A última escalada
por Eduardo Guimarães
O candidato Geraldo Alckmin vem dizendo que aposta suas fichas no horário eleitoral "gratuito" no rádio e na TV para tirar a diferença que o separa do presidente Lula. É claro que o tucano tem que dizer alguma coisa diante do quadro extremamente desfavorável para si. Ninguém esperaria que se dissesse derrotado por antecipação. Porém, não é preciso ser nenhum grande cientista político para perceber logo que dificilmente a televisão ou o rádio mudarão alguma coisa na sucessão presidencial.
É bem verdade que em eleições normais a TV e o rádio costumam ter um peso extraordinário nas intenções de voto. A propaganda negativa de um candidato contra o outro às vezes faz a balança reverter de posição, pois pela mídia eletrônica a população acaba tendo acesso a informações (verídicas ou não) sobre algum dos contendores que até então não tinha tido. No caso de Lula, entretanto, a coisa é muito diferente. Ele vem sofrendo campanha negativa sozinho há um ano. E, além disso, muito maior do que um candidato pode fazer contra outro, porque não foi feita pelos adversários do presidente e sim por meios de comunicação que não fazem outra coisa além de tentarem se mostrar "isentos".
Mas, atenção: o mesmo não se dá com os candidatos a parlamentar e a governador aliados de Lula. Eles foram jogados no fundo do poço depois de sofrerem os mesmos ataques que o presidente. Aliás, levaram sozinhos a culpa pelas denúncias. Assim, a campanha televisiva e radiofônica, se pouco influirá na eleição presidencial, nas eleições de deputados estaduais, federais, senadores e governadores poderá ajudar muito o PT, pois este poderá finalmente dar sua versão dos fatos, fazer o contraponto ao que a mídia disse do partido sem que este tivesse como se defender.
Claro que não se pode dizer que Lula está reeleito, mas acredito que as campanhas para os outros cargos acima mencionados precisam de um planejamento e de uma execução muito mais dedicados por parte do PT. O governo Lula precisará ter uma sólida base de sustentação no Congresso. Maior que a que foi eleita em 2002, pois foi insuficiente e, por isso, causadora de tantos problemas para o governo petista e muitos mais para o Brasil, pois a crise política impediu que o país tivesse maior crescimento econômico ao gerar incertezas entre os agentes econômicos.
Em minha opinião, Lula está reeleito. Não há um só brasileiro que não ouviu acusações em cima de acusações contra ele e, mesmo assim, a maioria ainda o prefere. Não consigo vislumbrar o que poderia mudar esse quadro. Por isso, os simpatizantes do PT que nos engajamos no processo eleitoral deste ano precisamos dar maior atenção à necessidade de Lula ter uma base de sustentação mais sólida no Congresso, para que em seu segundo mandato o país não seja atrapalhado pelas malandragens midiático-oposicionistas. Essa é a grande montanha que ainda teremos que escalar.
http://edu.guim.blog.uol.com.br/
O candidato Geraldo Alckmin vem dizendo que aposta suas fichas no horário eleitoral "gratuito" no rádio e na TV para tirar a diferença que o separa do presidente Lula. É claro que o tucano tem que dizer alguma coisa diante do quadro extremamente desfavorável para si. Ninguém esperaria que se dissesse derrotado por antecipação. Porém, não é preciso ser nenhum grande cientista político para perceber logo que dificilmente a televisão ou o rádio mudarão alguma coisa na sucessão presidencial.
É bem verdade que em eleições normais a TV e o rádio costumam ter um peso extraordinário nas intenções de voto. A propaganda negativa de um candidato contra o outro às vezes faz a balança reverter de posição, pois pela mídia eletrônica a população acaba tendo acesso a informações (verídicas ou não) sobre algum dos contendores que até então não tinha tido. No caso de Lula, entretanto, a coisa é muito diferente. Ele vem sofrendo campanha negativa sozinho há um ano. E, além disso, muito maior do que um candidato pode fazer contra outro, porque não foi feita pelos adversários do presidente e sim por meios de comunicação que não fazem outra coisa além de tentarem se mostrar "isentos".
Mas, atenção: o mesmo não se dá com os candidatos a parlamentar e a governador aliados de Lula. Eles foram jogados no fundo do poço depois de sofrerem os mesmos ataques que o presidente. Aliás, levaram sozinhos a culpa pelas denúncias. Assim, a campanha televisiva e radiofônica, se pouco influirá na eleição presidencial, nas eleições de deputados estaduais, federais, senadores e governadores poderá ajudar muito o PT, pois este poderá finalmente dar sua versão dos fatos, fazer o contraponto ao que a mídia disse do partido sem que este tivesse como se defender.
Claro que não se pode dizer que Lula está reeleito, mas acredito que as campanhas para os outros cargos acima mencionados precisam de um planejamento e de uma execução muito mais dedicados por parte do PT. O governo Lula precisará ter uma sólida base de sustentação no Congresso. Maior que a que foi eleita em 2002, pois foi insuficiente e, por isso, causadora de tantos problemas para o governo petista e muitos mais para o Brasil, pois a crise política impediu que o país tivesse maior crescimento econômico ao gerar incertezas entre os agentes econômicos.
Em minha opinião, Lula está reeleito. Não há um só brasileiro que não ouviu acusações em cima de acusações contra ele e, mesmo assim, a maioria ainda o prefere. Não consigo vislumbrar o que poderia mudar esse quadro. Por isso, os simpatizantes do PT que nos engajamos no processo eleitoral deste ano precisamos dar maior atenção à necessidade de Lula ter uma base de sustentação mais sólida no Congresso, para que em seu segundo mandato o país não seja atrapalhado pelas malandragens midiático-oposicionistas. Essa é a grande montanha que ainda teremos que escalar.
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1 Comments:
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