescentou que Lula é criticado por muitos na mídia brasileira por falar mal de improviso.

Para ilustrar a atual vantagem do presidente sobre o ex-governador Geraldo Alckmin, o jornal "Washington Post" contou que num recente comício em São Paulo, Lula citou o preço do saco de cimento. "Em 2003 um saco de cimento custava R$22. Hoje vocês podem comprá-lo por R$10", disse Lula à multidão, citou o jornal, acrescentando que coisas desse tipo, assim como o Bolsa Família, representam um duro obstáculo para Alckmin, uma vez que os brasileiros têm visto o seu poder aquisitivo melhorar.

O "Washington Post" explica aos seus leitores que a situação de Lula não era tão boa um ano atrás devido aos escândalos financeiros envolvendo o PT, e que a sua insatisfação com a imprensa começou durante essa crise política, e que a imprensa escrita se agarrou ao escândalo com um ardor fora do comum, publicando ataques injustos e não comprovados contra ele e, ao mesmo tempo, revelando um preconceito inerente contra as classes mais baixas que Lula representa. Desde então ele tem se recusado a dar entrevistas, embora ocasionalmente apareça na televisão ou no rádio", descreveu o jornal, destacando que "Alckmin tem sido menos críticado na imprensa sobre os escândalos em seu governo."

"Embora a corrupção seja um grande problema, todos os partidos - e não apenas o de Lula - têm sido afetados por ela", descreveu o jornal.

Para você ler o jornal Washington Post, vai precisar fazer cadastro aqui, depois de pronto é só clicar aqui para ler tudo que foi publicado sobre o governo Lula ontem e hoje.

http://www.osamigosdopresidentelula.blogspot.com/

Uma escolha nada inocente...

Matéria do jornalista Fernando Rodrigues, publicada ontem na Folha de São Paulo, diz que “Políticos do PT são os que têm maior avanço patrimonial”. Foi uma das manchetes do jornal. A escolha de títulos não é nada inocente. Quando vamos ler o texto da matéria, encontramos a seguinte informação:

Apesar de os petistas registrarem um avanço patrimonial bem superior ao de políticos do PFL (cuja taxa foi de 49%), PMDB (45,7%) e PSDB (37,6%), é necessário registrar que os integrantes do PT partem de uma base monetária bem menor. O patrimônio médio dos petistas que venceram as duas eleições pesquisadas foi de R$ 102,7 mil em 1998 e de R$ 188,5 mil em 2002. Já os outros políticos de siglas mais tradicionais partem de um valor bem mais elevado na eleição de 1998. Os vencedores do PFL tinham um patrimônio médio de R$ 2,144 milhões em 1998. Pularam para R$ 3,196 milhões em 2002”.


O título da matéria, porém, dá a entender algo bem diferente.

http://rsurgente.zip.net/

sexta-feira, agosto 25, 2006

Lucro do Setor Produtivo subiu 199% com Lula


Visite o Blog Pedala Oposição e entenda melhor.
João

Cena de rua

por Miguel do Rosário

Lá estava eu no 247, indo para Vila Isabel. O ônibus estava meio vazio.

- E aí, será que o Geraldo Alckmin vai subir?

Quem falava era o motorista, em voz alta, dirigindo-se à trocadora. Ela fez uma cara engraçada, mexeu os ombros, sorriu sem graça e não disse nada. O motorista repetiu a pergunta. Ela olhou em volta, à procura de ajuda. Havia apenas um senhor sentado perto dela. Ela perguntou, olhando para o senhor:

- Geraldo... o quê? É candidato a quê? Governador? Deputado?

O senhor estava lendo jornal. Ele usava uma boina verde. Fiquei imaginando em quem esse cara iria votar e não consegui identificar. Ele ajudou a moça.

- Geraldo Alckmin é candidato a presidente.

A moça fez um ah, deu de ombros e não falou nada. O motorista, que havia acompanhado os acontecimentos, mandou de lá onde ele estava:

- É, vai ser Lulalá mesmo.

O senhor de boina guardou o jornal e se dispôs a conversar com a trocadora.

- O Lula fez muita coisa. Fez mais em quatro anos que o FHC em oito anos - ponderou o senhor.

- Mas tem que fazer ainda mais - contraveio a moça.

- Ah, isso eu concordo. Tem que fazer mais - aprovou o senhor.

Fez um silêncio de alguns segundos. O ônibus fez uma manobra mais forte e parou num ponto. Não entrou ninguém. A trocadora finalizou o papo:

- Tá muito bom agora. Vai melhorar mais ainda.

Foi uma afirmação forte. Não se trata nem de esperança, mas de fé. O apoio à Lula está nas ruas. O constragimento produzido pela crise política se esgarça cada vez mais. A onda lacerdista, que explodiu na praia no ano passado, ameaçando a democracia brasileira, agora é só espuma. Os marketeiros e aliados do chuchu lavam a roupa suja em público, expondo sem vergonha técnicas baratas e quiçá obsoletas para conquistar votos. Blogueiros tucanos, como Noblat e Josias de Souza, não escondem sua frustração e, por outro lado, começam a garantir seu futuro na nova realidade, e fazem elogios discretos ao governo Lula e escarnecem da cada vez mais provável derrota tucana.

http://www.oleododiabo.blogspot.com/

Lula é considerado o Estadista do Ano

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ir a Nova York para a abertura da Assembléia-Geral da ONU no dia 19 de setembro, repetindo o ritual que cumpriu em todo o seu mandato. Ele fará um discurso às 10h e no mesmo dia receberá o prêmio de Estadista do Ano, dado pela Appeal of Conscience, durante jantar de gala. Na missão brasileira da ONU em Nova York já chegaram convites de dez presidentes para Lula, entre eles o do americano George W. Bush, que dá uma recepção para os chefes de Estado depois da sessão na ONU.Também o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, está chamando o brasileiro para um almoço. E a Universidade Columbia gostaria de contar com Lula num seminário com outros chefes de Estado.

A Appeal of Conscience já mandou convite para a festa de gala em homenagem a Lula, na qual uma mesa custará entre US$ 10 mil e US$ 50 mil. É hábito aproveitar essas ocasiões para arrecadar dinheiro para o trabalho social. ou político do promotor da homenagem. "O prêmio para o presidente Lula este ano me parece particularmente apropriado, por sua resposta aos desafios políticos e econômicos que enfrentou no Brasil, além do construtivo exemplo que a sua liderança representou para a América Latina e o mundo emergente de maneira geral", explica, na carta convite, Paul Volcker, ex-presidente do Federal Reserve.

PT - PCC

O leitor do blog, Ubiratan Passos, enviou um email externando sua preocupação com as recentes tentativas anti-democráticas de ligar os ataques do PCC com o Partido dos Trabalhadores. Ele traz a tona a possibilidade de este ser mais um golpe sujo arquitetado para impedir a reeleição de Lula. Claro que os incautos dirão que é mais uma teoria da conspiração fruto de mentes esquerdistas esquizofrênicas. Porém, a preocupação torna-se bastante pertinente ao olharmos para trás e percebermos quantos golpes sujos Lula sofreu durante suas campanhas a presidente. Os exemplos são muitos: debate na Globo, o surgimento da ex-esposa do Lula na campanha, o caso Abílio Diniz e vários outros. Por isso, é sempre bom estarmos com os olhos bem abertos.
Segue abaixo o email.
João

"Tenho expressado minha preocupação com o que está para vir por aí.

A Folha publicou matéria referente a um inquérito aberto com a finalidade de investigar ligações PT-PCC. Creio que ninguém abre um inquérito sem ter razão para tanto.

Desconfio, também, que alguém surgirá, não sei de onde, afirmando que o presidente Lula tinha pleno conhecimento dos últimos acontecimentos envolvendo alguns petistas, e que culminaram com a deposição do José Dirceu e do Palocci. Em sendo assim, calou e consentiu; foi cúmplice.
Eu já havia encaminhado e-mails para alguns blogs, expressando as minhas preocupações, antes mesmo de saber do tal inquérito citado na Folha. Fizeram ouvidos moucos às minha preocupações. Devem achar que deliro...


A estrada está se apertando, eles vão quardar munição para explodir no momento exato, e nós ficamos encantados com os resultados das pesquisas, embevecidos, mudos, acreditando que eles estão mortos, derrotados. Falam , acusam, berram, e nós sorrimos! Calamos. Consentimos? Não temos respostas? Não temos mais trunfos?

Reagiremos, ou não? A Folha diz a verdade, ou não?

Mais um detalhe: a reportagem sobre o seqüestro do repórter da Globo está cheirando a armação combinada! É só esperar para ver. No final, tudo "teria sido tramado pelo PT"!
Espero que esse blog me dê o retorno que os outros não deram.


Grato.
Ubiratan Rosa Passos"

Nem Freud ajuda....

Tucanos se curvam.

"Lula faz um bom governo"
por Kennedy Alencar da Folha Online

Quando eleito presidente em outubro de 2002, Luiz Inácio Lula da Silva disse numa conversa informal que tinha três grandes decisões a tomar: impedir um desastre na economia, resgatar parte da dívida social e não errar na política ao montar uma base de apoio no Congresso.

No atacado, Lula acertou nas questões econômica e social. Apesar de críticas pontuais, o Brasil melhorou nessas áreas. Um dos principais motivos foi Lula ter dado continuidade e ampliado políticas que tiveram início no governo do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). ----- (claro que não poderia faltar uma bajulaçãozinha ao tucano-mór)

Lula tem feito um bom governo. O Brasil não virou uma maravilha em quatro anos. Mas os mais pobres realmente foram beneficiados pelo controle ainda mais rigoroso da inflação e por políticas de descompressão social. A principal promessa de 2002 foi cumprida. De acordo com pesquisa Datafolha divulgada na terça-feira (22/08), o governo Lula teve aprovação recorde desde 1987, quando o instituto começou a avaliar administrações federais."
http://desabafobrasil.blogspot.com/

Mais um tucano se curva e bate asas. Não vai sobrar ninguém no ninho.
João

Dormindo com o inimigo....





"No governo do Fernando Henrique a representação feminima foi uma merda. Cá entre nós: eu disse isso para a Ruth Cardoso e ela concorda".
da cientista política Lourdes Sola



Será que a Miriam Dutra também considera a representação feminina no governo FHC uma merda?
João

Comentário do leitor

OS CIDADÃOS "DE BEM" E A CLASSE MÉDIA PAULISTANA CONSEGUIRAM ME CONVENCER: VOU VOTAR EM LULA !!!

Sim senhores, vocês conseguiram.

Depois de mais de um ano vendo e ouvindo os senhores descendo o cacete no molusco e este resistindo, impávido, tal qual um Mohhamed Ali sendo espancado por Foreman, concluí que estar do lado do mais forte é mais negócio.

- Só por ter conhecimento do ódio que dedicam ao petista;


- Só por terem se auto-conferido o título de "Cidadãos de bem";

- Só por terem ido se refugiar em Miami quando o dólar valia um real, enquanto o pau comia aqui;

-Só por ter lido no JB de hoje a carta de um ser abjeto dizendo que a Vale foi vendida "por um preço justo";

- Só porque Plínio Zabeu continua me mandando emails, apesar de ter pedido que não o fizesse mais, já desde o primeiro, em que me criticava por ter descido o cacete em FHC em carta publicada no Estado;

- Só por seu egoísmo, covardia e estupidez, além de cultivarem ilusão de ser especiais e espertões por assinarem a Veja;

- E isso certamente será reproduzido por seus filhos.

Então:

É LULA!!!

Comentário postado por Humberto Capellari, do blog Com Fel e Limão

É incrível a incompetência dos golpistas em derrubar a candidatura petista. Acabaram por se tornar os maiores cabos eleitorais do Lula. Isso que eu chamo de militância.
João

Geraldinho obedece vovô ACM

quinta-feira, agosto 24, 2006

Argumentos lacerdistas dominam opinião na Folha

por José Dirceu

Grave o artigo de Otavio Frias Filho hoje na Folha. Não deixem de ler (aqui, para assinantes) .
Como ele é o diretor de redação do jornal, o texto assume proporções ainda mais sérias. Além de não condenar o chamamento de FHC ao golpe, ("não existe um Carlos Lacerda propondo melar as regras do jogo"), praticamente o apóia.

Com um argumento tipicamente lacerdista, de que a eleição não é democrática porque Lula deverá vencer no primeiro turno, afirma que "a afoiteza do eleitor prejudica a qualidade da eleição". Mais adiante, levanta a suspeição de que Lula pode se tornar um ditador por via constitucional.

Essa é a nossa elite, não tem nenhum compromisso com a democracia.

Mais uma coisa: é mentira que Lula se orgulha de não ter estudado. Mentira pura e simples. Primeiro, Lula estudou muito, durante dez anos no Instituto da Cidadania. É só conferir. E ainda fez curso prático de Brasil com as Caravanas da Cidadania. Segundo, sempre lamentou não ter podido estudar na juventude. Não poder é diferente de não querer. Lula fez mais pela educação -- e fará muito mais nos próximos quatro anos, se reeleito for --, do que o sociólogo FHC e a Folha.


Por fim, o PT não sairá destroçado das eleições, e tampouco a denúncia da Procuradoria Geral da República foi aceita pelo Supremo Tribunal Federal. É preciso cuidado, pois a presunção da inocência é um princípio consagrado no direito universal.

http://blogdodirceu.blig.ig.com.br/

Inconformada com a inevitável vitória de Lula, a imprensa, como porta-voz das elites que representam o que há de mais atrasado nesse país, já prepara o terreno para impedir o aprofundamento dos avanços sociais promovidos pelo governo atual em um segundo mandato.

Depois de meses batendo na tecla do impeachment, a imprensa corporativa deparou-se com o crescimento vertiginoso da aprovação popular do governo Lula. Agora, desesperada, apela para distorções, mentiras, sofismas, hipocrisias sem fim e factóides absurdos, como por exemplo o recente caso PCC - PT.

Agora não páram de falar em Carlos Lacerda. Se antes tinham a preocupação de posar de "democratas contra a corrupção", agora prevalece o descaramento golpista. O artigo de hoje de Otávios Frias deixa isso claro.

Os próximos 4 anos serão de muita luta. A oposição, com a ajuda da imprensa, irá tentar impedir o cumprimento integral do segundo mandato de Lula a qualquer custo.

Mas é bom "elles" abrirem os olhos, porque para toda ação existe uma reação.

Joao

Lacerdismo, doença senil do tucanismo

por Valter Pomar

A Folha de S. Paulo, supostamente porta-voz da ala progressista do tucanato, publicou hoje dois artigos criticando a reeleição de Lula.

Um dos artigos é assinado por Otávio Frias Filho, um dos proprietários da Folha. Intitulado “Anistia para Lula”, o artigo diz ser “evidente que a decisão do eleitor será soberana (...) Mas se o veredicto for esse [a eleição de Lula], dispensando o segundo turno, a afoiteza do eleitor terá prejudicado a qualidade democrática desta eleição”.

E por qual motivo o eleitor estaria sendo “afoito”? Porque, segundo Frias, a eleição no primeiro turno impede o debate programático, que “só existe (...) no segundo turno”.

Ao contrário do que diz Frias, o “debate programático” vem acontecendo há muitos anos e se acentuou durante o governo Lula. A Folha sempre teve lado neste debate, o lado dos tucanos. Já a maioria do povo brasileiro está, hoje, do outro lado.

Frias e a maioria dos colunistas políticos não se conformam com isto e apelam para a desqualificação do povo, do voto e dos motivos que explicam o apoio da maioria do eleitorado para Lula.

Frias reconhece que “a população mais carente tem boas razões para estar satisfeita”. É exatamente a partir desta experiência, mas também da experiência dos últimos 26 anos (pelo menos), que o povo brasileiro vem participando e tomando partido no debate programático sobre os rumos do país.

É claro que para o diretor de redação da Folha, a experiência vivida pelo povo, a partir do qual vem formando sua opinião política, está longe do rigor exigido de um “debate programático”. É por razões semelhantes que Marco Antonio Rocha, colunista de O Estado de S. Paulo, afirmou que “até agora, e até onde é do conhecimento do comum dos mortais, não ficou nada clara qual é, de fato, a diferença entre os principais candidatos a presidente da República”.

Não ficou clara para quem, cara pálida?


Continua aqui

Central criada por tucanos decide apoiar petista

O Globo (23/8/2006)

A Social Democracia Sindical (SDS), central sindical formada por tucanos e pefelistas, decidiu pela primeira vez não apoiar um candidato do PSDB à Presidência. Ontem, anunciou seu apoio à campanha de Luiz Inácio Lula da Silva.

- É a primeira vez que não apoiaremos o candidato do PSDB, pois tivemos muitos problemas com Alckmin enquanto governador, principalmente na privatização das empresas de energia -
disse o presidente da SDS, Enilson Simões de Moura, o Alemão.

Lula também tem o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).

Grupo Beatrice


Haja cabeça para tanto chifre....
João

Gravação é armação de Saulo

tiranossaulo
clique na figura para melhor visualização

O PT afirmou ontem que a escuta telefônica na qual um preso é flagrado ordenando ataques a políticos, poupando apenas os do partido, é uma armação arquitetada pelo secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho.


Na edição de ontem, a Folha revelou que a polícia, com base na escuta e por determinação de Saulo, abriu inquérito recentemente para investigar se existe ligação entre presidiários do PCC e militantes do PT. O número do inquérito e a data em que foi aberto não foram informados à Folha.


A gravação foi feita em 12 de maio --data do início dos ataques do PCC-- por uma autoridade da região oeste do Estado que pede para não ser identificado por temer represália. Ele avisou o governo sobre a gravação e o risco de ataques à época e, nas últimas semanas, a encaminhou para a Secretaria da Administração Penitenciária.


A acusação de armação eleitoral foi feita pelos presidentes nacional e estadual do partido, respectivamente, Ricardo Berzoini e Paulo Frateschi.


"Tenho a mais absoluta convicção de que se trata de uma armação. Desconfio que o secretário da Segurança Pública está por trás dessa armação, até porque quem participou da 'Operação Castelinho' já tem antecedentes", disse Berzoini, referindo-se a uma ação policial na qual o governo paulista é acusado de ter preparado uma emboscada para matar 12 supostos membros do PCC.


Em nota oficial, Frateschi diz que o PT não tem nenhuma ligação com a facção criminosa e afirma: "trata-se de uma manobra eleitoreira, com objetivo claro de impor desgaste ao PT". O dirigente do partido no Estado falou em "arapuca" e criticou a Folha, dizendo que o jornal "preferiu tomar parte do plano arquitetado por Saulo".


Em telefonema ao jornal, Frateschi disse que tudo não passa de picaretagem, ameaçou processar o jornal e afirmou que a reportagem saiu apenas em razão da subida de Lula nas pesquisas para a Presidência.


Ontem, após o governador Cláudio Lembo (PFL) confirmar o inquérito, a Secretaria da Segurança Pública enviou carta à Folha dizendo que é falsa a informação de que investiga se há ligação entre presidiários do PCC e petistas. Na nota, a assessoria diz ainda que Saulo não recebeu as gravações. O secretário também não quis comentar as acusações do PT.

A nota é assinada pelo assessor de imprensa Enio Lucciola, o mesmo que anteontem, em outra mensagem ao jornal, disse que o Deic [delegacia que investiga o crime organizado] aguarda autorização judicial para usar a gravação em inquérito policial já em andamento.
Anteontem, a assessoria da Delegacia Geral da Polícia Civil também confirmou o inquérito. O governo, porém, não explicou porque a investigação não foi aberta em maio, assim que soube da escuta.


O PT deve pedir cópia da fita e perícia. "Fita como essa pode ser produzida por qualquer pessoa mal intencionada. Mesmo que não seja falsa, o simples fato de o inquérito ser instaurado agora demonstra interesse eleitoral", disse Berzoini. Lula não comentou o assunto publicamente ontem.

O presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), por sua vez, disse que o caso " é assunto da polícia". "Cabe à polícia investigar e ver o que está por trás disso." Já o tucano José Serra, candidato ao governo, disse que a "reportagem é auto-explicativa". "É só ler. São os petistas que precisam se explicar. Não tenho nada para dizer."

O senador Aloizio Mercadante (PT), que disputa o governo, chamou ontem de "factóide" o inquérito policial. "Eu estranho. Se é um episódio de maio, por que só agora? Pelo que li, um episódio de maio, por que não foi investigado com rigor? Por que deixar para um mês [antes] da eleição, o que me parece um factóide?"

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u125306.shtml

O desespero da oposição seria cômico, senão fosse trágico para a democracia. A forma grosseira e truculenta como Saulo de Castro encara o jogo político, rendeu-lhe o justo apelido de "Tiranossaulo". Um outro apelido que lhe cairia muito bem seria "homem de Neanderthaulo".

Construir uma ponte entre PCC e PT é a última das tentativas para derrubar o presidente Lula nas pesquisas. É a carta na manga que está guardada desde julho esperando o momento certo.

Enquanto Saulo e sua turma tucana se debatem como baratas agonizantes após um ataque de spray detetizador, Lula e os companheiros continuam a voar na liderança com céu de brigadeiro.

Não adianta. Lula é muitos.

Vão agonizar para lá!

João

quarta-feira, agosto 23, 2006

"Vou chooooorar....desculpe mas eu vou choraaar"

A baixaria do Estadão

Palavras do editorial do jornal O Estado de S. Paulo, apoiador quase confesso da candidatura Alckmin, no dia 22 de agosto: "Em entrevista à Rede Globo, na semana passada, o ex-prefeito [José Serra] considerou o fluxo migratório para o Estado [de São Paulo] um dos fatores responsáveis pela queda da qualidade do ensino local. 'São Paulo tem muita migração. Muita gente que continua chegando, esse é um problema', avaliou Serra. Pode-se concordar ou discordar da explicação, mas o fato é que ele não falou em nordestinos - e muito menos contra a migração de nordestinos".

Pode-se ou não discordar da explicação? Mas que culpa têm os migrantes, nordestinos ou não, pela queda na qualidade da educação no estado de São Paulo? Não seria mais natural procurar a responsabilidade pela "queda da qualidade" nas políticas aplicadas pelo Partido que governou São Paulo nos últimos doze anos?

Serra não falou em nordestinos? Mais exato seria dizer que não falou apenas dos nordestinos, mas também dos nordestinos. De toda forma, qual a dúvida de que se tratou de uma afirmação preconceituosa?

O presidente Lula, que sofreu na pele este tipo de preconceito, não teve dúvida e acusou setores da oposição de "vomitar preconceito contra o povo nordestino que tanto ajudou a construir esse país e essa cidade".

Na opinião do jornal O Estado de S. Paulo, esta crítica do presidente Lula foi uma "grosseria sem precedentes nesta campanha", um "golpe baixo que junta injúria e calúnia".

Ou seja: imputar aos setores populares a culpa pela qualidade de ensino é uma tese de alto nível; acusar esta tese de preconceituosa é estimular o "rebaixamento geral do padrão da campanha".
Assim funciona a mente das elites brasileiras: a legítima defesa do povo constitui, para eles, um insulto.

Depois não entendem por qual motivo o povo vota, maciçamente, em Lula.

Boletim de Campanha Lula Presidente

Governo Lula obtém a maior aprovação já registrada pelo Datafolha

O governo Lula obteve o maior índice de aprovação já registrado por algum governo, de acordo com a pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (22/08) pela Rede Globo. A gestão é aprovada por 52% dos brasileiros. O número indica o total de entrevistados que qualificam o governo federal como "ótimo" ou "bom".

Além de ser a maior taxa de aprovação já obtida pelo governo do petista, o número é a maior aprovação já registrada desde que este tipo de avaliação começou a ser realizada, em 1990.

Segundo o instituto, a melhor aprovação obtida por Fernando Henrique Cardoso em seus oito anos de mandato (1995-2002) foi de 47%, registrada em dezembro de 1996. A maior aprovação de Itamar Franco foi de 41%, obtida quando o mineiro deixou a Presidência, em dezembro 1994. Já a maior aprovação ao governo de Fernando Collor de Mello foi de 36%, verificados em junho de 1990.


Na última pesquisa do instituto, realizada entre os dias 7 e 8 de agosto, a gestão de Lula havia conseguido a aprovação de 45% dos entrevistados. Esta era a maior aprovação até então obtida pelo governo Lula. Antes disso, o melhor momento do governo fora em 14 e 17 de dezembro de 2004, quando o país registrou crescimento econômico de 4,94%. Na ocasião, o governo também obteve aprovação de 45%.

Hoje, consideram o governo "regular" 31% dos entrevistados. 16% o qualificam como "ruim" ou "péssimo". O Datafolha ouviu 6.279 pessoas em 272 municípios entre os dias 21 e 22 de agosto. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A pior aprovação do governo Lula deu-se em dezembro de 2005, em conseqüência do escândalo do mensalão. Pesquisa realizada nos dias 13 e 14 daquele mês mostrou que a administração federal era aprovada por 29% dos entrevistados e rejeitada por 28%. Consideraram-na regular 41% do público.
A partir de então, a popularidade do governo só aumentou, segundo mostram as pesquisas do instituto.

http://eleicoes.uol.com.br/2006/pesquisas/ultnot/2006/08/22/ult3795u13.jhtm

terça-feira, agosto 22, 2006

TARSO: “FHC É OPOSIÇÃO RAIVOSA”

O Ministro de Relação Institucionais do Governo, Tarso Genro, disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta terça-feira, dia 22, que FHC faz parte da “oposição raivosa que não tem proposta para o país” (clique aqui para ouvir).

Tarso respondeu à declaração de FHC de que o Brasil precisa de um Carlos Lacerda. “Essa declaração só confirma uma visão que eu tenho discutido através dos meios de comunicação que a extrema da oposição, a oposição radical, oposição raivosa não tem nenhuma proposta para o país a não ser a ira”, disse Tarso.

Segundo o Ministro, FHC está sozinho e abandonado por seus companheiros, que não defendem seu governo e não o prestigiam. Por isso, segundo Tarso, FHC resolveu “dar uma radicalizada extremista, lacerdista”.

Veja a íntegra da entrevista de Tarso Genro:

Paulo Henrique Amorim – Ministro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez uma palestra aqui em São Paulo para um grupo de empresários e disse que o Brasil precisava, embora ele não concordava com algumas coisas, precisava de Carlos Lacerda porque ele cobrava e quando ele cobrava tinha conseqüência e talvez fosse necessário provocar um curto-circuito. Como o senhor interpreta essas declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso?

Tarso Genro – Olha, para ele precisar do Lacerda, ele está pensando certamente alguém que possa cometer um desatino enquanto presidente da República, que seria o presidente Lula. E ele está completamente equivocado. Ele tem na presidência da República um homem que tem uma enorme capacidade de luta, de resistência, que tem um apoio enorme da população. E essa lembrança lacerdista do ex-presidente Fernando Henrique só confirma uma visão que eu tenho discutido e disputado através dos meios de comunicação de que a extrema da oposição, a oposição extremada, a oposição radical, a oposição raivosa não tem nenhuma proposta para o país, a não ser a ira, no momento em que as pesquisas apontam que o presidente da República tem um enorme respaldo e que sua reeleição é muito provável. Acho que o presidente Fernando Henrique está meio abandonado por seus companheiros que não defendem seu governo, que não prestigiam-no, que não apresentam suas faces nos programas de televisão e resolveu dar uma radicalizada extrema, lacerdista, para ver se chama alguma atenção. É lamentável que um ex-presidente da República se preste a esse papel.

Paulo Henrique Amorim – Agora, porque o senhor acha que ele tenha evocado exatamente a imagem ou a lembrança de um político que entrou para a história do Brasil como um símbolo de um político que pregou sistematicamente o golpe de Estado contra Vargas, contra Jucelino, contra Jango? O senhor acredita que exista um sentimento golpista na oposição brasileira?

Tarso Genro – Eu acho que não de maneira precisa e nem toda oposição. Acho que tem oposição e oposição, oposições e oposições. Eu não acho sinceramente que o presidente Fernando Henrique seja golpista que ele esteja querendo fazer um movimento de desestabilização golpista com essa lembrança do Lacerda. Eu acho que mais ele está sem proposta, ele está sem palavras, ele não está compreendendo o que está acontecendo no país: os efeitos políticos do salário mínimo, os efeitos da retomada do crescimento de 100 mil empregos por mês, enquanto que em seu governo era de oito mil, o fato de o Brasil ter se libertado do Brasil, ter pago a conta que ele fez. Ele não está compreendendo o que está acontecendo no país, de onde vem esse grande apoio popular que o presidente Lula tem. Então ele entra numa faixa um pouco eu diria um pouco emocionaria, um pouco desesperada, que leva a dizer absurdos como esses, lembrando um político que tem um currículo na história do Brasil mas que se sabe que usava a tribuna exatamente para pregar a desestabilização das instituições do Estado.

Paulo Henrique Amorim – O senhor acredita que a situação do candidato da oposição hoje, Geraldo Alckmin, seja tal que ele possa e deva dispensar, evocar o nome de Fernando Henrique, ou seja, o Fernando Henrique é um governo descartável para a campanha do candidato Geraldo Alckmin?

Tarso Genro – Aí eu estaria entrando numa questão que é uma questão da oposição. Agora, o que se percebe efetivamente é que o ex-presidente Fernando Henrique está se sentindo injustiçado pelo verdadeiro abandono, que ele foi relegado. O que é a disputa política que está se fazendo hoje no Brasil? Está se comparando o que é o governo Lula e o que foram os oito anos de Fernando Henrique. Então, o candidato Alckmin deveria disputar essa imagem, deveria mostrar a superioridade do governo do seu partido e daquele que é o seu principal ponto de apoio, inclusive para sua indicação enquanto candidato a presidente da República, e não faz. Acho que isso é que está gerando essas controvérsias, inclusive aquelas outras que nós ouvimos, de um grande líder do que PFL, que disse que não vê programa de televisão, enquanto o programa de televisão não mudar, porque o Alckmin não tem presença, o Alckmin não confronta, não disputa, em última análise, com o Lula. Então, há uma certa crise, eu diria, crise na oposição. É uma crise ao mesmo tempo de perspectivas para o país e uma crise de como fazer oposição. Eles estão sendo infelizes nisso como mostram as pesquisas. Daí vem essa desestabilização política, esse desequilíbrio político do ex-presidente Fernando Henrique com esse tipo de lembrança, esse tipo de ataque.


O Conversa Afiada entrou em contato com a assessoria do candidato a presidente pelo PSDB, Geraldo Alckmin, para saber se ele concorda com a declaração de FHC.

Leia também:
FHC, Lacerda e Bill Clinton

Fonte: http://conversa-afiada.ig.com.br/

Artistas apóiam Lula

Em encontro na casa de Gilberto Gil, artistas de cinema, teatro, moda, televisão e música declararam apoio à candidatura de Lula. Entre outros, Marcos Winter, Sandra de Sá, Paulo Betti, Luiza Brunet, José de Abreu, Letícia Sabatella, Rosemary, Jorge Mautner, DJ Marlboro, Jards Macalé, Amir Haddad e Sérgio Machado.

Frases do encontro:

“O Ministério da Cultura finalmente deixou de ser um ministério de burocratas para se tornar um ministério de artistas”
ator Sérgio Mamberti

“O povo agora também é artista e pode fazer a sua própria arte. O melhor achado no terreno da cultura foi o convite para o Gilberto Gil ser o ministro. Sempre falávamos que o povo precisava ter acesso à cultura, mas é preciso também que o povo mostre sua cultura, e Gil fez isso com os Pontos de Cultura"
teatrólogo Augusto Boal

“O povo está fechado com Lula. E eu fecho também”
ator Tônico Pereira

"Algumas coisas criaram dúvidas na gente. O que aparece são as coisas ruins, mas muitas coisas boas aconteceram e a esperança nasceu de novo"
cantor e compositor Geraldo Azevedo

"Temos mais é que votar nele e é o povo brasileiro que vai elegê-lo. Lula é uma pessoa verdadeira e ninguém engana o povo."
cantora Alcione

"Ele encontrou o bagulho entupido, para desentupir leva tempo"
cantor Zeca Pagodinho

Relembrando

No auge da crise em setembro do ano passado, o músico e compositor Wagner Tiso concedeu uma bela entrevista ao jornal O Globo em defesa do governo Lula. Com claresa, coerência e objetividade, Wagner Tiso apresenta argumentos consistentes para justificar seu voto em Lula.

Tiso faz uma análise da conjuntura política de dar inveja aos badalados "cientistas políticos" que desfilam pelos programa de televisão.
João

Wagner Tiso entrevistado pelo O Globo em setembro de 2005

‘Vou repetir o voto em Lula. Por que não?’
Wagner Tiso

Na contramão do que vem sendo dito por militantes petistas e até mesmo por dirigentes do partido, o compositor Wagner Tiso tem um discurso apaixonado sobre o governo atual. Autor da trilha sonora que embalou a redemocratização do país, “Coração de estudante”, Tiso acompanhava Lula na campanha de 1989 apenas com um teclado para tocar nos comícios. Mesmo nos tempos dos showmícios milionários de duplas sertanejas, não deixou de seguí-lo. Em 2002, estava no auditório do GLOBO quando Lula participou de uma entrevista pública. “No meu governo, o Wagner Tiso vai ajudar as crianças nas escolas”, brincou o então candidato. O compositor rebate as perguntas sobre a crise petista com respostas diretas — e polêmicas. Tiso sai na frente e é o primeiro integrante da classe artística a declarar seu voto nas próximas eleições — em Lula, naturalmente, e antes de o próprio presidente avaliar se tem condições políticas de enfrentar as urnas. Em entrevista ao GLOBO, enumera as ações do governo com as quais concorda mas admite que esperava resultados mais concretos na área de segurança pública. (Rodolfo Fernandes)



Você é um dos mais antigos militantes do PT na área artística. Foi para chegar ao poder e fazer isso que aí está que você sonhou tantos anos com um governo petista?

WAGNER TISO: O governo do PT fez algumas coisas com as quais sonhei. Não todas ainda. Mas não sou ingênuo. Sei dos limites políticos para os objetivos de um governo de esquerda no Brasil. As alianças, definidas nas eleições, explicam o que eu estou querendo dizer. Mesmo assim, anote aí: Lula criou o empréstimo consignado que, aliás, mereceu destaque (manchete da página 24) do GLOBO, no dia 10 passado. O presidente, logo ao assumir, empunhou, como nenhum outro, a bandeira da luta contra a fome. No campo educacional criou a cota para negros nas universidades. Uma forma, ainda tímida, de resgatar um débito com a população negra que sofre ainda hoje as conseqüências de mais de 300 anos de escravidão. Outro ponto forte é a política externa. Ela é uma reação ao fatalismo direitista de que o Brasil terá, sempre, de ser caudatário da política norte-americana. Enfim, já há números mostrando que o governo distribuiu um pouco melhor a renda e, de uma maneira geral, é melhor do que o governo do Fernando Henrique. Minha esperança, agora, é a de que Lula destrave a economia e libere de vez o crescimento do país e crie canais mais consistentes para a distribuição de renda. Apesar da crise — inflada pela oposição, como muito bem diz Lula — o Brasil está sendo governado com tranqüilidade. É uma balela essa conversa de que o governo está paralisado.



Qual a sua sensação após ter feito tantos shows de graça para o PT e dedicado tempo e energia ao partido ao saber que um esquema de corrupção dominava a cúpula da legenda?

WAGNER TISO: Ninguém provou a existência de corrupção. A oposição orquestra suposições para tentar enlamear o governo. O que existe comprovado até agora, desprezadas as especulações, é um empréstimo bancário, salvo engano, de R$ 55 milhões aproximadamente. O dinheiro foi encaminhado a partidos e a parlamentares individualmente, com a finalidade de suprir necessidades de campanhas eleitorais. Teve, portanto, destinação política. As máquinas político-partidárias têm funcionado assim. Um erro que, submetido aos ritos da Justiça, deve ser punido. O PT está investigando o que levou a cúpula da legenda a esse equívoco. Por ser um partido diferente — o único criado pelos movimentos sociais — tinha que ter mais rigor do que teve. Acho que, nesse caso, a cúpula do partido desafinou. O problema, no entanto, é do sistema. É ignorância ou má-fé desconsiderar que, numa sociedade de massas, é impossível fazer campanha sem dinheiro. A televisão, o grande veículo de comunicação de nosso tempo, encareceu muito as campanhas eleitorais para todo mundo.

No rastro das denúncias de agora surgiram evidências do uso de caixa dois também pelo PSDB nas eleições de 1998 em Minas Gerais. E há um deputado do PFL, também mineiro, que se valeu de dinheiro não contabilizado na campanha de 2002. A imprensa não tratou desses casos com o mesmo rigor e interesse. Os casos ficaram meio abafados. O foco do PSDB e do PFL é o de desconstruir o PT e sangrar o governo para facilitar a campanha de 2006. A meu ver, não tem ninguém muito preocupado com a ética e, sim, com os efeitos eleitorais desse episódio. Já foi farejado nisso tudo um golpe. Uma tentativa de “golpe branco” confirmado na proposta feita pelo ex-presidente Fernando Henrique: Lula devia desistir da reeleição. Ora, deixa o povo julgar Lula. Discutiram e ainda discutem, em público, o impedimento do presidente como se estivessem escolhendo o sabor do sorvete que vão saborear. E tudo com aquela “alegria raivosa” invocada por Chico Buarque. A propósito, não custa lembrar que a vanguarda da oposição — ACM e Bornhausen — não tirou o impedimento da pauta. Querem se livrar “dessa raça” de qualquer jeito, como disse o Bornhausen.



O presidente do PT, Tarso Genro, disse que não saberia o que falar para alguém votar atualmente no partido. O que você falaria para um eleitor indeciso? Você votaria de novo no PT?

WAGNER TISO: Tarso falou isso numa hora de muita tensão e angústia. Não acredito que ele repetisse a frase agora. Salvo se ele me responder se há alternativa real para um governo de esquerda, além do PT. As pesquisas estão mostrando, até agora, que o presidente Lula conserva os 30% de apoio que tem desde 1989 quando eu, com um teclado, acompanhava os comícios dele. Essa força popular inquieta a oposição e tranqüiliza os petistas. O indeciso que, certamente, não faz parte desse grupo fiel, no qual me incluo, deve estar abalado pelo bombardeio político e pelo preconceito destilado contra a presença de um operário no poder. O país esta indo mal? Não. Então, pergunto ao indeciso: por que não votar de novo em Lula? Eu, é claro, vou repetir o voto. Não voto nunca na direita.



O que você diria para aquele militante petista que ia para as festas do partido ajudar na arrecadação de recursos para que o PT não precisasse usar dinheiro de origem escusa, como fez?

WAGNER TISO: Era um gesto muito bonito esse que os petistas faziam. Mas esse tipo de militante heróico, que vinha das lutas contra a ditadura militar, foi-se aposentando. Esse esforço foi mais presente na campanha de 1989. Nessa época, o partido tinha a ilusão de que podia chegar ao poder sem alianças. Era um partido com uma visão muito maniqueísta do processo: rompimento com o FMI, calote na dívida externa e uma prática autoritária de fazer política. Por que os anti-petistas têm tanta saudade daquele tempo? Será que é porque viam que, daquele jeito, o PT nunca chegaria ao poder ou a lugar algum? Era fácil isolar os petistas. O PT é, agora, um adversário duro de ser batido e a elite ainda tem medo de Lula. Vou repetir uma resposta para uma pergunta repetida: não há prova de corrupção e nem de recursos escusos. Há empréstimo repassado a aliados. A prática desse repasse foi ilegal. Isso, me parece, é crime eleitoral. Assim, deve ser apurado e os responsáveis punidos. Além dos shows das CPIs, tem o trabalho sério da Polícia Federal e do Ministério Público, que estão investigando tudo. O presidente não tenta abafar as apurações. O que fazer mais do que isso? Levar o pessoal para o pelourinho?



Você nunca se irritou com tantos discursos vazios do presidente Lula usando a mesma retórica de todos os antecessores?

WAGNER TISO: De fato é repetitivo. Mas é compreensível. Não me irrita. A repetição de temas é explicável no discurso de Lula. Por exemplo, o tema da fome, da miséria. Afinal, enquanto o quadro da injustiça social não for mudado, por que um político de esquerda deve deixar de falar dele? Foi a esquerda, em todo o mundo, que trouxe para o debate político a questão social. Os antecessores de Lula não eram de esquerda e nem vieram do “Brasil de baixo” como Lula veio. A eleição de Lula marca um início de democratização do poder no Brasil. E como isso demorou! Agora, vamos em frente.



Como você vê o papel de José Dirceu e do PT de São Paulo nessa crise?

WAGNER TISO: Dirceu foi acusado por Roberto Jefferson de ser o comandante de um esquema de corrupção. A Comissão de Ética da Câmara, pelo fato de Jefferson não provar o que disse, aprovou por unanimidade o relatório que sugere a cassação do acusador. O mensalão é uma fantasia. O relator, um parlamentar do PFL, considerou Jefferson leviano e irresponsável. Sobre Dirceu também nada se comprovou até agora. Entendo a resistência que ele opôs às iniciativas de afastá-lo do partido. Seria um prejulgamento. Afinal, entre a palavra de Jefferson e a de Dirceu, qualquer um, mesmo não sendo petista, sabe a opção que deve ser feita. As biografias falam por si. Sobre o controle do PT por São Paulo, tenho uma observação geral: acho que quando a política brasileira sair do controle paulista o país vai melhorar.


O que você esperava desse governo que não se realizou?

WAGNER TISO: Embora eu entenda os limites de um governo que não fez maioria no Congresso e, portanto, precisa de aliados, o elenco dos meus anseios não satisfeitos é grande. Eu esperava, por exemplo, que o governo apresentasse um plano de segurança. Lula perde a oportunidade de restabelecer a tranqüilidade que perturba os cidadãos, pobres ou ricos. Espero que o governo reveja isso. É parte do programa de mudanças que o PT propôs. O governo passa, o PT fica. Nesse sentido, o partido é mais importante que o governo. Enganam-se os que pensam que o partido vai acabar. Há uma crise interna que, se produz calor, também vai produzir luz como todas as crises. Pela sua origem, terá vida longa como a única opção de esquerda efetiva para governar o Brasil. (R.F.)

Entrevista reproduzida no site Informante.net

Com Lula, ações reais para um Brasil sem racismo

Em 21 de março de 2003, foi criada a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, órgão que assessora diretamente a Presidência da República e tem status de ministério. A secretaria integra e coordena políticas de proteção aos direitos de indivíduos e dos grupos raciais e étnicos afetados pela discriminação e diversas formas de intolerância – indígenas, ciganos, árabes palestinos, judeus, entre outros – com especial atenção à população negra.

A saúde da população negra está inserida no Plano Nacional de Saúde e foi implantado o Programa Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias;Há 63 mil alunos negros e indígenas beneficiados pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), enquanto cerca de 11 mil negros e indígenas foram beneficiados pelos programas de cotas adotados em 24 universidades públicas. E outros 36 mil foram incluídos no Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) para concessão de financiamento a estudantes de cursos superiores não gratuitos;Das mais de 142 mil pessoas incluídas no Plano Nacional de Qualificação, 62% são negras e descendentes de indígenas.

Até 2002, depois de décadas de atuação, os órgãos governamentais haviam identificado apenas 743 comunidades remanescentes de quilombos no Brasil. Em 2005, em menos de três anos do governo Lula, 2.460 comunidades já estavam registradas;O Programa Brasil Quilombola deu visibilidade aos Quilombos do Brasil. Graças a ele, foram instaurados 337 processos de regularização fundiária. Oito titulações já foram realizadas, em 2005, e outras 20 estão previstas até o final de 2006. Também foram certificadas 724 comunidades pela Fundação Cultural Palmares.

O programa Luz Para Todos atendeu 6.810 famílias quilombolas, o que representa mais de 34 mil pessoas beneficiadas. A Petrobrás, em parceria Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, investiu R$ 4 milhões em projetos de desenvolvimento sustentável nestas comunidades.

O Plano Trabalho Doméstico Cidadão, instituído pelo governo Lula, realiza a qualificação profissional, elevação da escolaridade e ampliação da proteção social das trabalhadoras domésticas;O Fórum Intergovernamental de Promoção da Igualdade Racial (Fipir) criou um mecanismo de articulação, capacitação, planejamento, execução e monitoramento de políticas públicas de promoção da igualdade racial. O Fipir tem hoje a adesão de 470 governos estaduais e municipais – dos quais 184 possuem órgãos específicos para tratar do tema;A 1ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial – com o tema Estado e Sociedade Promovendo a Igualdade Racial – envolveu mais de 95 mil pessoas de governos estaduais e municipais, poderes legislativo e judiciário, instituições públicas e privadas. E mobilizou 1.332 municípios brasileiros.

Quem manda é o povo!

Não adianta tentarem me calar
Nunca ninguém vai abafar a minha voz
Quando o povo quer, ninguém domina
O mundo se ilumina, nós por ele e ele por nós
O mundo se ilumina, nós por ele e ele por nós

O Brasil quer seguir em frente
Com o primeiro homem do povo presidente
Ele sabe governar com o coração
E governa pra todos com justiça e união
É o primeiro presidente que tem a alma do povo
Que tem a cara da gente

São milhões de Lulas povoando este Brasil
Homens e mulheres noite e dia a lutar
Por um país justo e independente
Onde o presidente é povo
E o povo é presidente

Por um país justo e independente
Onde o presidente é povo
E o povo é presidente

Nós estamos aqui de novo...
Cantando!
Um sonho novo...Pra sonhar!
Nós estamos aqui de novo...
Lutando!
A esperança não se cansa...
De gritar:

É Lula de novo, com a força do povo!
É Lula de novo, com a força do povo!
É Lula de novo, com a força do povo!


Bom, o Blog da Reeleição avisou em Abril.
Agora aceitem democraticamente a vitória de Lula, que será reeleito pela vontade da maioria pobre.
João

segunda-feira, agosto 21, 2006

Aldo acusa elite de ódio e desrespeito contra o povo


O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), fez neste domingo um discurso inflamado, durante comício realizado em Osasco (SP). Acusou setores da elite e a oposição de tentarem derrubar o governo Lula, por avaliar que " o povo só era bom nas senzalas". Aldo concorre a um quinto mandato de deputado e ao participar da campanha Lula tem avançado para além dos limites institucionais que se impôs na presidência da Câmara.

Segundo o parlamentar comunista, os oposicionistas se ressentem da vitória de Lula em 2002 e, por isso, tentaram durante a crise do mensalão - e ainda tentam - derrubar o governo com ataques desrespeitosos. "Essa gente não aceita que o Brasil seja governado pela maioria, pelos pobres que construíram o Brasil e que nunca tiveram vez", disse Rebelo.


Para o deputado federal, nunca um presidente da República foi tratado com tanto "ódio e desrespeito". "Para parte dessa elite, que deposita em nós esse ódio, o povo só era bom nas senzalas, na escravidão dos canaviais e nos andaimes da construção civil. O povo não deve participar da política, na opinião deles", acusou.

Segundo o presidente da Câmara, o ressentimento da oposição deriva do sucesso da gestão Lula, que teria surpreendido os oposicionistas, que não acreditavam na capacidade dos petistas e de seus aliados. "Nós não tratamos essa elite, nossos adversários, os poderosos com ódio, como somos tratados. Nós tratamos com respeito", afirmou.


http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=6528

Comparando governos

Balança de pagamentos é um instrumento da contabilidade social referente à descrição das relações comerciais de um país com o resto do mundo. Ela registra o total de dinheiro que entra e sai de um país, na forma de importações e exportações de produtos, serviços, capital financeiro, bem como transferências comerciais. O resultado da diferença entre o volume de recursos que entra menos o volume de recursos que sai de um país é o chamado saldo da balança comercial. (Este saldo pode ser positivo ou negativo, superávit ou déficit, respectivamente)
Existem duas contas nas quais se resume as transações econômicas de um país:a conta corrente, que registra as entradas e saídas devidas ao comércio de bens e serviços, bem como pagamentos de transferência; e a conta de capital, que registra as transações de fundos, empréstimos e transferências.
A soma das duas contas fornece a balança global de pagamentos.

Baixe este artigo, imprima e cole nos murais das escolas e das empresas.


Balança Comercial (formato Excel)

http://pedalaoposicao.blogspot.com/

sexta-feira, agosto 18, 2006

O Serra tem razão....

Clique na montagem para melhor visualização.


A culpa pelo baixo aproveitamento dos alunos da rede pública paulista é do "nordestino" Geraldo Alckmin, que mostra muita disposição para privatizar o patrimônio público e construir cadeias-depósito de lixo humano, mas não demonstra o mesmo ânimo para conceder um reajuste justo no salário dos professores das escolas estaduais.

Agora vem o Serra dizer que a culpa é da migração nordestina? Quer dizer então que os culpados são os alunos nordestinos e não os tucanos que há 12 anos investem de forma pífia na área da educação?

E de quem é a culpa do PCC? Da migração nordestina também?

Poupe-nos Sr Serra e tenha mais respeito com aqueles que levantaram essa cidade com muito suor, enquanto o senhor brincava de perseguido político no Chile desfrutando de um auto-exílio espontâneo.

Esse é o jeito tucano de ser e de governar.

João
PS: Leia mais sobre o descaso tucano com a educação clicando aqui.

Bolsa Família: preconceito leva a erro de informação

por José Dirceu

A reportagem “Reféns do assistencialismo”, publicada na Veja desta semana, é mais uma da série de tentativas que a imprensa tem feito para tentar desmoralizar um programa de sucesso do governo Lula. No entanto, os fatos têm sistematicamente derrotado os jornalistas, que, para não dar o braço a torcer por completo, apontam algum defeito no Programa Bolsa Família.

Às vezes inexistente, como foi o caso do Correio Braziliense, que, no mês passado, inventou que o Bolsa Família estava pagando benefícios para pessoas mortas. O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) provou que a pessoa mencionada estava viva e o jornal sequer corrigiu a informação com o destaque que havia dado na véspera.No caso da Veja, o defeito apontado é a falta de uma porta de saída para os beneficiários do programa. A conclusão poderia até ser aceita se a reportagem mostrasse vários exemplos para sustentá-la. Não mostra. Percebemos que a pauta que a originou parte de uma distorção e um preconceito. A revista imagina que existe alguma safadeza no fato de haver mais beneficiários (6.910) do que a população de Serrano do Maranhão (menos de 5 mil habitantes) e parece considerar um absurdo os moradores daquele município pobre receberem “dinheiro enviado pelos brasileiros que trabalham e pagam impostos”.

Em primeiro lugar, a reportagem se engana ao afirmar que o município tem menos de 5 mil habitantes “segundo o último senso”. De acordo com o IBGE, no último censo (2000), foram encontrados no município 9.120 habitantes ou 2.168 famílias. Teria informado corretamente seus leitores se dissesse que o município tem 4.756 habitantes, segundo a última “estimativa” do IBGE. Por alguma razão, que a revista deveria ter explicado e não o fez, o IBGE vem estimando uma redução de cerca de 10% ao ano para a população de Serrano do Maranhão. Essas estimativas são usadas para nortear a repartição de recursos, como o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e outras verbas federais.

A reportagem também se engana ao afirmar que os benefícios do programa equivalem a metade do orçamento do município. Só de transferências federais, Serrano do Maranhão recebe quase R$ 600 mil por mês. O Bolsa Família é importante e ajuda a dinamizar a minúscula economia local, mas não é a principal fonte de irrigação, conforme a reportagem pretende demonstrar. Algumas informações do Censo 2000 podem ajudar a refletir sobre o assunto: a renda per capita de Serrano do Maranhão era de R$ 47,00; 44% dos habitantes eram analfabetos; a média de escolaridade era de 2,2 anos; a mortalidade no primeiro ano de vida, de 70 por mil nascimentos, e a expectativa de vida ao nascer, de 58 anos; metade da população não tinha energia elétrica no início do século XXI e só 6% dispunham de água encanada. Serrano do Maranhão estava entre os 300 municípios com pior IDH do país. Cerca de 20% destes 300 municípios estão no Maranhão.

Por isso, é um absurdo, uma falta de sensibilidade e de responsabilidade social uma revista de circulação nacional dizer que “a capital nordestina do Bolsa Família é também um exemplo lapidar de como o programa transforma seus beneficiários em reféns do assistencialismo – uma armadilha que, tal como uma esmola, não lhes abre caminho para um futuro autônomo”. Quê futuro autônomo essa gente teria sem o Bolsa Família, cara-pálida? Os habitantes de Serrano do Maranhão, assim como os 40 milhões de beneficiários do Bolsa Família não são reféns de nada. Eles são vítimas desse sistema de reprodução das desigualdades que Veja quer perpetuar. Engraçado como a revista não reclama da esmola de R$ 15 bilhões por mês que os trabalhadores pagam aos credores da dívida pública do país.O Programa Bolsa Família deixou de ser assistencialista quando praticamente universalizou o atendimento. Não é mais um programa focado ao gosto do neoliberalismo. O governo Lula decidiu que nenhuma família brasileira deve viver abaixo da linha da miséria. Para alcançar esse objetivo, estabeleceu que é um direito das famílias com renda de até R$ 60,00 por pessoa, independente de sua composição, receberem uma ajuda de R$ 50,00 por mês. Se tiverem filhos de até 15 anos, podem receber mais R$ 15,00 por criança até o limite de R$ 45,00. Para assegurar esse direito, as famílias têm a obrigação de fazer o acompanhamento nutricional e vacinar os filhos pequenos e manter os maiores na escola.

São as condicionantes ou contrapartidas sociais que transformam o Bolsa Família em um investimento e não em um gasto. Mas, para por fim a programas como o Bolsa Família, só tem um jeito: crescimento econômico mais intenso durante muitos anos, talvez algumas décadas. Só com crescimento e distribuição de renda simultânea acabaremos com as esmolas no Brasil.

http://amigosdozedirceu.blogspot.com/