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segunda-feira, outubro 23, 2006

Tucanos mentem. A História prova.

por André Cintra - O Vermelho

O presidenciável Geraldo Alckmin jura, sob qualquer preço, que não privatizará nenhuma empresa estatal. Essa mesma estratégia já foi adotada pelo PSDB, há 12 anos, nas eleições para o governo paulista. Para atrair votos do funcionalismo, os tucanos se comprometeram, por escrito, a não vender o patrimônio público.

O Vermelho teve acesso a uma dessas cartas, endereçadas a funcionários do Banespa em 4 de novembro de 1994.
Alckmin segue o pior da trilha de Covas
No documento (foto), o então candidato do PSDB a governador, Mário Covas, promete "resgatar a grandeza e a tradição do Banespa, bem como a dignidade de seus funcionários".

O texto também revela uma suposta intenção tucana de transformar o banco "novamente na principal fonte de recursos para o desenvolvimento econômico e tecnológico do Estado (de São Paulo)".

Palavra de tucano! A carta-compromisso foi enviada a todos os banespianos - na época, o banco tinha 36 mil trabalhadores. (Clique aqui para ver uma reprodução maior do documento)

Covas venceu o pleito e, apesar da promessa, incumbiu seu vice de chefiar um aceleradíssimo processo de privatizações. O vice era justamente Alckmin, que liderou, por anos, o chamado PED (Programa Estadual de Desestatização). Em vez de recolocar o Banespa a serviço do crescimento paulista, o PSDB - com Alckmin à frente - partiu para a privataria. De cara, decretou "estado de intervenção" no banco, para depois federalizá-lo. Em 2000, num leilão repleto de irregularidades, o Banespa foi vendido aos espanhóis do Santander.

Os próprios funcionários do banco não esquecem a traição tucana, como revela uma carta de Airton Góes, publicada na última terça-feira (17/10), na Folha de S.Paulo. Airton põe sob suspeita o discurso de Alckmin neste segundo turno:
"Se nem Mario Covas, de longe o melhor de todos os tucanos, conseguiu cumprir sua palavra, imagine então se Alckmin, que liderou o processo de privatização em São Paulo, irá manter a promessa de não vender as poucas empresas federais que restaram do governo FHC".

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