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segunda-feira, junho 19, 2006

A confissão da oposição

por Eduardo Guimarães

O programa do PFL exibido na noite da última quinta-feira foi o reconhecimento da oposição a Lula de que ela não tem moral para acusar ninguém. Se não fosse assim, por que atacar o presidente da República durante intermináveis onze minutos sem mostrar a cara de um só expoente oposicionista e principalmente do candidato Geraldo Alckmin? Por que esconder que o acusador era o PFL, limitando-se a mostrar o logotipo do partido por inacreditáveis seis segundos? Não é preciso ser nenhum gênio para deduzir que a oposição sabe que não tem credibilidade para atacar o presidente Lula e sabe da reputação de desonestidade e de incompetência que PSDB e PFL construíram ao longo do mandato de oito anos de FHC.

A situação da oposição hoje, é a seguinte: não pode mostrar ACM por causa da má fama que ele tem. Não pode mostrar Fernando Henrique Cardoso por causa da má fama que ele tem. Não pode mostrar Geraldo Alckmin tão cedo para não lembrar o eleitorado do caos na Segurança Pública que vige em São Paulo. Não pode mostrar Bornhausen por causa da má fama que ele tem. A oposição a Lula só pode falar mal dele num programa apócrifo enquanto fica escondida torcendo para colar. É pouco para quem pretende vencer uma campanha eleitoral em que está em tanta desvantagem.

O que a oposição tucano-pefelê não entende, é o seguinte: mesmo que conseguisse a tarefa hercúlea de desmoralizar um presidente tão popular quanto Lula, não pode dar como favas contadas que os votos dele cairiam em seu colo, porque ao atacar o presidente escondendo o rosto não se credencia como herdeira direta do voto majoritário do eleitorado. A oposição fala mal de Lula, mas, como se esconde, não fala bem de si. Até porque, não tem o que falar.
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