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terça-feira, setembro 26, 2006

LULA, A IMPRENSA E O POVO

Noite de 25 de setembro. O presidente Lula inicia seu discurso no encerramento do comício da Frente Popular (PT-PC do B), no Largo Glênio Peres. Após as saudações iniciais, ele volta o olhar para o local onde estava a imprensa e fala: “Eu tenho consciência de que as coisas que fiz no Brasil e as coisas que fiz neste Estado nem sempre foram divulgadas com a isenção que mereciam. Vocês sabem que não sou de reclamar. Não fico lamentando as coisas que não aconteceram comigo e parto para a luta para ver as coisas acontecerem. Mas tem uma coisa que hoje vou dizer aqui. Se a nossa querida imprensa brasileira tivesse tido comigo 10% da condescendência que teve com o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso hoje eu teria 70% dos votos nestas eleições. Não tenho dúvida de que, poucas vezes na história do país, um presidente foi tão massacrado como fui”. Com seus blocos em punho, os jornalistas anotam as palavras do presidente. Alguns sorrisos irônicos. Ou de escárnio. Difícil precisar. Uma jornalista faz cara feia e reclama do volume do alto-falante.

Não é a única a reclamar. Atrás dela, é o povo que reclama. E reclama dos jornalistas. Com o Largo Glênio Peres lotado, muita gente não tinha uma boa visão do palco principal. Um palco auxiliar montado para a imprensa acabou encobrindo a visão de uma pequena multidão que se aglomerou junto a uma das paredes do Mercado Público. Em sua esmagadora maioria composta por moradores da periferia de Porto Alegre e da Região Metropolitana, essa multidão queria ver Lula. Mas havia um pequeno batalhão de repórteres e fotógrafos à sua frente. E os gritos de protesto saíram naturalmente.

- “Sai da frente que eu quero ver o Lula”, gritou uma mulher negra, de aproximadamente 40 anos.


- “Isso é uma barbaridade”, emendou um homem de uns 50 anos, encolhido atrás de um fino casaco de pano e sob um velho boné.

- “Nós estamos aqui trabalhando”, respondeu um jornalista, virando as costas para os reclamantes.


Não foram os jornalistas que escolheram aquele lugar para ficar, mas a simbologia da cena transcende a geografia do comício. Lula dirigiu a palavra à imprensa, olhando diretamente em sua direção. Os jornalistas anotavam algumas frases que, no dia seguinte, resumiriam todo o conteúdo do comício. Atrás deles, o povo queria ver Lula. E os jornalistas atrapalhavam sua visão.


http://rsurgente.zip.net/

2 Comments:

At 26/9/06 20:35, Anonymous Anônimo said...

É a TV Globo e o IBOPE e não o PT que estão precisando de uma refundação.

Engraçado como a direita, expert em tirar o dela da reta e, ainda por cima transformar-se em vítima, não dão o braço a torcer.

Os portais UOL (ckmin), Folha Online e Globo, com seu vergonhoso manchetismo, dizem que o Geraldo disparou. É verdade. Ele cresceu 8 pontos. Desde quando crescer 8 pontos durante um mês é disparar?

Dão a entender, na manchete, que o crescimento de 8 pontos foi devido ao caso dossiê anti-Serra. Na verdade o Geraldo cresceu 8 pontos durante um mês. Desde quando isso é disparar? Só se for em direção ao abismo.

Estes jornais me provocaram muita ansiedade e enxaqueca por conta de um noticiário que beira a fraude. Na próxima segunda-feira vou entrar na Justiça pedindo indenização por danos à minha saúde. http://abandon.zip.net

 
At 27/9/06 10:29, Anonymous Anônimo said...

A Polícia Federal deu a entender que, grampos no TSE, "só se for nos cabelos de alguém." , Não sou vidente. Mãe Diná não sou mas eu já desconfiava disso. Alguma Rapunzel no TSE inventou esta estória de grampo. Sei lá! Quem sabe algum ministro de tranças? Nada contra. E por acaso hoje em dia homem não usa brinco, batom. Depila o corpo. Faz sobrancelhas. Que bom. Isto é gostar-se. Falando nisso, meu corpo está esquecido=abandonado. Um minuto. Vou escovar meus dentes. Volto já. No momento são 07:09. (intervalo). Leia o restante deste texto no meu blog http://abandon.zip.net

 

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