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quarta-feira, junho 21, 2006

Uma radiografia da economia solidária

por Raquel Casiraghi

Rio Grande do Sul é o Estado com maior número de empreendimentos deste tipo no Brasil; já entre as regiões, Nordeste é a que concentra mais iniciativas

O Rio Grande do Sul é o Estado que possui mais empreendimentos de economia solidária no país. O resultado foi divulgado neste ano no Atlas da Economia Solidária no Brasil, primeiro levantamento deste tipo realizado no setor. Promovido pelo Fórum Brasileiro de Economia Solidária em parceria com o Ministério do Trabalho, a pesquisa mostra que existem 634 empreendimentos no Estado, atingindo 270 municípios gaúchos.

O destaque fica para o Nordeste, região que concentra cerca de 6.500 empreendimentos, ou seja, 44% do setor brasileiro. A pesquisa conseguiu traçar também as características desta economia solidária e de quem a pratica. Apesar do aumento na participação de mulheres nos negócios, os homens ainda são maioria. Praticamente a totalidade dos empreendimentos se concentra nas atividades de agricultura e pecuária, os quais conseguem movimentar mais de 227 milhões de reais por mês em todo o país.

Para a Irmã Lourdes Dill, coordenadora do Projeto Cooesperança, do município de Santa Maria, os resultados mostram que a economia solidária não tem por objetivo somente criar empregos.
"Na realidade, fortalecer uma nova economia, onde o trabalho é coletivo e os resultados são compartilhados de forma solidária. E essa forma de organização é um caminho alternativo para o desemprego no mundo hoje, que exclui tantos trabalhadores", argumenta.

No Brasil existem 14.954 empreendimentos, envolvendo 2.274 cidades brasileiras. Cinqüenta e quatro por cento delas se organizam em associações, 32% de grupos sem formalização e 10% em cooperativas. No Rio Grande do Sul, os grupos informais, ou seja, sem registro jurídico, são os que predominam.

(Agência Chasque)