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segunda-feira, maio 01, 2006

Circunstância sociologicamente complexa

Vamos lá Sr Busato. Vamos ver se agora o senhor compreende as "circunstâncias sociologicamente complexas". Uma aula rápida com o taxista Manuel Freira irá lhe ajudar a entender melhor o que se passa no Brasil.

30/04/2006 - Encontro Nacional: Taxista surpreende e pede para ser filiado durante 13º Encontro

Um taxista que prestou serviço para alguns delegados do 13º Encontro Nacional do PT, durante o final de semana, foi um dos destaques do último dia do evento, que terminou hoje, em São Paulo.

Durante as viagens entre a quadra do Sindicato dos Bancários e os hotéis em que os petistas estão hospedados, no final de semana, a eloqüência demonstrada pelo motorista Manuel Freire da Silva Filho, 57 anos, em defender o governo Lula chamou a atenção dos delegados. Ele, que inicialmente não sabia que levava petistas em seu carro, citava de forma articulada os dados positivos da economia e das políticas sociais do governo Lula e do governo da então prefeita de São Paulo, Marta Suplicy.

Ganhando a simpatia de vários delegados petistas, Manuel foi apresentado, na noite de sábado (29), ao secretário de Finanças do PT, Paulo Ferreira, quando demonstrou seu interesse em se filiar ao partido. Daí para ser incluído no ato de lançamento da Campanha Nacional de Filiação, foi um pulo.

Manuel tem uma trajetória muito parecida com a do presidente Lula. O petista vem de Floresta do Navio, sertão de Pernambuco, para São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde se tornou metalúrgico, tendo participado de várias greves e mobilizações lideradas por Lula. O petista diz que a categoria tem uma tendência forte a apoiar candidatos do PSDB, o que o torna um personagem atípico nos pontos de táxi.

“Eles gostam do PSDB porque dizem que é o partido da high society, dos ricaços”, explica ele. Mas isso não o intimida e, repetindo as palavras do presidente Lula durante o Encontro, Manuel está sempre “louco para fazer comparações” entre FHC e o governo do PT, conseguindo adesões de alguns passageiros.

Paixão
Poucos são os paulistanos que podem falar com propriedade do trabalho da Prefeitura de São Paulo como os taxistas da cidade. Manuel é desses que conseguem listar as realizações da ex-prefeita Marta Suplicy tão bem como os mais articulados petistas. Ele afirma nunca ter visto, nos seus 25 anos de praça, um prefeito que trabalhasse tanto pela cidade como ela. “Eu sempre votei no PT, mas fiquei ainda mais apaixonado pelo partido por causa da Marta. Depois disso, eu vi que não tem pra ninguém; este é o partido que a gente tem que seguir”, declarou.

O sistema de transporte é para ele um destaque indiscutível do governo petista em São Paulo. Segundo ele, tinha muita “maracutaia” no sistema de ônibus, que acabaram depois do governo de Marta Suplicy. Ele destacou os corredores de ônibus “pela cidade inteira”, as duráveis pistas de concreto em várias vias, o “trabalho maravilhoso” de pavimentação nas favelas, além dos conjuntos habitacionais nas marginais. Ele diz que as críticas que as pessoas faziam à Marta, em seu táxi, eram desqualificadas, por que estavam sempre focadas na separação e casamento dela, ocorrido durante o governo.

Enciclopédia
Agora, ele está determinado a defender o governo Lula para os passageiros. Manuel lista comparativos em que demonstra que a dívida brasileira era “um absurdo”, antes de Lula. “FHC vendeu as empresas brasileiras para segurar o dólar e deixou em quatro para um, enquanto o presidente Lula, sem vender nada, está derrubando o dólar a dois reais e pouco, causando até reclamações por estar reduzindo muito”, falou.

Ele ainda cita a queda brusca do risco-Brasil, o aumento do salário mínimo, o crescente volume de exportações e o controle da inflação, entre outras ações. “O saco de cimento que estou comprando para construir minha casa era R$ 22,50, hoje está R$ 12,50 para entregar em casa”, relatou.

Manuel diz ficar abismado com as pessoas que dizem que o presidente é irresponsável porque pagou o FMI adiantado. “Nunca vi um negócio desses na minha vida. O governo não é bom, é ótimo!”. Ele ataca o ex-prefeito tucano José Serra, que diz que em um ano fez o que não fizeram em 20. Para o taxista, Serra está “mentindo adiantado”. “Ele só raspou o asfalto e melou. Não fez mais nada”, diz o taxista, referindo-se ao recapeamento feito nas principais vias da cidade.

Sistema
Manuel garante que a crise política não afeta seu entusiasmo, embora lamente o ocorrido. “O sistema não é do governo”, justifica. Ele interpreta a crise dizendo que o sistema eleitoral é parlamentar e tem seus problemas, como as emendas que são disputadas pelos parlamentares para seus Estados, levando o governo a se comportar de modo inadequado. “Esse sistema tem que mudar”, falou.

Manuel lamenta a crise, porque teve um “abalo” econômico que afetou seu trabalho. “Você me desculpa falar isso, mas a imprensa brasileira detonou o presidente Lula e o PT vinte e quatro horas”. Apesar do bombardeio, como ele mesmo nota, o Lula continua bem na pesquisa. “Enquanto não matarem o homem politicamente, não vão sossegar”, critica ele. Ele diz que sempre repete para os passageiros que as pessoas “acompanham a crítica, mas não acompanham a política”.
http://www.pt.org.br/site/noticias/noticias_int.asp?cod=42876

Entendeu, Busato? Ou quer que eu desenhe?
João

2 Comments:

At 1/5/06 18:50, Anonymous Anônimo said...

http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=3051

Impagável. Saiu no Carta Maior. A tucanada e o Psol estão furiosos.

 
At 1/5/06 22:12, Anonymous Anônimo said...

Ô João. O Busato só vai entender se você explicar o desenho prá êle.
Pensando bem, nem assim!

 

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