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quarta-feira, outubro 18, 2006

Que mico!!!

Comandantes da ofensiva da oposição contra o Presidente Lula, os presidentes do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e do PPS, deputado Roberto Freire (PE), deram um tiro no pé ontem. Pior. Pagaram o mico do ano. Depois de reunião a portas fechadas com o presidente da Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal (ADPF), alardeada com pompa e circunstância, Tasso e Freire ouviram do comandante da entidade o que não queriam: não existe operação-abafa no caso do dossiê Vedoin.

"A investigação está sendo conduzida da forma como deve ser do ponto de vista policial, e os prazos estão normais", disse o presidente da ADPF, delegado Sandro Torres Avelar.O delegado disse ainda que não há indícios de uso eleitoral da PF nem manipulação das investigações. Além disso, declarou que Edmilson Bruno, delegado responsável pela divulgação das fotos do dinheiro do dossiê, não é alvo de perseguição. "Seria leviano afirmar isso", acrescentou.

O curioso é que foi a própria oposição que montou o palco para a apresentação inusitada de Avelar. Tasso e Freire chegaram a cancelar uma visita ao diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, para receber o presidente da ADPF. Convocaram a imprensa para acompanhar o encontro e anunciaram que dali sairia um fato novo. O que nem eles sabiam é que o único interesse de Sandro Torres Avelar era aproveitar o palanque da oposição para conseguir apoio no Congresso à aprovação de uma emenda à Constituição que dá autonomia à Polícia Federal.

Pela proposta, a PF não seria mais vinculada ao Ministério da Justiça, e o diretor da instituição teria mandato de dois anos. Para completar, Avelar disse que, por uma conjuntura atual, o trabalho da PF no governo Lula é a mais independente e sem pressão. "Queremos que essa isenção da PF seja transformada em lei, pois, enquanto não for assim, sempre vamos estar sujeitos a essa preocupação", disse.

Freire ainda tentou dar uma interpretação às declarações do delegado. Disse que Avelar estaria impedido por uma questão funcional de dizer algo diferente. Mas admitiu que, na conversa reservada, Avelar defendeu o trabalho da PF. Na segunda-feira, a oposição já tinha recebido um balde de água fria. Depois de visitar a superintendência da PF em São Paulo, o deputado Carlos Sampaio (PSDB/SP) disse ter ficado convencido de que a informação de uma suposta reunião entre Freud Godoy, ex-assessor especial do presidente, e Gedimar Pereira Passos, um dos envolvidos na compra do dossiê, como foi divulgado pela revista Veja, não ocorreu.

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