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sábado, abril 29, 2006

A arte a serviço das elites....

Sinhozinho Malta e Porcina estão de volta....

Um lapso de honestidade de VEJA....

PSDB faz Arcanjo calar a boca e cancelar entrevista bombástica

por Rubens de Souza
do 24 horas News

Arcanjo não vai dar mais coletiva para a imprensa mato-grossense neste sábado, às 14h, em sua nova habitação, a Penitenciária do Pascoal Ramos como havia prometido. O cancelamento não foi porque o capo da máfia do bicho em Mato Grosso, o comendador João Arcanjo Ribeiro tenha resolvido calar a boca e desistido de divulgar todo o esquema que corria em Mato Grosso envolvendo grandes empresários e políticos do Estado, no esquema de propina, principalmente nas eleições. A boca de Arcanjo precisou ser calada devido a uma liminar impetrada na justiça pelo PSDB, partido que foi citado e que teve importantes nomes da sigla divulgados por Arcanjo na entrevista que concedeu para a Rede Globo de Televisão que dificilmente irá ao ar neste domingo no Fantástico. Continua...

É esse o "banho de ética" que o PSDB vai dar no Brasil?
Imaginem se os acusados por Arcanjo fossem do PT. Não tenham dúvidas de que a capa da Veja dessa semana estamparia o assunto: "Por que o PT teme o bicheiro que está na cadeia? ". A Folha de São Paulo provavelmente traria alguma manchete do tipo: "PT entra na Justiça para calar Arcanjo". Mas, é claro que nada disso aconteceu.

Vejam, por exemplo, a capa da Veja desse semana. A revista continua na campanha para eleger o candidato tucano. Depois de insistir e se dar mal na estratégia de demonização do governo Lula e do PT, a Veja parte para o plano B - impedir o crescimento de Garotinho que já ultrapasssou Alckmin em algumas pesquisas. Os escândalos de Alckmin no governo do estado são muito maiores que os de Garotinho, entretanto a tal revistinha semanal nunca deu destaque para os casos de corrupção que enlameam o ninho tucano. O rabo preso é evidente. Veja é a vergonha do jornalismo brasileiro.

João

Mais lama no ninho tucano

PSDB tenta impedir matéria do Fantástico

Insistentes rumores nos bastidores políticos e jurídicos de Cuiabá dão conta de que os dirigentes do PSDB em Mato Grosso estariam estudando a possibilidade de recorrer à Justiça para impedir a veiculação da longa entrevista que o bicheiro João Arcanjo Ribeiro concedeu ao repórter Eduardo Faustine, da equipe do programa “Fantástico” e que está tendo a sua exibição anunciada para domingo. Dizem que o depoimento de Arcanjo, caso se dê nos parâmetros já divulgados pela imprensa, pode trazer graves prejuízos à legenda tucana e ao seu esforço para recuperar espaço no universo político .

Para esses tucanos, qualquer movimentação no sentido de impedir a exibição da reportagem pode ampliar de forma incalculável a curiosidade do público em torno da matéria, fazendo com que o PSDB apareça como vilão na estória. A vitória com uma liminar, agora, se traduziria em tragédia caso este recurso venha a ser derrubado nos próximos dias, argumentam ainda estes tucanos.

De acordo com o que já transpirou para a imprensa, Arcanjo, na entrevista que será exibida pelo “Fantástico” antecipa a apresentação da lista de influentes políticos e empresários aos quais teria financiado durante as atividades de suas factorings em Mato Grosso. Ele teria citado diversos políticos ligados ao PSDB.

Os repasses extra-duodécimo para a Assembléia Legislativa fizeram a festa de muitos políticos e eram autorizados pelo então governador Dante de Oliveira e pelo secretário de Fazenda, Valter Albano, atualmente conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ainda estariam na lista de devedores, oficiais PMs, delegados de polícia, donos de empresas de comunicação, parlamentares, magistrados, empresários e uma gama de malfeitores que se locupletavam do poderio de Arcanjo na época do período de ouro do crime organizado.

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quinta-feira, abril 27, 2006

Testemunho sobre o PROUNI


por Rita de Cássia Tiradentes

Sou pedagoga e trabalho em duas escolas, uma com contrato pelo estado na APAE de Alegre - ES e, à noite numa escola estadual em Anutiba, zona rural também de Alegre, como efetiva.Trabalhei durante 12 anos em Santa Marta - Ibitirama, ES, minha terra natal, dando aula pra o ensino médio e fundamental. Durante um tempo, entre 2002 e 2004, morei em Espera Feliz, MG; e nesse período fiquei afastada das salas de aula, o que me permite traçar um paralelo entre esses dois períodos, antes e depois do PROUNI e da volta do crédito educativo.

O que se via antes, era a desesperança tomando conta dos meninos e dos jovens, o que refletia no baixo aproveitamento escolar, na desordem e até na agressividade contra colegas e professores, o ensino médio por si só era o objetivo máximo, apenas um ou outro tinham a perspectiva de crescimento e isso tornava o ambiente escolar desalentador para quem trabalhava, como eu, com os ideais de mudança e de esperança.Como poderia dizer aos alunos para estudarem, se esforçarem se, no final de tudo nada havia, era praticamente impossível para as crianças pensarem no amanhã que nunca viria.Ao retornar, esse ano, a escola regular, já que no ano passado somente trabalhei na APAE, deparei com uma mudança radical.

Santa Marta e Anutiba se equivalem por serem distritos, basicamente rurais e tendo a cafeicultura como base da economia, portanto servem de parâmetro comparativo.Semana passada, alguns alunos começaram a se reunir para tentarem contratar os próprios professores para organizarem aulas de reforço visando o ENEM e o vestibular. Há uma perspectiva de realização dos sonhos; o terceiro grau se tornou assunto imperativo entre os alunos;com isso, está acontecendo uma revolução na cabeça desses adolescentes e jovens, tornando-se cada mais viável a continuação de seus estudos, diminuindo a desordem, o uso de drogas e outras mazelas que estavam infestando as escolas.

Tenho tido notícias, por colegas, do grau de interesse nos cursos supletivos, com a perspectiva dos adultos de cursarem cursos técnicos e de ensino superior. Isso é o resgate desse povo, lavrador ou subempregados dessa região pobre do vale do Itabapoana, tida como uma das treze mais pobres do Brasil; terra do monopólio do café e do eucalipto.A melhoria do salário e a democratização da informática já torna o computador, de máquinas digitais assunto do dia a dia do nosso proletariado.Me lembro que quando eu estudava, proletária, filha de lavradores, utilizava um sapato só, herança que "roubei" do meu irmão, que ganhara de uma tia após muito tempo de uso.As nossas roupas eram motivo de risinhos e chacotas da filhas da classe média, estava escrito nas nossas vestes e na nossa cara - POBRE e isso me marcou muito, discriminada e como adolescente, me envergonhava.

Hoje vejo os filhos dos agricultores, empregadas domésticas, pequenos proprietários, vestidos com as mesmas roupas de seus colegas da classe dominante da região, e me lembro do que passei...Essas boas novas, a dignidade e a esperança, me fazem crer que, realmente estamos vivendo a maior revolução da história desse país.

A revolução pacífica e maravilhosa do dia a dia, do resgate da cidadania, sempre negada ao nosso povo mais pobre.Essas coisas não aparecem na mídia, mas são elas que transformam, a transformação da maioria pobre e desvalida. Muitas das vezes abandonada ao vento, sem apoio, sem luz no final da estrada.

Muito obrigada SENHOR pela possibilidade que meus irmãos estão tendo de conhecerem melhor a esperança. Muito me orgulho de, como professora de roça poder doar meu quinhão para que esse país seja realmente não só o páis do futuro, mas sim o país do amanhecer.

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Chávez declara apoio à reeleição de Lula


O presidente venezuelano Hugo Chávez aproveitou sua presença no Brasil e a realização de uma entrevista coletiva com mais de duas horas de duração, em São Paulo, para opinar sobre o futuro político nas eleições que se aproximam em diversos países do continente sul-americano.

Para ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva será reeleito, apesar de ainda não ter oficializado sua candidatura. "Se pudesse votar no Brasil, votaria em Lula", declarou Chávez, após encontro com o presidente brasileiro e com o colega argentino Néstor Kirchner.

As informações são da Agência Estado.

E agora Heloísa Helena? O Chávez também é traíra?
O que a turminha do PSOL vai falar hein?!? Tolinhos...

João

quarta-feira, abril 26, 2006

Busato ou Bussunda?

O presidente da OAB, Roberto Busato, concedeu entrevista à Folha de São Paulo condenando a declaração do presidente da CUT, João Felício, que acenou com uma reação dos movimentos sociais à tentativa de impeachment do presidente Lula.


A seguir trechos das falas do Sr Busato, retirados do Blog do tucano Josias , com comentários em vermelho feitos por este que vos escreve:


“o país não pode persistir nessa crise ética e moral que o vem assolando a praticamente dois anos. Nós temos que dar fim a isso.”
Para o Sr Busato, a crise ética e moral que vem assolando o país começou a apenas 2 anos. Os 8 anos anteriores de governo FHC, recheados de escândalos de grossos calibres, não representaram uma crise ética e moral para o homem forte da OAB. Provavelmente porque ganhou um cargo de ministro durante a gestão tucana, não é mesmo Sr Busato?
Aliás, as palavrinhas mágicas "ética" e "moral" novamente servem de pretexto para aqueles que planejam um golpe de estado, nesse caso um golpe branco. Foi assim em 1964, quando em favor da ética e da moral, os militares lançaram mão do golpe, aquele mesmo que Geraldo Alckmin chama carinhosamente de revolução.

"E talvez seja a maneira da Ordem contribuir para o país, examinando o impeachment e dizendo se é caso ou não é caso impeachment, para que se tente de uma vez por todas apaziguar a nação brasileira”.
Então, Sr Busato, quer dizer que a contribuição da OAB para apaziguar o país será a análise de um possível pedido de impeachment de um presidente legitimamente eleito com o maior número de votos da história e que de acordo com as pesquisas mantém sua popularidade, colocando-se como favorítissimo novamente ao pleito? É essa a contribuição de vossa entidade? Acenar com a possibilidade de destituir um presidente que detém grande aprovação popular? Ah Sr Busato, não subestime a inteligência do povo brasileiro. Todos sabemos que trata-se de uma tentativa de golpe branco que obviamente já naufragou antes de embarcar.

“Divisão é esse radicalismo inconseqüente de movimentos tidos como sociais mas que estão derivando de sua posição”
Movimentos tidos como sociais? Se não são movimentos sociais de fato, são o que Sr Busato? Organização terrorista? Máfia?
Ah, Sr Busato, faça-me o favor.

“A Ordem continua do mesmo lado em relação à sociedade brasileira, na sua luta a favor da ética, da moral."
Novamente as palavrinhas mágicas aparecem no discurso do Sr Busato. Gostaria de ver o mesmo empenho da OAB para analisar uma possível inelegibilidade do ex-governador Geraldo Alckmin que só tomou "banho de ética" depois de ter se enlameado na sua desastrosa gestão no estado de São Paulo. Que tal a OAB emcampar mais essa luta nessa maravilhosa cruzada a favor da ética e da moral?

"A reação radical dos movimentos sociais apenas coloca mais fervura dentro desse caldeirão que é a crise política brasileira”
Mas será que o Sr Busato estava esperando uma salva de palmas e queima de fogos de artifício? Uma entidade que vem a público sugerir o impeachment de um presidente com 44% de intenções de voto para se reeleger, ainda tem "coragem" de reclamar de uma reação radical dos movimentos sociais? Talvez ele também tenha achado um absurdo a "reação radical dos movimentos sociais" venezuelanos que foram às ruas defender o mandato do seu presidente eleito.

O presidente da OAB recomenda aos líderes da CUT, do MST e da UNE, entidades “que não têm tanta história como a Ordem, que olhem para trás e vejam a história da Ordem"
Entidades como CUT, MST e UNE são entidades importantes que representam parcelas consideráveis da população brasileira. A OAB também é uma entidade importante e tem sua representatividade. Agora, querer ficar comparando "história" dessas entidades é no mínimo ridículo. Como se isso representasse uma maior importância de uma em relação a outra.
O Sr Busato é mesmo um sujeito admirável. Ele simplesmente inventou uma escala de importância histórica de entidades representativas da sociedade civil.

Segundo Busato, a análise do impeachment será feita “sem qualquer intenção político-partidária".
Ah tá. E eu sou o coelhinho da páscoa.
Esse Busato está mais para Bussunda. Um piadista nato.

João

PSDB vive "clima de velório" com a candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência

"Está um velório completo, eles não conseguem acertar o tom", avalia o jornalista Fernando Rodrigues, sobre a pré-candidatura do tucano Geraldo Alckmin na disputa pelo Planalto. "O PSDB começa hoje seus comerciais na televisão, com o Alckmin falando que abaixou imposto para criar empregos. A esperança deles é grande, é como uma tábua de salvação. Eles esperam, com isso, ganhar a popularidade que o Alckmin nunca teve."

Nem começou a campanha e já estão querendo fechar o caixão do Alckmin? Esses tucanos são umas figuras mesmo...
Um minuto de silêncio.

João

terça-feira, abril 25, 2006

Saudades do chicote

por Jens - Amigos do Presidente Lula

O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen, voltou a rosnar. Durante um seminário sobre política externa chamou de "mensalão" a anistia de dívidas concedidas pelo Brasil a países pobres da África. Disse que o governo tomou a atitude com o objetivo de conseguir votos para entrar no Conselho de Segurança da ONU. Para herr Bornhausen o fato de que a anistia foi dada a países pobres, vítimas da Aids e da fome, parece não importar muito. O relevante, para ele, é aproveitar a oportunidade para mais uma vez disparar críticas contra o governo Lula e, de quebra, prestar vassalagem ao governo norte-americano, que é contra o ingresso do Brasil no Conselho de Segurança da ONU.

A verdade, independente da avaliação preconceituosa do senador, que é o ato do presidente Lula foi sobretudo um gesto de solidariedade com os povos irmãos dos países beneficiados com a anistia. Certamente, não vai acabar com suas mazelas sociais, mas vai ajudar a minorá-las. O Brasil não estabeleceu como pré-condição à anistia o apoio à vaga do Conselho de Segurança da ONU.Talvez saudoso do tempo em que os negros penavam sob os grilhões da escravidão e eram tratados à chicotadas, o ariano Bornhausen deve considerar que essa gente não merece tanta consideração. Hitler deve ter se revirado na cova. De satisfação.

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Entrevista com o presidente da CUT

Em reunião convocada pelo presidente da CUT, João Felício, líderes do movimento sindical e de entidades sociais discutem nesta terça-feira uma estratégia de reação a um eventual pedido de impeachment de Lula. “Se algum tresloucado neoliberal avançar nessa direção, nós vamos reagir”, avisa Felício.

Leia abaixo trechos da entrevista que o presidente de Central Única dos Trabalhadores concedeu ao blog do Josias:

- O que acha da tese do impeachment?
Não consigo nem imaginar que um pedido de impeachment prospere.

- Caso prospere, haverá reação?
Se algum tresloucado do neoliberalismo avançar nessa direção, nós vamos reagir.

- A posição é consensual no movimento social?
A esmagadora maioria pensa assim. Não vamos aceitar isso pacificamente. Não seremos meros expectadores de ações golpistas, udenistas ou qualquer nome que se queira dar.

- A OAB analisa a viabilidade do impeachment. O que acha?
Espero que a OAB não entre com uma proposta dessa natureza. Falar em impeachment do Lula é loucura. Vai dividir o país.

- Há uma articulação para se contrapor ao impeachment?
Nesta terça-feira, aqui na CUT, faremos uma reunião dos movimentos sociais. Estaremos nós, o MST, a UNE... Chamamos também presidentes de alguns partidos: o Ricardo Berzoini (PT), o Renato Rabelo (PC do B), o Eduardo Campos (PSB). É um encontro de análise da conjuntura política. E vamos tratar desse assunto.

- A causa é forte o bastante para levar gente às ruas?
Tenho certeza absoluta. Não vamos aceitar que aqueles que têm saudade do poder retornem desse jeito. Quem quiser o poder que vá às urnas. O Lula tem suporte popular. Se for preciso, vamos provar isso. Quem tentar vai dar um tiro no pé.

- O feitiço do impeachment pode virar contra os feiticeiros?
Vai virar. Vai ficar clara a tentativa de derrubar um presidente que tem um olhar para o social muito mais avançado do que qualquer outro presidente na história.

- Qual a capacidade de mobilização dos opositores do impeachment?
Só a CUT tem 3.300 sindicatos filiados. Temos uma base de associados de 7,2 milhões de trabalhadores. No nosso caso, não será uma reação da CUT, como instituição. Quem não aceita é a militância sindical.

- Até onde vai o apoio da CUT ao governo?
Ninguém determina as opções da CUT. As nossas postulações, a nossa agenda são determinadas pela CUT. Somos contra, por exemplo, o superávit fiscal do governo Lula. Mas achamos que, para chegar aonde a gente quer, o Lula é o mais adequado. No mundo do trabalho, ninguém vai nos provar que a coisa piorou. Temos provas concretas de que melhorou. O Lula, para o que a gente quer, é melhor do que o FHC ou o (Geraldo) Alckmin, que vai radicalizar o que o Fernando Henrique fez.

Vamos lá golpistas! Vamos lá OAB golpista!!
Agora eu quero ver sair esse pedido de impeachment. Depois quero saber quais os advogados da OAB e quais políticos oposicionistas irão subir no palanque pra explicar o motivo do impeachmente para o povo que vai sair às ruas.
Vamos lá. Está lançado o desafio.
Qualquer semelhança com a Venezuela não é mera coincidência.
João

Alckmin, o candidato ZEN

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Conheça o lado místico desse candidato que durará o tempo de um incenso:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u77210.shtml

João

quinta-feira, abril 20, 2006

ATENÇÃO GOLPISTAS!!!!

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Estamos alertas! Não subestimem a força do povo!

João

Entrevista - Tarso Genro

Trechos da entrevista de Tarso Genro para o site Terra Magazine:

Bolsa Família, Erradicação do Trabalho Infantil, todos esses programas explicariam em parte a sustentação do presidente?
Exatamente. São programas de salário mínimo, que tem uma importância extraordinária num país como o nosso; o Pronaf, para a pequena agricultura, a agricultura familiar...

Quantos milhões de brasileiros esse conjunto de programas atinge?
Se você coloca a bolsa família, Pronaf, salário mínimo, seguramente isso atinge em torno de 50, 60 milhões de pessoas, porque só o bolsa-família atinge 30 milhões. As pessoas começam a estabelecer uma identidade com o Estado: o Estado está me olhando e eu olho o Estado e vejo quem está lá em cima, uma pessoa igual a mim, diz o assalariado de renda baixa ou diz o excluído...

Nessas eleições vamos viver o "ano do ódio"?
A tentativa vai ser essa, de determinado setor extremista da oposição transformar o ano eleitoral num ano de conflito agudo, que leva para a irracionalidade na disputa política. Temos que fazer o contrário, diluir essas relações de conflito ou de uso e politizar o debate em direção à questão programática, em direção às questões do futuro do país.

De que forma?
Um exemplo concreto: dizem que a estabilidade conseguida pelo governo Lula é a mesma conseguida pelo governo Fernando Henrique. Se fosse, o nosso trabalho teria sido em vão porque aquela é totalmente precária. Nós sustentamos que não é a mesma, que a nossa tem base sólidas e dá sustentabilidade a um processo de crescimento econômico estável, com taxas de crescimento que devem chegar a quatro e meio, cinco por cento a partir de agora. A reforma agrária...

Sim, e a reforma agrária?
...ela não é só uma questão econômica, é uma questão social. E mesmo não sendo uma questão econômica grave para o Brasil de hoje - que está muito bem, sim senhor, nas exportações - a reforma agrária não deveria ser feita por um motivo de natureza social? Para permitir que as grandes cidades parem de inchar com os deserdados do campo?

Mas essa é uma questão que andou muito pouco nesse governo...
Caminhou menos do que gostaríamos, certamente, por uma série de atributos inclusive de natureza legal que temos e somos obrigados a respeitar e, então, as coisas são muito mais lentas. Mas não houve nenhuma desistência, nenhuma interrupção nos programas de reforma agrária que começaram no primeiro ano.

Parece haver um ator principal em tudo isso, que discute pouco sobre si mesmo. Eventualmente vejo o senhor tocando no assunto: a mídia.
Não mudei minha opinião sobre a mídia depois que fui prefeito de Porto Alegre, e nem depois que fui e sou ministro do governo Lula. A mídia reflete necessariamente as tensões, as opiniões, as divergências e os conflitos que estão na sociedade, conflitos que a mídia reproduz segundo a visão de democracia, a visão política que têm aqueles que detêm o poder de formar opinião dentro da mídia.

O senhor pensa...
...não acho que a mídia brasileira, como alguns colunistas escreveram que eu teria dito, é conspirativa, que ela integra um movimento golpista da oposição. Eu não penso isso, nunca pensei. O que acho é que exatamente por dentro da mídia passa a luta de partidos, passa a luta política, e que não existe uma mídia neutra. A mídia externa um determinado ponto de vista.

Qual seria?
Ora, ela externa majoritariamente numa direção ora noutra direção. No momento atual ela externa fundamentalmente os movimentos e as denúncias que a oposição faz contra o governo. O que temos que fazer é processar isso politicamente e responder sem a ilusão de que aquilo que está vertendo por dentro da mídia é totalmente verdadeiro, ou sem a visão patológica de que existe um processo conspirativo. Agora, existe também uma espécie de blindagem dentro da mídia, como se ela não pudesse ser criticada, como se qualquer resposta que se desse à mídia, qualquer denúncia que se fizesse, fosse um ato autoritário. Por exemplo: alguns chegaram a dizer o absurdo de que eu defendia a existência de um conselho estatal para controlar opinião. A pessoa que diz isso, ou é muito mal informada...

Ou é muito bem informada...
Ou é muito bem informada, ela está lançando uma calúnia, uma informação errada que se transforma em calúnia, que é isso de me chamar de Stalinista.

Leia a entrevista completa

O discurso da oposição

por Eduardo Guimarães

Refleti muito sobre o discurso com que a oposição tucano-pefelista parece pretender vencer a eleição presidencial e cheguei à conclusão de que se persistir nele Lula já pode comemorar a reeleição desde já. Claro que os que discordam de mim dirão que sou apenas um petista fanático, apoiador de corruptos, que estou sendo pago pelo PT blablablá, blablablá etc e tal. Mas a você, simpatizante ou militante oposicionista, quero propor uma reflexão: o que é que a oposição está propondo ao país para que vote nela?

Afaste-se de suas paixões por um minuto, seja você oposicionista ou situacionista, e coloque-se no lugar de quem só está preocupado com o que vai acontecer com sua vida sob o próximo governo. Não estou falando de pessoas da classe média para cima e sim daqueles que as políticas públicas afetam mais diretamente, ou seja, da maioria absoluta dos brasileiros que luta dia a dia para sobreviver e que só se preocupa com a realidade de como está ou poderá ficar o país e não com os belos e inflamados discursos oposicionistas sobre "ética", "banho de ética", "chuva de ética" etc. Que você acha que essas pessoas esperam ouvir dos que lhes pedem o voto?

Se você não tivesse paixões políticas tão arraigadas, caro oposicionista amador ou profissional, acreditaria que num eventual governo dos que estiveram no poder desde sempre até 2002 a corrupção seria banida? Ou será que você esperaria ouvir dos candidatos a presidente como lhe poderiam melhorar a vida?

A mim parece inevitável que a maioria irá comparar a vida que leva hoje com a que levava até antes de Lula chegar ao poder. Essa é a questão. Assim, a oposição, se quiser vencer a eleição presidencial, precisará convencer o eleitorado de que ele está vivendo pior hoje do que na época em que ela estava no poder. Podem até dizer que naquele tempo havia crise internacional e que hoje o mundo está uma maravilha, mas suspeito de que não vai colar. Mas é claro que se o governo Lula for tão ruim quanto diz a oposição, ela não terá com o que se preocupar... Em resumo: em minha opinião, a realidade atual do brasileiro não poderá ser fabricada. O resultado da eleição presidencial dependerá de como este povo está percebendo sua situação. E, só para consolar a oposição, não acho que a situação está essa maravilha toda. Assim, em lugar de ficar vociferando inverossímeis discursos sobre ética acho que a oposição deveria tratar de propor alguma coisa para o eleitorado. O tempo para fazê-lo está passando.

http://edu.guim.blog.uol.com.br/

quarta-feira, abril 19, 2006

"Na questão conjuntural, não temos nenhum receio de afirmar o que representou a vitória do governo Lula em termos de avanço da democracia no Brasil e na América Latina. Assim, teremos um 1º de Maio atípico, onde os trabalhadores vão às ruas denunciar qualquer perspectiva de retrocesso ou golpe no Continente, como as recentes tentativas de derrubada do presidente Chávez na Venezuela ou da tentativa de desestabilização do presidente Lula. Os trabalhadores e a sociedade latino-americana têm afirmado o seu compromisso com o fortalecimento da justiça social, da democracia e da integração soberana, e o repúdio às imposições dos organismos internacionais e suas políticas neoliberais de desmonte do Estado."

João Antonio Felício, presidente nacional da CUT.

E aí rapaziada? Têm certeza que irão pedir o impeachment do presidente eleito com o maior número de votos da história e com intenções de voto para reeleição que batem quase a casa dos 50%?

Tentem a sorte!

Joao

Orçamento "mais povo" da história

O Orçamento aprovado garante um acréscimo de R$ 15 bilhões na receita; o reajuste do salário mínimo para R$ 350; aumento de 48% nos investimentos públicos e mais R$ 1 bilhão para a Saúde para procedimentos médicos de média e alta complexidade dos hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde. Também mais de R$ 500 milhões para o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico e de Valorização dos Profissionais de Educação).

O deputado Carlito Merss ressaltou que esse foi o “Orçamento com mais povo até hoje”. “Porque levantamos questões como salário mínimo, tabela de Imposto de Renda, servidores, anistiados políticos, saúde, é uma reconstrução do estado brasileiro”, destacou.

http://www.pt.org.br/site/noticias/noticias_int.asp?cod=42653

O novo livro de FHC

por José Nilton Mariano Saraiva

Se para alguns críticos o livro A Arte da Política - A História que Vivi, de autoria do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é “...uma aula de História, Ciência Política e Política”, igualmente também poderíamos considerá-lo como um primor de bazófia, desfaçatez, falsidade e omissão.

Bazófia – quando recorrentemente insiste, ao longo do texto, em autoproclamar-se um intelectual cosmopolita, condição que teoricamente lhe conferiria uma credencial “sine qua non” à abertura de novos mercados para o Brasil no mundo globalizado, assim como uma maior respeitabilidade diplomática no tratamento com autoridades e nações desenvolvidas (um exemplo da grandiloqüência: chegou a sugerir ao papa João Paulo II (sem sucesso), durante audiência no Vaticano, que conversassem em um outro idioma que não o fluente português que Sua Santidade insistentemente teimava em utilizar).

Desfaçatez – quando tenta inutilmente relevar todos os grandes escândalos que marcaram seu governo, ora transferindo responsabilidades (como a compra de votos para a reeleição, atribuída a lideranças regionais), ora ao abordar en passant uma questão gravíssima como a venda por todos reconhecida como subfaturada da Companhia Vale do Rio Doce (mas no seu entender realizada por um preço justo) ou, ainda, ao considerar irrelevante (pasmem !!!) a citação e uso do seu próprio nome (do Presidente da República), pelos amigos instalados na cúpula do BNDES, objetivando alavancar negócios suspeitos quando da privatização (também a preço de banana e ainda subsidiada pelo governo), da então principal “jóia da coroa”, o pujante e promissor setor de telecomunicações (constatada via grampo telefônico);

Falsidade – faz dela uso quando literalmente descobre e desenterra o humanamente impossível: uma pretensa e surrealista “empatia” do elitista correligionário Tasso Jereissati com o povão (como sabemos, algo absolutamente descabido e fora de propósito, dada a prepotência e arrogância do dito-cujo); e

Omissão – quando ao referir-se à indicação (pelo então governador do Ceará, Tasso Jereissati) do senhor Byron Queiroz para o Banco do Nordeste do Brasil S.A (BNB), importante estatal federal atuante na região, rotula-o açodadamente de “competente”, esquecendo as portentosas fraudes ocorridas durante sua calamitosa gestão à frente daquela instituição (que levaram o BNB tecnicamente à falência, obrigando a União a responsabilizar-se pelo descomunal rombo então perpetrado, de astronômicos R$ 7 bilhões).

Para lhe fazer justiça, créditos ao ex-presidente FHC quando ao referir-se ao senhor Ciro Gomes, fuzila sem dó nem piedade: “...Ciro Gomes me parecia um caso perdido. Tinha a pretensão de conhecer economia e proferia incessantemente declarações megalômanas”; e, contundente, conclui sua análise sobre o antigo companheiro nos premiando com a seguinte pérola: “...embora seja difícil avaliar políticos pela via da psicologia, passei a ver no ex-governador traços de um iconoclasta, que busca a notoriedade postando-se contra quem está no poder”.

Em resumo: apesar de escrever fácil, da febricitante narrativa, da riqueza e ecletismo do vocabulário e de relatar algumas passagens interessantes da dinamicidade do dia-a-dia do macro universo de atuação de um mandatário nacional, FHC não consegue convencer ou passar credibilidade àqueles que acompanharam pari-passu todo o desenrolar da sua malfadada administração à frente do país durante torturantes e longevos oito anos.
Assim, fica nos devendo o ex-presidente !!!

José Nilton Mariano Saraiva é economista.

terça-feira, abril 18, 2006

VAMOS PARTICIPAR DESTE MANIFESTO

Carta aberta do povo brasileiro: Em defesa do governo do Presidente LulaO Brasil é uma nação desigual. No mesmo solo, convivem a riqueza e a miséria o doutorado e o analfabetismo e tantas outras desigualdades gritantes que afrontam a dignidade humana.Porém, nunca como agora as classes menos favorecidas foram alvos de tanta consideração por parte do governo federal.

Os projetos sociais implementados pela administração do Presidente Lula, como o Bolsa Família, o Bolsa Escola, o Pro Uni, a Farmácia Popular, o Luz Para Todos, entre outros, estão, de fato, promovendo o resgate da cidadania dos pobres desse país, relegados durante décadas ao papel de coadjuvantes da História Brasileira, servindo apenas como mão-de-obra barata para ampliar as vantagens econômicas e sociais desfrutadas pelas elites.

O projeto de nação igualitária e justa que sonhamos começou a ser realizado quando a administração do Presidente Lula teve início. Estamos vivenciando um momento único: a construção da história. Não temos dúvidas de que a atuação do Governo Lula é uma das ferramentas que está permitindo a transformação do poder nesse país. No entanto, essa atenção do governo aos mais pobres despertou a ira de muita gente, aqueles que sempre viveram às custas da exploração do povo.

Acostumadas a ser as únicas beneficiárias dos recursos produzidos pela nação as elites desencadearam, com o apoio de parte expressiva da mídia nacional, uma campanha como poucas vezes se viu para inviabilizar o governo do presidente Lula. No entanto, depois quase 1 ano de bombardeio intenso de duas CPIs, com cobertura ampla e engajada da mídia, o prestígio do presidente continua inabalável. Isso porque, além dos benefícios proporcionados pela política social e econômica, o povo percebe que as instituições da República estão cumprindo a sua função. As irregularidades estão sendo apuradas e os responsáveis punidos pela Justiça. Nunca a Polícia Federal e o Ministério Público atuaram tanto contra a corrupção, bem diferente dos anos do governo de Fernando Henrique Cardoso, quando o Procurador Geral da República ficou conhecido como Engavetador Geral, por esconder na gaveta todos os processos que contrariavam os interesses do governo FHC.

Como a campanha sistemática contra o presidente não afetou o prestígio do presidente Lula, que continua liderando as intenções de votos para a próxima eleição presidencial, surge agora, no bojo do movimento oposicionista, rumores cada vez mais fortes sobre a proposta de impeachment do presidente da República, patrocinada por setores reacionários da Ordem dos Advogados do Brasil, com o apoio entusiasmado do PSDB e do PFL (este de tradição golpista que remonta a velha UDN e passa pela Arena, que apoiou a ditadura militar) e da mídia que não suporta ver o povo como protagonista da História.A estes que pretendem espezinhar a vontade do povo brasileiro manifestada na votação histórica obtida pelo presidente Lula, e corroborada atualmente pelas pesquisas eleitorais, um aviso: não ousem afrontar os desígnios do povo.

Não queiram ver o circo pegar fogo! Nós que apoiamos o governo do Presidente Lula vamos perseverar na luta para que o presidente termine o seu mandato e concorra à reeleição, como é seu direito. Não vamos tolerar tentativas golpistas patrocinadas por setores retrógrados da sociedade que querem a volta da política de privatização implementada pelo governo do PSDB-PFL.

Não ao golpe!
Não ao impeachment!
Pela reeleição do Presidente Lula!
Lula não está só porque Lula é muitos!
Lula somos todos nós!
Com o intuito de reforçarmos nosso apoio ao Presidente Lula, redigimos esta carta, com o apoio de vários grupos, blogs e comunidades. A proposta e colhermos maiores números de assinaturas, para encaminharmos ao Presidente Lula, mídia, OAB, enfim a todos os órgãos possíveis.

Mostre o seu apoio assinando e colhendo assinaturas de parentes, amigos, etc.

Para assinar basta enviar seu nome, Profissão, Cidade e Estado para o email abaixo:companheiro.lula@yahoo.com.br

segunda-feira, abril 17, 2006

Informações sobre a aplicação dos recursos federais.

PORTAL DA TRANSPARÊNCIA
http://www.portaldatransparencia.gov.br/


Com a proposta de fomentar o controle social e a participação da sociedade na fiscalização dos gastos públicos, a página foi desenvolvida em linguagem simples e navegação amigável, e pode ser acessada sem necessidade de senhas. Em relação às outras formas de divulgação das informações governamentais, o Portal traz, como diferencial, a consolidação de dados relativos a Programas e Ações de Governo, boa parte dispersa em outros sítios.

O Brasil de FHC não é o Brasil dos brasileiros



por Chico Vigilante

Ser brasileiro não é o exercício de sentir a brisa da Avenida Atlântica nos cabelos grisalhos, tomando café, com as pernas da calça de fios europeus cruzadas, citando Sartre e falando do Brasil por hobby. Ser brasileiro é ter o suor escorrendo no rosto, é saber a delícia e a dor de uma vida feita de lutas.

No dia 5 de abril, quem assistiu ao Programa do Jô, Na Rede Globo, pôde conferir, na íntegra, o que é o avesso de um brasileiro. Na poltrona do apresentador do talk-show, um “tipo fino”, à moda parisiense, desenrolava um blábláblá academicista, típico de quem quer, a qualquer custo, ser chamado de intelectual. Uma grife, uma imagem, uma criação desconexa da realidade, assim se comportou o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, em cadeia nacional. No alto de seu deslumbramento intelectual, FHC afirmou que o “pobre” quando chega “lá em cima” corre o risco de virar “outra coisa”, ou seja, deslumbrar-se com a mudança social conseguida pelo poder. Mais uma gafe social à lista de quem já chamou brasileiros de vagabundos e de neobobos.

É inadmissível que um ex-presidente da República profira tal comentário num país que há cinco séculos conhece muito bem a pobreza, encravada em sua raiz social desde o processo de descobrimento e de colonização. Devo a minha vida aos calos das mãos da minha mãe, que conseguiu criar oito filhos quebrando cocos. Pobre, negro, maranhense e filho de uma quebradeira de coco. Uma imagem bem diferente daquela tentativa de “lorde inglês” que interpretou, durante oito anos, durante sua farsa de governar um país que desconhece até hoje. Um Presidente da República que, em entrevista, confessou que sentiria muita falta de suas braçadas na piscina do Palácio da Alvorada.

Depois de muito esforço, lutas e conquistas, os pés desse negro, pobre e filho de quebradeira de coco pisaram durante oito anos nos tapetes verdes da Câmara Federal como parlamentar e não mudou seus princípios éticos e morais. Chico Vigilante não é deslumbrado com a essência e as conseqüências do poder. O deputado Chico Vigilante é o mesmo brasileiro que trabalhou como servente de pedreiro nos rincões deste país, caindo de malária e, ao mesmo tempo, fortalecendo-se de esperança.

Em seu falatório, o tucano se referiu aos petistas como um pessoal que muda de automóvel, de roupa, de mulher, de emprego e vira outra pessoa. Infelizmente, FHC nunca poderá dizer em suas pseudo-palestras internacionais o que é a alegria de se dedicar 26 anos a um partido que nasceu dos trabalhadores. Metade da minha vida eu dediquei ao PT e tenho todo o orgulho desse partido e de companheiros, que junto comigo, caminharam e caminham rumo ao nosso ideal. O ideal de dia após dia lutar pela igualdade social.

Ao contrário do anti-perfil de brasileiro traduzido em FHC, vivo como brasileiro. Moro em Ceilânida, a mesma cidade onde dividi um quartinho com outros três colegas quando conheci Brasília pela primeira vez, na década de 1970. Como tantos outros trabalhadores brasileiros, saio de casa nos primeiros sinais de sol e só volto quando a lua está dependurada nos céus. E assim também é a rotina do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foco do ataque elitista de FHC.

Esse maranhense, que conheceu a dor da fome e o medo de não ter amanhã, é o mesmo brasileiro que já conversou com presidentes da República, governadores, ministros, prefeitos, deputados, senadores. Ao longo desses anos todos, conheci realidades divergentes, mas nunca deixei de ser o que sempre fui. Quando penso nesse Brasil, sinto impregnado em meu corpo os versos de brasileiros que também são Buarques e de Moraes: “Tem certos dias/ em que eu penso/ em minha gente/ e sinto assim/ todo o meu peito se apertar/ porque parece que acontece/ de repente/ um desejo de viver/ sem me notar”. Em algum dia, FHC pensou nessa Gente Humilde chamada Brasil?

Definitivamente, FHC não atingiu somente Lula e os petistas, mas todos nós. O Brasil de FHC não é o Brasil de mais de 180 milhões de brasileiros.

Chico Vigilante é presidente do PT-DF e deputado distrital.

http://www.pt.org.br/site/artigos/artigos_int.asp?cod=1056

Essa entrevista do FHC ao Jô Soares foi uma das coisas mais nojentas e repugnantes que eu já presenciei na televisão brasileira. A dupla foi capaz de deixar João Cleber e Gugu vermelhos de vergonha. Jô Soares se prestou a bajular o ex-presidente, enquanto que o tucano-mór se prestou a detonar os pobres, o Partido dos Trabalhadores e o presidente Lula. Além desses absurdos proferidos, FHC, ciceroneado pelo gordinho babão, deixou seu lado tucano e assumiu o lado pavão. Não se cansava de descrever as viagens internacionais, os palácios que conheceu, sua amizade com Clinton, sua admiração pela Condolezza Rice e muitos outros casos que serviram para massagear seu ego inflado em rede nacional. Com aquela empáfia acadêmica, FHC se julga acima do bem e do mal. Nunca vai admitir que um ex-operariozinho do Nordeste faz um governo infinitamente melhor que o Príncipe dos Sociólogos formado na USP.
João

Farra tucana na Varig

Em maio de 2005, a revista Isto É denunciou como o Conselho de Administração da Varig foi transformado num ninho de tucanos a partir da iniciativa de David Zylbersztajn, ex-genro de FHC.

Isso mesmo. O ex-genro de FHC transformou a Varig em um ninho aconchegante para os tucanos. Escândalo? CPI? Imprensa investigativa? Claro que não. Apenas uma matéria na Isto É e nada mais. Nenhuma atenção foi dada ao caso. Mas agora muitos querem cobrar uma ação do governo federal para salvar a Varig. Dinheiro público para encobrir falcatruas e a farra tucana? Prefiro ver esse dinheiro sendo empregado no Bolsa Família, no Prouni, no Programa Luz para Todos ou no Pronaf.

Quem precisa de ajuda do governo são os pobres.

João

Veja matéria completa:
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=690

quinta-feira, abril 13, 2006

Governo invisível

por Gulherme Scalzilli

A militância não depende de vínculos partidários ou profissionais com qualquer projeto eleitoral, mas exige responsabilidade, transparência e um mínimo de embasamento. A esmagadora maioria dos comentaristas sente-se desobrigada a respeitar esses requisitos fundamentais para o exercício da controvérsia democrática. Suas opções políticas sobressaem na peculiar repetição de interpretações viciadas, no uso reiterado de jargões vazios, no subjetivismo de botequim, na futurologia desvairada. Prestimosos cabos eleitorais disfarçados de especialistas, o que os faz desonestos é ocultar a manipulação de dados sob uma aura de imparcialidade, correção crítica e superioridade moral.

Preocupados em desacreditar a política econômica federal, não souberam apresentar modelos alternativos viáveis, que proporcionassem, em parcos três anos, a quitação da dívida com o FMI (economia de US$ 900 milhões com juros), continuada expansão do PIB, crescimento da produção industrial e elevação do superávit externo a índices históricos. A obtusa repetição de lugares-comuns sobre os juros altíssimos (menores, aliás, que no governo passado) ajudou a relativizar o controle da inflação e a expansão da demanda interna, alavancada pelo consumo dos trabalhadores e pelos investimentos estatais - ferrovia, pólo siderúrgico, refinarias, programa do biodiesel, transposição do rio São Francisco, recuperação da malha rodoviária, etc.

Outra tolice muito propagada, com uma assiduidade sintomática de sua importância eleitoral, é a do “fracasso” do governo na área social. Mas, novamente voltando aos fatos, temos que a taxa de desemprego caiu e a renda média cresceu acentuadamente, no embalo dos maiores reajustes salariais em uma década. Também os índices de pobreza e miséria melhoraram, graças ao programa Bolsa-Família, que transfere renda para 8 milhões de famílias (13 milhões de crianças), e também a ações localizadas, como financiamentos habitacionais da Caixa Econômica e projetos de infra-estrutura em assentamentos rurais.

Há ainda avanços que foram ignorados pelo noticiário, ou receberam tratamento relapso e mesquinho: a auto-suficiência petrolífera; o Fundeb, que aumentará o número de estudantes atendidos pelo atual Fundef em quase 20 milhões; o trabalho saneador da Controladoria Geral da União; as ações de combate à grilagem, que redundaram numa queda brutal da taxa de desmatamento na Amazônia; a abertura dos arquivos da ditadura militar pela Casa Civil; a política externa eficaz, que colecionou vitórias na OMC, equilibrou a geopolítica no continente e promoveu alianças estratégicas importantíssimas; a adoção do software livre por órgãos federais; os projetos Pixinguinha e Fome de Livro, os Pontos de Cultura e a recuperação de museus, entre outros programas culturais.

Nada disso transforma o governo Lula num êxito universal. Mas por que parece herético defendê-lo? Por que desconcerta e espanta deparar com uma breve lista de suas realizações? Os analistas políticos da grande imprensa conhecem a resposta. Amedrontados pela veemência dos fatos, avessos ao debate construtivo, optam por fingir que o governo foi triturado antes da posse, ruiu sob as sabotagens do Legislativo, virou pó com os ataques da mídia e agora simplesmente deixou de existir. Gostariam também que o eleitorado sumisse, mas felizmente esse sonho autoritário não é possível. Ainda

http://www.guilherme.scalzilli.nom.br/Rev.C.Amigos/Governo%20invisivel.html

quarta-feira, abril 12, 2006

Progressos que a Mídia não divulga!!!

Além dos indicadores tradicionais (taxa de inflação, taxa de juros, taxa de desemprego, relação dívida/PIB, exportações, superávit comercial, etc...) aos quais a grande mídia dá bastante destaque, temos uma série de outros que não são comentados mas que demonstram, claramente, se o país está progredindo ou não.

Abaixo, publico alguns deles (que foram retirados do site do Banco Central):

1) O serviço da dívida externa (pagamento de juros e amortizações) representava 82,7% de tudo o que o Brasil exportava em 2002. Hoje, representa 47,0%, mostrando que a economia brasileira está muito menos vulnerável à eventuais crises externas;
2) A dívida externa líquida total estava em US$ 171 bilhões no final de 2002. Hoje, está em US$ 110 bilhões (diminuição de 35,7%);
3) As reservas internacionais do Banco Central eram de US$ 37,82 bilhões no final de 2002. Hoje, são de US$ 56,92 bilhões (aumento de 50,5%);
4) As exportações acumuladas nos últimos 12 meses já ultrapassaram US$ 121 bilhões;
5) O superávit comercial acumulado nos últimos 12 meses é de US$ 45,46 bilhões;
6) Em 2003, 2004 e 2005 o Brasil acumulou um superávit em transações correntes de US$ 30,1 bilhões;
7) O PIB em dólares do Brasil passou de US$ 459,4 bilhões em 2002 para US$ 745,7 bilhões em setembro de 2005 (aumento de 62,3%);
8) O PIB brasileiro acumulou, em 2004/2005, um crescimento de 7,3%, contra apenas 3,2% nos 2 últimos anos do governo FHC;
9) A dívida externa total representava 3,5 vezes as exportações totais do Brasil em 2002; hoje, representa 1,5 vezes (mostrando uma sensível melhora neste importante indicador que mostra se o país está fazendo caixa ou não para pagar os seus compromissos externos;
10) As reservas internacionais líquidas do Banco Central representavam 18% do total da dívida externa em 2002; hoje, elas representam 31,1% da dívida externa total (dado de setembro de 2005);
11) A dívida externa total representava 35,9% do PIB no final de 2002; hoje, representa 14,7% (dado de setembro de 2005).
12) A inflação, medida pelo IGP-M, de 2002 foi de 25,31%; já a de 2005 foi de 1,21%;
13) O nível de emprego na indústria de transformação paulista aumentou 4,54% em 2005;
14) O nível de emprego na indústria de transformação brasileira aumentou 4,18% em 2005;
15) As vendas reais da indústria paulista aumentaram 13,1% em 2005;
16) AS vendas reais da indústria brasileira aumentaram 15,1% no governo Lula;
17) A massa salarial real na indústria de transformação brasileira aumentou 8,1% em dezembro de 2005 em relação a dezembro de 2004;
18) A massa salarial real da indústria de transformação paulista foi, em dezembro de 2005, 11,34% maior do que em igual Mês de 2004;
19) O salário real na indústria de transformação paulista cresceu 6,71% em 2005;
20) As vendas reais da indústria de transformação paulista aumentaram 44,7% no governo Lula.

http://www.conscienciapolitica.blogspot.com/

Programas sociais do governo Lula

por Altamiro Borges

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente um estudo revelando que quase 39 milhões de brasileiros foram beneficiados em 2004 pelos programas sociais de transferência de renda do governo. A minuciosa pesquisa confirma que estas ações, que atingiram 21,4% da população do país, estão de fato chegando as pessoas mais necessitadas. Segundo Eduardo Nunes, presidente do IBGE, “elas já beneficiaram 91% dos domicílios com rendimento inferior a um salário mínimo”.

Em 2004, estes programas bateram o recorde histórico ao contemplar 50,3% das “famílias miseráveis”. Na fase seguinte, ainda não pesquisada pelo instituto, seu alcance cresceu ainda mais para o desespero da direita neoliberal!

A evolução das ações sociais do governo Lula é significativa e consistente. Somente com o Bolsa Família, o governo beneficiou 3,6 milhões de domicílios em 2003, 6,5 milhões em 2004 e 8,7 milhões em 2005. A meta é atingir 11,2 milhões de famílias em 2006. Os recursos públicos investidos neste programa saltaram de R$ 3,4 bilhões em 2003 para R$ 6,5 bilhões em 2005 – na mais volumosa transferência de recursos da América Latina. Vinculado à obrigatoriedade do estudo, o Bolsa Família já aponta indicadores positivos de melhoria na escolaridade, geração de renda e diminuição da criminalidade. Isto é que levou a Fundação Getúlio Vargas a afirmar que a redução das desigualdades sociais no governo Lula foi “espetacular”.

Para os que acusam tais medidas de assistencialista, o economista Marcio Pochmann tem uma resposta na ponta da língua. “Quando entrei na universidade, tive acesso à bolsa de iniciação científica, depois à bolsa de mestrado e de doutorado e nunca me disseram que eram compensatórias. No Brasil, quem tem acesso ao ensino superior é a classe média e não existe essa visão de que as bolsas vinculadas ao ensino superior sejam compensatórias. Agora, para o filho do pobre estudar no ensino básico e médio, é compensatória e no sentido pejorativo. Isto é uma coisa preconceituosa”. Para ele, “as iniciativas do governo federal estão vinculadas às condições para superação da pobreza. A direita brasileira usa o termo compensatório como pejorativo, querendo associá-las a políticas assistencialistas e clientelistas do passado. Mas não é o caso”.

A redução das desigualdades sociais também está vinculada à tímida retomada do crescimento do país e, principalmente, a adoção de algumas medidas econômicas heterodoxas, que causam urticária nos liberais de plantão – inclusive nos infiltrados neste governo. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que na gestão de FHC bancou a privataria do estado, já destinou R$ 11,4 bilhões para a indústria nacional, o que explica a geração de 3,5 milhões de empregos. Já os programas de microcrédito permitiram o acesso de 6 milhões de pessoas aos bancos públicos, facilitando a abertura de milhares de pequenos negócios. Por sua vez, o crédito à agricultura familiar pulou de R$ 2,4 bilhões em 2002 para R$ 9 bilhões na safra 2005/2006, viabilizando a inclusão de 1 milhão de famílias nas políticas de crédito.

Leia mais

Inscrições para o Prouni começam em maio


Universidade Para Todos
O MEC (Ministério da Educação) anunciou para 15 de maio o início do período de inscrição para o Prouni (Programa Universidade para Todos) do segundo semestre de 2006. O programa seleciona candidatos a bolsas de estudos em instituições particulares de ensino superior.
O número de instituições participantes e de bolsas oferecidas estará disponível no site do MEC na data de abertura das inscrições. O resultado será divulgado no dia 14 de junho.
As inscrições devem ser feitas até 9 de junho, no site http://prouni-inscricao.mec.gov.br/prouni/.

A seleção será baseada no desempenho do candidato no Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) de 2005. Poderão concorrer a uma bolsa os estudantes com média igual ou maior do que 45 pontos no exame. O candidato também precisará comprovar ter renda familiar, por pessoa, de até três salários mínimos e ter cursado os três anos do ensino médio em escola pública ou privada, desde que com bolsa integral.

No primeiro semestre de 2006, o Prouni concedeu 90.241 bolsas, das quais 72.016 integrais e 40.400 parciais (50% da mensalidade), distribuídas em 1.142 instituições de ensino superior de todo o país. Na primeira edição do programa, em 2005, foram oferecidas 112 mil bolsas.
Mais informações podem ser obtidas no site do Prouni ou pelo telefone 0800-616161 (ligação gratuita). http://noticias.uol.com.br/educacao/especiais/ult2738u91.jhtm

É o povo na universidade!

João

Turma do Geraldinho - fotomontagem


Os tucanos estão ressuscitando os amigos da ditadura e os inimigos do povo. Ainda bem que essa turma vai continuar longe do Planalto no ano que vem.

João

Cadê a notícia do Jornal Nacional sobre arrombamento e sumiço de documentos do caso dos vestidos de dona Lu?

por Alceu Nader

Das duas, uma: ou o Jornal Nacional comprou gato por lebre - e repassou para os telespectadores ; ou os jornais acharam desimportante o novo desdobramento do caso da "doação" de várias centenas de vestidos (de 300 a 400, o número varia de jornal para jornal) para Lu Alckmin, mulher do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, candidato ao PSDB à Presidência da República.

Ontem à noite, ao final da reportagem do Jornal Nacional sobre a última sondagem do DataFolha sobre a disputa à Presidência, William Bonner emendou:

"Hoje, o corregedor da Assembléia Legislativa de São Paulo, deputado Romeu Tuma Júnior, do PMDB, denunciou à polícia que o escritório dele foi arrombado de madrugada e que desapareceram documentos sobre a doação de vestidos de um estilista para ex-primeira dama, Lu Alckmin, mulher de Geraldo Alckmin".

Hoje, nos jornalões, nem uma palavra sobre a denúncia do deputado que não pode ser propriamente enquadrado no perfil de "petistóide", neologismo criado ontem por Alckmin para rebater as denúncias sobre os presentes e sobre favorecimento na distribuição publicitária da Nossa Caixa. Leia mais.

Depois de insinuarem a participação do PT na morte de Celson Daniel, de Toninho do PT e nas recentes rebeliões da Febém, agora a imprensa se cala diante desse fato. Imaginem se fosse o Partido dos Trabalhadores que estivesse envolvido no mesmo caso da madame Lú Chuchú. Provavelmente estariam insinuando aos quatro cantos um suposto envolvimento petista no desaparecimento dos tais documentos a mando do Zé Dirceu. Depois dizem que é mania de perseguição "petistóide".

João

Titulozinho safado

por Soninha

Destaque do site do Globo: “CNT/Sensus: Caso Francenildo prejudica a reeleição de Lula”.
Olha, um colunista fazer essa análise, ou até minha filha de 9 anos, faz todo sentido. Só faltava cair até um ministro, ameaçarem outro, dar capa de Veja e tudo o mais e não haver um abalinho sequer (embora fosse mais correto dizer: “dificulta a reeleição do Lula”, “prejudica a campanha [ou: as chances] de reeleição do Lula”. “Prejudica a reeleição” é uma construção meio capenga. Que acaba até afirmando o contrário do que eles querem dizer – é como se desse a reeleição como fato consumado, mas prejudicado pelo caso Francenildo...).

De todo modo, o esquisito é escrever isso depois de “CNT/Sensus”, isto é, tirando como uma conclusão objetiva, matemática, irrefutável da pesquisa sobre as intenções de voto para a presidência. Olha como o texto da matéria justifica o título: “A grande maioria dos entrevistados na pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira tomou conhecimento da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Das duas mil pessoas ouvidas pela pequisa, 34,2% têm acompanhado o caso e 25,8% ouviram falar, enquanto 37,3% não tomaram conhecimento”.

Interessante... Como as pessoas, obviamente, mentem em pesquisa (querendo ou não, tentam dar a resposta “certa”), é razoável supor (adoro essa expressão) que uma boa parte disse que “ouviu falar”, mas não saberia dizer patavina a respeito. “Ouviu falar”. E dos 648 que “têm acompanhado o caso”, quantos será que realmente sabem o que está acontecendo? Seria uma pesquisa interessante também... Mas isso não vem ao caso, é só elocubração. O fato objetivo é: pode ser que muitos deles estejam acompanhando o caso mas sejam eleitores do Lula – os dados que atestam que a maioria “ouviu falar” ou “está acompanhando” não estão conectados às intenções de voto! Ah, mas o Gerson Camarotti (que assina o texto) continua: “Para 62,1% dos que estão acompanhando ou ouviram falar do caso, ele foi negativo e prejudica a reeleição do presidente Luis Inacio Lula da Silva”.

Ah, tá... Então o título da matéria reproduz, na verdade, a opinião de 697 entrevistados. "O fato foi negativo e prejudica a reeleição". Não é uma “a conclusão da pesquisa”...
Se é para escolher uma opinião detectada na pesquisa e reproduzir na forma de título objetivo, o Globo poderia, se quisesse, escrever o seguinte: “CNT/Sensus: corrupção no governo Lula é igual a dos outros governos”. Foi a opinião de 686 entrevistados, como informa o próprio Gerson...

Pode deixar: se o título fosse esse, sem aspas nem nada, eu também acharia uma tremenda forçação de barra.

PS: A CNT/Sensus perguntou se as pessoas ouviram falar/estão acompanhando o caso da 69a. proposta de CPI contra o Alckmin? O caso Nossa Caixa & anúncios para base aliada? Ué... Não deviam perguntar, não? Ainda que as respostas fossem, compreensivelmente, "não ouvi falar"...

http://gabinetesoninha.zip.net/

Alckmin blindado

por Eduardo Guimarães

Notícia quente que recebi de jornalista de um grande veículo que pede para não ser identificado: a idéia do jornal Folha de São Paulo de deixar o grosso do trabalho sujo para a concorrência e posar de "imparcial" ao publicar, episodicamente, alguma coisa contra Alckmin em sua primeira página, está sendo considerada pela coalizão tucano-pefelê-midiática como a responsável pela anemia eleitoral do tucano. Estão encostando a Folha na parede para que ao menos não dê mais manchetes de primeira página que possam prejudicar Alckmin.

O jornalista que ouvi ontem à noite acredita que a Folha deve aceitar a imposição do comando da campanha tucana de que "isenção", agora, só da página A2 em diante e muito, muito de vez em quando. As TVs também foram enquadradas pelo alto comando tucano. É por isso que todos os jornais e telejornais não deram a notícia sobre o arrombamento que sumiu com as provas contra Lu Alckmin. O alto comando tucano determinou à mídia que vá desaparecendo (aos poucos) com qualquer notícia negativa para o tucano. Daqui até outubro, você verá um Alckmin cada vez mais "limpinho". A mídia vai dar um "banho de ética" nele. Ao menos por fora.


http://edu.guim.blog.uol.com.br/

O "Che" do jovem Geraldinho Alckmin

Cada um tem o ídolo revolucionário que merece. Não é mesmo Geraldinho?


O Revolucionário Emílio Garrastazu "Che" Médici.

Não entendeu? Leia o post abaixo.

Para Alckmin, o Golpe de 64 representou uma Revolução.

Em 1973, o então vereador de 19 anos Geraldo Alckmin, escreveu uma carta para o tirano Médici. No texto, Alckmin diz: "O 3º Governo Revolucionário (...) em mais um ato do ínclito Presidente Médici, que tem se mostrado sensível aos problemas sociais, trabalhistas e previdenciários dos que trabalham para a grandeza do Brasil ...".

É isso mesmo que vocês estão lendo. O picolé de chuchú considera o golpe militar uma verdadeira revolução. Enquanto Lula era secretário de Previdência Social do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e lutava incessantemente contra a ditadura, Geraldinho bajulava o regime ditatorial.

Enquanto muitos jovens lutavam e até morriam na ânsia de derrubar a ditadura, Geraldinho de 19 anos, cuja família era udenista, estava alinhadíssimo ao que ele chama de "governo revolucionário".

A desculpa esfarrapada de Geraldinho é de que "foi apenas uma saudação protocolar". Ah tá, Geraldinho. Me engana que eu gosto. Imagino então como seria uma saudação protocolar ao presidente Lula: " O 1º governo de esquerda da história, em mais um ato do ínclito Presidente Lula, que tem se mostrado sensível aos problemas sociais, trabalhistas e previdenciários dos que trabalham para a grandeza do Brasil...." . Tá bom vai Geraldinho, a gente acredita que foi só uma "saudação protocolar".

Ainda bem que ele só vai brincar de presidente no 1º turno.

João

Não acredita? Então leia a reportagem.

terça-feira, abril 11, 2006

Madame Lú x Silvio Pereira - Farinha do mesmo saco?

Clique no endereço abaixo e confira.

http://img84.imageshack.us/img84/8569/lualckmin3mc.gif

LISTA DE FURNAS

Não esquecemos e não esqueceremos tão cedo da Lista de Furnas, que indica o recebimento de dinheiro de caixa 2 por tucanos de primeira linhagem e pefelistas graúdos através da estatal Furnas. Dentre eles estão José Serra, Geraldo Alckmin, Alberto Goldman, ACM Neto, Gilberto Kassab e muitos outros tubarões oposicionistas.

Queremos que a lista seja profundamente investigada.

Roberto Jefferson já admitiu ter recebido os R$75.000,00 que aparecem em seu nome na lista. Além disso, afirmou que Dimas Toledo era de fato o homem forte tucano em Furnas, indicado pelo governo anterior. Será então que Bob Jefferson só fala a verdade quando acusa o PT? A oposição diz que a lista é falsa e nem quer mais tocar no assunto, entretanto uma perícia preliminar do famoso perito Ricardo Molina da UNICAMP, indica a autenticidade do documento que possui 5 páginas, todas autenticadas em cartório.

A verossimilhança dessa denúncia nos faz perguntar o porquê da grande mídia estar tão cautelosa em apurar esse fato. A CPI simplesmente enterrou o assunto, sem ao menos ter se dado ao trabalho de investigar. Por onde anda a imprensa investigativa? Só funciona contra o governo Lula?

É uma pena que a mídia se calou diante de mais esse fato. Não se cobra investigação e não há o tal famoso "clamor da opinião pública" que a mídia tanto alerta.

QUEREMOS INVESTIGAÇÃO SOBRE A LISTA DE FURNAS JÁ !!!

http://caixadoistucanodefurnas.blogspot.com/

Ó dúvida cruel

"Por que a crise política não afeta Lula nas pesquisas?"

Essa é a pergunta que a mídia se faz em quase todos os veículos de comunicação nesse início de semana. Especialistas, "cientistas" políticos e jornalistas procuram responder essa pergunta tão misteriosa. As tentativas de encontrar uma resposta que corresponda às expectativas dos figurões da imprensa são inúmeras: "A imagem de Lula não sofreu arranhões como o PT"; "O Lula está muito mais exposto na mídia que os adversários"; "Alckmin ainda não conquistou a imagem do anti-Lula"; "A demora na escolha do candidato tucano enfraqueceu o PSDB".

Infelizmente, nenhuma dessas mentes avançadas conseguiram encontrar uma resposta satisfatória. Será que ninguém chegou a uma conclusão simples e direta como: "Metade da população votará no presidente, porque acredita que ele tem feito um bom governo e merece a reeleição". ???

A verdade é que a grande mídia está querendo se perguntar: "Onde foi que nós erramos?"

Bom, agora perceberam que a estratégia de demonizar o governo Lula não está surtindo efeito. O povo não é tão tonto como imaginou o Sr William Bonner ao comparar seu telespectador com Homer Simpson. Vamos aguardar o próximo passo. Aposto que vão amansar e mudar de estratégia. Minha sugestão é que a pauta ética irá ser substituída pela pauta competência administrativa, cuja qualidade os tucanos acreditam deter o monopólio.

E como disse o companheiro Eduardo Guimarães, as últimas pesquisas do Datafolha indicam, mais do que o apoio popular do governo Lula, uma crescente desmoralização da mídia.

João

segunda-feira, abril 10, 2006

Folha Online

Pela pesquisa divulgada ontem pelo Datafolha, Lula se mantém firme como nunca na liderança e com uma sólida porcentagem nas intenções de voto. Enquanto isso, Alckmin despencou 3 pontos e se mostra cada vez mais um candidato fraquíssimo.

Entretanto, vejam o destaque de hoje de manhã da Folha Online:



http://www.folha.uol.com.br/

Judas Iscariotes

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sexta-feira, abril 07, 2006

Pedala oposição!

Os amigos do Blog Pedala Oposição, novamente fizeram mais um ótimo trabalho de pesquisa. Dessa vez, o tema é o PIB brasileiro. Lá eles revelam tudo o que a mídia insiste em esconder do povo.

Não deixem de visitar e divulgar esse endereço. Esses comparativos entre FHC e Lula serão fundamentais para alertar os eleitores.

http://pedalaoposicao.blogspot.com/

quinta-feira, abril 06, 2006

O Grupo Folha nem disfarça mais

Reparem nessas 2 notícias do Grupo Folha. Percebam como a Agência Folha aborda de forma completamente diferente as críticas mútuas entre Alckmin e Lula:


http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u76619.shtml


Quando Alckmin tece uma crítica ao presidente Lula, os verbos utilizados pela Folha são: "chamar", "dizer" e "afirmar".

Reparem que quando Alckmin diz que Lula é "cúmplice" do MST, o verbo utilizado para indicar a crítica do tucano é o verbo "chamar", enquanto as críticas dos partidários do PT à FHC são denominadas pela Folha de "ataques petistas".


Prestem atenção na notícia abaixo:


http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u77356.shtml

Percebam a diferença gritante na forma como a Folha aborda uma situação exatamente igual a retratada na notícia anterior. Os verbos utilizados são muito mais ostensivos quando a crítica parte de Lula. Ao invés de "chamar", "dizer", "afirmar", os verbos utilizados são: "atacar" e "alfinetar".
Novamente, a palavra "ataque" aparece para descrever uma crítica petista aos tucanos.

Quando o PT critica o PSDB é ataque petista, alfinetada. Quando o PSDB critica o PT é apenas uma afirmação. É essa a mídia independente e imparcial que temos no Brasil.

João

Queremos CPI para investigar as relações políticas obscuras da grande imprensa

Queremos CPI da mídia JÁ!
Quando quatro corporações (Viacom, Disney, AOL Time-Warner e Rupert Murdoch) concentram 90% da produção de jornais, rádios, televisão, teatro e cinema, fica descaracterizada qualquer possibilidade de democracia nos meios de comunicação.

No Brasil, seis grupos controlam 667 estações de rádio e televisão. A informação produzida por este oligopólio é manipulada e envenenada de acordo com interesses outros que não os da sociedade. Os veículos de comunicação da grande mídia limitam-se a transmitir as informações de maneira a agradar a elite político-econômica que a controla. Para isso, distorce fatos, fabrica versões, descontextualiza acontecimentos e omite detalhes. Espalha o conformismo.

Dessa forma, molda percepções e define estilos de vida. Constrói e sustenta os paradigmas que permitem a manutenção do status quo. Assim, observa-se uma grave distorção de valores. Em lugar da comunicação ética, voltada para o desenvolvimento social, tem-se uma comunicação voltada única e exclusivamente para o lucro, embora muitas vezes dissimulada por campanhas superficiais, que estimulam o mais baixo tipo de caridade - aquela que meramente consola, conforma e humilha, sem nunca questionar a crescente desigualdade social. Por isso, perdemos a confiança na grande mídia.

http://www.fazendomedia.com/

O riso da hiena

por José Lopes

Osmar Serraglio sorri, o sorriso das hienas ao conceder entrevistas para as TVs. Sua "missão" foi cumprida, comprovar o "mensalão", para orgasmo da mídia e satisfação de reacionários de tendência direitista. Creio que o deputado Osmar, por sua postura, se enquadra como mais um psicopata com tendência psico sádica. Se examinarmos sua feição sem reação, sem qualquer demonstração de sensibilidade ou insensibilidade. Só sorriu no final ao ver sua "obra" completada.
É um caso que provavelmente mereceria um tratamento psiquiátrico. Se fossemos contar o número de psicopatas nesta psico esfera, poderíamos considerar haver muitos.
Alguns estúpidos do meu querido partido, o PT, erraram,não deviam, mais erraram. E esse erro está nos custando muito sofrimento, angustia e até depressão. Não merecíamos isso. Temos que aturar esses psicopatas que vêm na direita o caminho para seus interesses, relegando ao segundo plano os interesses do povo.O diabo nunca foi tão feio como o pintaram. Super dimensionaram os erros cometidos e generalizaram como se todos fôssemos farinha de um mesmo saco.
Não, não podem nos comparar a uma grande maioria daqueles da direita sonsa, que sempre comandou esse país. Não podem nos comparar àqueles que agora sobem à tribuna e clamam por uma ética que nunca tiveram, como se tivessem as mãos limpas. Se tivessem as mãos limpas que tanto apregoam, esse país já estaria entre as três maiores potências mundiais. Mas, com toda essa carga negativa, com tudo isso, e apesar de tudo, com Lula a gente chega lá.
José Lopes é leitor do Blog dos Amigos do Presidente Lula.

Golpe branco

Para entender a profundidade da crise política instaurada no país, faz-se necessário, antes de mais nada, compreender com clareza todo o processo histórico desde o Brasil colônia.
Por mais de 500 anos, as elites oligárquicas detiveram o poderio político e ecônomico. Durante todos esses séculos, poucas vezes esse poderio foi ameaçado. Porém, todas as vezes em que essa ameaça se aproximou, essas elites não titubearam, e lançaram mão do artifício mais sujo da política: o golpe. Essa tática recorrente no cenário político brasileiro, necessita de um palco propício para que as ações golpistas sejam suportadas por justificativas plausíveis. O golpe de 1964, por exemplo, que muitos ainda têm a cara de pau de chamar de Revolução, só foi possível ao se construir um cenário político artificial e imaginário. As justificativas fabricadas para preparar a população para o golpe militar sobre o governo Goulart eram a corrupção e o perigo comunista. Qualquer semelhança com os dias de hoje, não é mera coincidência. João Goulart, apesar de sua simpatia pelas idéias de esquerda, jamais esteve vinculado à partidos ou movimentos comunistas. O Brasil, nem de longe estava perto de uma ditadura comunista como afirmavam os militares. Jango cumpria seu mandato de forma extremamente democrática. Mas quando em um comício ele disse duas palavras mágicas: "Reforma Agrária", no dia seguinte estava deposto e os militares assumiram o poder com apoio da grande imprensa. Motivo? Ameaça vermelha e corrupção.

Não pensem que a conjectura da crise atual é muito diferente. Não pensem que a turminha de sempre irá largar o osso dócilmente. Não esqueçam do terrorismo eleitoral em 2002, época em que disseminaram o medo em relação a figura de Lula. Não esqueçam que a oposição é composta por representantes dos mesmos setores que patrocinaram o golpe militar em 64. Não esqueçam, que o PFL é o partido oriundo da Arena, o mesmo partido que deu sustentação à ditadura militar. Para entender o que se passa hojé é fundamental ter esses dados em mente. O povo está representado no poder sim, e engana-se quem fala que Lula apenas favorece os banqueiros e setores da elite. Lula é um mestre na política e sabe que a democracia é um jogo de xadrez, em que cada peça deve ser movida no momento certo. A oposição sabe disso e teme um segundo mandato mais à esquerda. Há motivos para estarem amendrontados, pois está claro que o projeto político para o segundo mandato será o apronfundamento da distribuição de renda e dos programas sociais, a reforma agrária, a reforma política e a execução de todas as ações que o jogo de xadrez impediu em um primeiro momento.

O palco propício para tirar Lula da presidência já está montado. Com o bom desempenho de Lula nas pesquisas, a oposição voltou a falar em impeachment. A mídia insiste em falar sobre a indignação da "opinião pública", sendo que ela se julga a própria e assim demoniza o maior partido de esquerda da América Latina em nome de um desejo popular fictício. Mesmo assim, eu duvido que as velhas raposas irão insistir nessa história absurda de impeachment com um presidente que tem quase 50% de aprovação. Seria repetir o mesmo erro das elites venezuelanas que teve como resposta o povo e os movimentos sociais nas ruas. Em todo caso, o cenário está preparado para que Lula seja derrubado nas próximas eleições a qualquer custo.

Não estou negando os problemas e os casos de corrupção do atual governo, porque é evidente que eles existem, mas passam muito longe dos inúmeros casos estrategicamente abafados durante a era FHC. E não tenho dúvidas de que se fosse a Madre Teresa de Calcutá que ameaçasse os interesses dos conservadores, a mesma estaria sendo achincalhada e acusada de corrupta pela oposição e pela mídia. O denuncismo barato e sórdido agora pauta todas as ações políticas dos oposicionistas, que até agora não tiveram vergonha na cara para votar o Orçamento de 2006, colocando a população brasileira em segundo plano. Tudo isso para enfraquecer o presidente até o fim do ano quando acontecem as eleições. O tal "maior esquema de corrupção da história do país", foi uma ótima maneira de enfraquecer o governo do operário insolente que ousou assumir o posto do maior cargo político do Brasil. Diante desse quadro, o povo terá papel fundamental para a manutenção das conquistas do atual governo. Seja nas urnas, seja nas ruas.

João



"Quem imagina obter o impeachment do presidente, assim sem mais nem menos, que se prepare para confrontar-se a uma reação poderosa dos trabalhadores. Lula pode ter todos os defeitos que lhe atribuem, e alguns mais. Se os tiver, não estará sendo muito diferente de muitos de seus antecessores. A diferença é que ele não é do grupo dos que sempre mandaram no Brasil.E não contem com os quartéis." (Mauro Santayana)

Deixem o Lula governar!

por Nelson Breve

Sempre haverá um motivo qualquer para a elite justificar a idéia de que Lula não pode governar. Deixem o povo decidir se Lula e seu governo merecem mais quatro anos de mandato.

BRASÍLIA - Há 30 anos, ele não podia governar porque era um agitador subversivo. O tempo mostrou que ele lutava para que os direitos dos trabalhadores fossem respeitados.
Depois, ele não podia governar porque não era político. O tempo mostrou que a política não se restringe ao mundo dos intelectuais e aristocratas.
Depois, ele não podia governar porque não pertencia a um partido político tradicional. O tempo mostrou que é possível construir um partido a partir de bases sociais populares.
Depois, ele não podia governar porque era muito radical. O tempo mostrou que as aparências enganam.
Depois, ele não podia governar porque era ignorante. O tempo mostrou que todos podem aprender cercando-se de quem sabe.
Depois, ele não podia governar porque os empresários iriam embora do país. O tempo mostrou que a construção de uma nação não depende de uma elite chantagista.
Depois, ele não podia governar porque nunca tinha governado prefeitura ou estado. O tempo mostrou que experiência administrativa é menos importante do que sabedoria política.
Depois, ele não podia governar porque não tinha diploma universitário. O tempo mostrou que não é preciso diploma para identificar os problemas do povo.
Depois, ele não podia governar porque o país quebraria. O tempo mostrou que os problemas crônicos da economia do país não estavam nas opções políticas.
Depois, ele não podia governar porque não conseguiria ampliar suas alianças políticas. O tempo mostrou que a habilidade política torna possível o que é necessário.
Depois, ele não podia governar porque ampliou suas alianças até partidos conservadores e fisiológicos. O tempo mostrou que sem essas alianças ele não teria completado o segundo ano de mandato.
Depois, ele não podia governar porque colocou políticos derrotados demais no governo, abrindo mão dos técnicos. O tempo mostrou que políticos podem administrar como técnicos.
Depois, ele não podia governar porque colocou técnicos demais no lugar dos políticos que pretendem disputar campanhas eleitorais. O tempo vai dizer se técnicos podem dar conta do recado em ano eleitoral.
Depois, ele não podia governar porque seu partido aparelhou o Estado. O tempo mostrou que isso não impediu que o governo fosse fiscalizado.
Depois, ele não podia governar porque loteou o Estado para os partidos aliados. O tempo mostrou que, no atual sistema político-partidário, essa pode ser a única forma de manter a governabilidade.
Depois, ele não podia governar sem manter no governo uma equipe da confiança do mercado financeiro. O tempo mostrou que isso era desnecessário.
Depois, ele não podia governar com outra parte da equipe contestando o conservadorismo exagerado. O tempo mostrou que as divergências não são insuperáveis quando os objetivos são alcançados.
Depois, ele não podia governar porque cortou demais os gastos para ajustar as contas públicas. O tempo mostrou que esse era o pedágio a ser pago para evitar chantagem em hora ruim.
Depois, ele não podia governar porque não deixou cortar demais os gastos. O tempo mostrou que a razão nunca está apenas de um lado só.
Depois, ele não podia governar porque não institucionalizou a autonomia do Banco Central. O tempo mostrou que isso não foi necessário porque não houve interferência na execução da política de controle da inflação.
Depois, ele não podia governar porque deu autonomia demais ao Banco Central. O tempo mostrou que, apesar do conservadorismo exagerado, essa autonomia não inviabilizou políticas de estímulo ao crescimento econômico.
Depois, ele não podia governar porque não estava cumprindo promessas de campanha. O tempo mostrou que isso só poderá ser cobrado no fim do governo.
Depois, ele não podia governar porque não deu aumentos reais para o salário mínimo e para o funcionalismo. Quando deu aumentos reais, não pode governar porque aumentou demais o gasto público.
Depois, ele não podia governar porque seria uma “Rainha da Inglaterra”, os outros iriam governar por ele. Quando os outros saíram do governo, ele não pode governar porque está isolado no governo.
Depois, ele não podia governar porque não controlaria os radicais do PT. Quando os radicais saíram do partido, ele não pode governar porque apelou para a tirania.
Depois, ele não podia governar porque não havia eficiência nas políticas sociais. Quando as políticas sociais começam a funcionar, distribuindo renda e reduzindo a pobreza, ele não pode governar porque tem programas assistencialistas com objetivos eleitorais.
Depois, não podia governar porque distribuiu crédito demais para os mais pobres. O tempo mostrou que o aumento da circulação monetária a partir dos mais pobres não torna inevitável a volta da inflação.
Depois, não podia governar porque era muito amigo dos movimentos sociais, até posava para fotos com o boné do MST. O tempo mostrou que o diálogo com os movimentos sociais não tira pedaço do Estado.
Depois, não podia governar porque os projetos demoravam muito para sair, passando por negociações intermináveis com todos os interessados no assunto. Quando procura resolver mais rápido, não pode governar porque edita muitas medidas provisórias.
Depois, não podia governar porque os ministérios não sabiam gastar direito os recursos disponíveis. Quando os fluxos de liberação orçamentária são organizados, não pode governar porque está liberando recursos demais.
Depois, não podia governar porque tinha dificuldades para demitir os amigos e aliados. Quando demite, não pode governar porque a demissão comprova a culpa dos amigos e aliados.
Depois, não podia governar porque o país não suportaria uma crise com escândalos em série por muito tempo. Quando a vida real não se importa com a crise que se arrasta há dez meses, não pode governar porque a crise não acaba.
Depois, não podia governar porque sabe demais sobre o que seus subordinados teriam feito. Quando não se comprova que ele sabia, não pode governar porque nunca sabe de nada.
Depois, não podia governar porque não pagou ao partido a passagem e estadia da mulher na viagem institucional que fizeram à China. Se um amigo faz o ressarcimento, não pode governar porque não explica a origem do dinheiro.
Depois, não podia governar porque os filhos usam regalias do Estado. Quando um filho consegue ser bem sucedido, não pode governar porque o aporte de uma concessionária de serviços públicos fez aporte financeiro em uma empresa, do ramo em que é considerado expert e da qual é sócio com 16% do capital.
Depois, não podia governar porque a filha não pagou suas dívidas de campanha. Quando o assunto é resolvido, não pode governar porque a conta pode ter sido paga por um amigo.
Depois, não podia governar porque um caseiro diz que o ministro da Fazenda é mentiroso. Quando se descobre que o caseiro pode ter recebido dinheiro da oposição para provocar a crise, não pode governar porque, na ânsia de comprovar a trapaça, integrantes do governo são apanhados em crime grave.
Se não demite o ministro que está sendo alvejado, não pode governar porque está acobertando ou garantindo o foro especial. Se demite e não faz discurso, não pode governar porque reprova os delitos cometidos, mas não os reconhece para proteger o aliado. Se demite e faz discurso chamando de amigo, não pode governar porque já sabia do crime e não quis denunciar.
Não pode governar mais quatro anos porque é amador e o país precisa ter de volta seus profissionais no governo. Aqueles que não deixam rastro.
Sempre haverá um motivo qualquer para a elite justificar a idéia de que Lula não pode governar. Porque o verdadeiro motivo que se esconde atrás de todas as objeções é que Lula é do povo. A elite não aceita ser governada por alguém do povo, que saiba compreender o povo, conversar com o povo e ajudar o povo a resgatar sua cidadania.

A elite não quer saber do povo, por isso ela não deixa o Lula governar.
Lula teve certa liberdade para governar enquanto manteve a linha de governo que agradava a elite. Os escândalos são graves, mas só foram minimamente apurados porque o alvo era o presidente popular e seu partido intruso. As entranhas de um governo nunca foram tão reviradas. Já existem vísceras suficientes para serem exibidas na campanha eleitoral. O limite entre a legítima defesa e o assassinato cruel é a agressão desenfreada e insistente. A sangria precisa parar antes que seja tarde demais.
Deixem o povo decidir se Lula e seu governo merecem mais quatro anos de mandato. Se esse esfolamento contínuo não parar logo, a campanha eleitoral poderá se transformar em uma batalha campal. Não é bom para a democracia que as forças derrotadas se sintam expropriadas do poder. Não fará bem à oposição eleger um presidente que não possa passear de carro aberto no dia de sua posse.

Deixem o Lula governar! Deixem o povo escolher!

Nelson Breve foi repórter das rádios Eldorado e CBN, da Agência Estado e do Jornal do Brasil, e assessor de imprensa da Confederação Nacional da Indústria e do ex-deputado José Dirceu. Retorna à Carta Maior para atuar como repórter especial na Sucursal de Brasília.
http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=3028