Lula é muitos

Oriundos de São Paulo, Belo Horizonte e Rio, os jovens – participantes dos programas Segundo Tempo, ProJovem e Pró-Índio – foram levados ao evento pela Central Única das Favelas (Cufa).
Lula centrou seu discurso na questão da educação e das políticas sociais. “Aqui no Brasil estamos apenas começando a fazer uma reparação do abandono a que os pobres foram segregados e colocados durante séculos”, discursou.
Ele defendeu maior discussão em torno da questão das cotas em universidades; disse que, depois de Juscelino Kubitschek, seu governo foi o que mais criou universidades e cursos de extensão no País, e mais uma vez criticou o antecessor, Fernando Henrique Cardoso, por ter tirado da esfera federal as escolas técnicas. “Nós modificamos isso e até o final do ano teremos criado 32 escolas técnicas para a juventude ter direito a uma profissão”, afirmou, sem citar nominalmente o ex-presidente.
No palco, oito ministros e artistas como o rapper MV Bill, Lecy Brandão, Dudu Nobre, Tony Garrido e o funkeiro Rômulo Costa. Lula recebeu de MV Bill, que coordenou o evento, uma lista com 16 reivindicações de representantes de movimentos de periferia de diversas cidades, mas não chegou a se comprometer com os pedidos.
Ao lado do presidente, estavam os ministros Tarso Genro (Relações Institucionais), Dilma Rousseff (Casa Civil), Celso Amorim (Relações Exteriores), Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência), Walfrido Mares Guia (Turismo), Orlando Silva (Esportes), Gilberto Gil (Cultura) e Nilcéia Freire (Política para Mulheres).
Durante o evento, ele recebeu o “batismo no rap”, como disse MV Bill ao entregar-lhe um boné com a inscrição “100% Favela”. Lula imediatamente colocou-o na cabeça. O presidente recorreu mais uma vez à sua história pessoal, dizendo que foi o primeiro de oito irmãos a ter casa própria, TV e carro e o único a ter profissão. “Eu tenho a nítida noção, porque vivi na pele, da diferença de um trabalhador que sai para procurar emprego de manhã e tem profissão e de quem não tem profissão.”
http://www.estadao.com.br/ultimas/nacional/eleicoes2006/noticias/2006/set/02/141.htm
Comentário de Zé Dirceu:
Esse ato tem um simbolismo especial, pela presença do presidente da República em uma favela e, mais, pela reafirmação da necessidade de se incluir crianças e jovens nos programas Segundo Tempo, Pró-Jovem e Pró-Índio. Foi uma reafirmação do caráter social do governo Lula, que procura atuar contra a exclusão e o preconceito.
O presidente reafirmou também a prioridade do social e da educação técnica para a juventude desempregada das grandes cidades, com a expansão do ensino público universitário. Vamos conferir.
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